Andressa Santos de Souza
Edmilson Silva Espírito Santo
Edson Ferreira
Itamar Gines Pereira
Karitha Campos Kogima
Marcial Paulo Daniel
Apresentação
O estudo de
campo é uma prática secular, desenvolvido por diversos estudiosos,
principalmente, os geógrafos. Tal pratica é de essencial importância nos
estudos geográficos, servindo para auxiliar na assimilação e visualização dos
conceitos estudados em sala de aula e/ ou em gabinete. A observação
é a principal ferramenta metodológica para obter resultados e termos a
consciência de que o espaço geográfico é formado a partir da relação de
interdependência entre os organismos.
Sendo assim, o
objeto deste trabalho é descrever as atividades desenvolvidas no estudo de
campo, organizado pela Professora Márcia Siqueira, que ministra a disciplina de
Geografia do Brasil e pelo Professor Carlos Alberto Hirata, que ministra a
disciplina de Recursos Naturais e Educação Ambiental, ambos do Departamento de
Geociências, da Universidade Estadual de Londrina.
O estudo de
campo foi realizado nos dias 07, 08 e 09 de junho do ano de 2013, na região
denominada Tríplice Fronteira, ou seja, onde os países: Brasil, Argentina e
Paraguai fazem fronteira. Tal estudo teve o objetivo: abordar as relações das
atividades desenvolvidas em áreas de fronteira internacional com o Brasil, em
estudo de caso com a Argentina e o Paraguai; analisar o aglomerado urbano da
tríplice fronteira nos aspectos econômicos, sociais, culturais, segurança e
turismo; visitar e reconhecer as atividades de geração e distribuição de
energia elétrica de Itaipu e as atividades de educação ambiental desenvolvidas
no Parque Nacional do Iguaçu.
Descrição
do Estudo de Campo
O estudo de campo deu início,
na cidade de Londrina, na manhã do dia 07 de junho do ano de 2013. O embarque
foi realizado na Avenida Dom Geraldo Fernandes/ Avenida Leste-Oeste, ao lado do
Museu Histórico Padre Carlos Weiss. Saímos de Londrina as 06h15min, o marcador
de quilometragem do ônibus de viagem da empresa Transline, estava marcando
180.786 km de rodagem.
A primeira parada deu-se as
08h10min, na cidade de Maringá, em um posto de gasolina, para tomarmos um café.
A segunda parada aconteceu as 12h00min, na cidade de Cascavel, em uma churrascaria
onde fizemos nossa refeição (almoço); o marcador de quilometragem marcava
181.144 km. As 13h30min retornamos para a estrada, as 15h00min chegamos à
cidade de Foz do Iguaçu e às 15h40min fizemos nossa terceira parada no Parque
Nacional do Iguaçu, onde o marcador de quilometragem marcava 181.304 km.
A duração da nossa viagem
foi aproximadamente 09h30min, considerando as paradas realizadas ao longo da
viagem. Do nosso ponto de partida, a cidade de Londrina, até a cidade de Foz do
Iguaçu foi percorrido uma distância aproximada de 518 km, o percurso realizado
pode ser observado na imagem a seguir.
Figura 2 - Percurso de Londrina (Pr) a Foz do Iguaçu (Pr).
Fonte: Adaptado de SOUZA, 2013.
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Nas trilhas observamos
paisagens fantásticas, uma mata exuberante - resquício da conservação da Mata
Atlântica que antes cobria mais de 1,3 milhão de km², distribuída ao longo de
17 estados brasileiros, que atualmente encontra-se restrita apenas a 7,3% desse
total. A beleza do local é impressionante, a qualidade do ar, é limpo e úmido, é
uma natureza rica, com diversidades de animais, pássaros, plantas e sem falar
da beleza natural proporcionada pelas quedas d’água do Rio Iguaçu ao entrar no
Cânion, resultado da ação da erosão das águas sobre as camadas basálticas.
O Rio Iguaçu nasce na Serra
do Mar, próximo à Cidade de Curitiba, percorrendo todo o Estado do Paraná
através de 1.320 Km em direção ao oeste até encontrar com o Rio Paraná na
fronteira com a Argentina, Paraguai e Brasil. O ultimo ponto em nossa visita
foi a Garganta do Diabo com uma visão maravilhosa das quedas d’água do Rio
Iguaçu, onde retornamos ao Centro de Visitantes, e de lá encaminhamos para o
Hotel Lan Ville por volta das 19h00min, para o check-in.
Figura 3 - Paisagem do Parque Nacional do Iguaçu.
Fonte: KOGIMA, 2013.
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Figura 4 - Trilha do Parque Nacional do Iguaçu.
Fonte: KOGIMA, 2013.
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Figura 5 - Paisagem do Parque Nacional do Iguaçu.
Fonte: KOGIMA, 2013.
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Figura 6 - Paisagem do Parque Nacional do Iguaçu.
Fonte: KOGIMA, 2013.
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Figura 7 - Fauna do Parque Nacional do Iguaçu.
Fonte: KOGIMA, 2013.
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Figura 8 - Paisagem do Parque Nacional do Iguaçu.
Fonte: KOGIMA, 2013.
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Figura 9 - Paisagem do Parque Nacional do Iguaçu.
Fonte: KOGIMA, 2013.
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Figura 10 - Parque Nacional do Iguaçu.
Fonte: KOGIMA, 2013.
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Figura 11 - Paisagem do Parque Nacional do Iguaçu.
Fonte: KOGIMA, 2013.
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Depois de
observar a grandiosidade dessa construção, podemos imaginar o tamanho do
impacto ambiental causado no ambiente, isso pode explicar o motivo de promover
os vários projetos de conscientização ambiental. Projetos como: Cultivando Água
Boa, Carapa Ypoti, Cuidados com a água, Proteção da Fauna e Flora e a Educação
Ambiental buscando remediar o impacto causado ao meio natural.
Também não
podemos deixar de destacar a história de como se deu esse processo de
construção da barragem, toda a transformação socioeconômica em que a cidade e
sua população foi submetida - um empreendimento que empregou mais de 40.000
trabalhadores numa cidade com 20.000 habitantes. A obra trouxe desenvolvimento,
mas também deixou uma herança de problemas que a usina tenta amenizar com
investimentos nos projetos supramencionados.
O Museu da Terra Guarani (Fig. 13), é uma instituição de preservação do
acervo cultural humano e das espécies biológicas existentes e das remanescentes
do período da construção da Usina de Itaipu. O museu, órgão vinculado à Itaipu
Binacional, foi inaugurado em 1979, no início da obra da hidrelétrica e está
situado em Hernandárias, no Paraguai, a cerca de 10 km de Ciudad del Este,
município que faz fronteira com Foz do Iguaçu, no Brasil, com ligação através
da Ponte Internacional da Amizade.
Faz parte do acervo
do museu uma grande quantidade de artefatos arqueológicos
encontrados na região, bem como animais, aves, insetos, anfíbios e peixes
(todos embalsamados). Anexo ao Museu, encontra-se um Jardim Zoológico, com
mostra dos muitos animais encontrados na região, como as onças, pumas,
jaguatiricas, antas, capivaras, queixadas, macacos, aves, entre outros ( veja as figuras 14, 15 e 16) .
Figura 13 - Fachada do Museo de la Terra Guarani.
Fonte: KOGIMA, 2013.
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Figura 14 - Animais do Jardim Zoológico.
Fonte: KOGIMA, 2013.
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Figura 15 - Animais do Jardim Zoológico.
Fonte: KOGIMA, 2013.
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Figura 16 - Animais do Jardim Zoológico.
Fonte: KOGIMA, 2013.
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No
terceiro dia saímos as 08h00min da manhã do hotel para irmos à cidade de Puerto
Iguazú. Puerto Iguazú, esta localizada na província de Missiones, nordeste da
Argentina e é conhecida pela proximidade com as Cataratas do Iguazú. O comércio
se compõe essencialmente de hotéis, restaurantes, feiras ao ar livre e comidas
típicas. Outras grandes atrações da cidade são os cassinos, o Marco das Três
Fronteiras, a feira artesanal que está localizada no complexo de La Aripuca, o
Museu de Imagens da Selva, o Museu Mbororé, Parque Natural Luis Honório Rolón e
o centro de resgate da fauna silvestre, Güira-Oga.
A
cidade é considerada a menor das três cidades que compõem a tríplice fronteira.
A sua principal avenida chama-se Brasil e contem as principais lojas para as
compras de vestuário, alimentos e bebidas, dentre essas lojas esta o Duty Free
com inúmeros produtos de marcas famosas.
Ao chegarmos à cidade de Puerto Iguazú, nos
deparamos com uma realidade bem diferente da qual tínhamos visto na Ciudad Del
Este (Paraguai), a cidade encontrava-se limpa e organizada. Não foi possível
observar o fluxo pessoas que frequenta o comercio da cidade, pelo fato de
termos realizado a visita, em um domingo, mas visitamos a feira principal da
cidade que possui variadas determinações, como: Asociación Feria de Iguazú, La
Feirinha, Bienvenidos!, Puerto Iguazú, Tierra de Cataratas.
A feira comercializava
produtos como: azeite, bebidas, queijos e doces. Por volta das 10h30min, a
caminho de Foz do Iguaçu, paramos para visitar a loja Dutty Free. Esta loja
possui mercadorias de todos os tipos, vindos de varias partes do mundo,
possuindo um diferencial que não foi observado a Ciudad Del Este, a originalidade
da mercadoria. O público alvo encontrado neste ambiente também era diferenciado
e mais sofisticado.
Deixamos a cidade de Puerto
Iguazú, às 12h10min, voltamos ao Hotel Lan Ville, fizemos o check-out,
almoçamos e às 14h00min embarcamos para retornar a cidade de Londrina. Fizemos
três paradas durante o caminho de volta: uma na cidade Ubiratã, outra na cidade
de Maringá, outra na Cidade Universitária (na Universidade Estadual de
Londrina) e por fim desembarcamos na Avenida Dom Geraldo Fernandes/ Avenida
Leste-Oeste, ao lado do Museu Histórico Padre Carlos Weiss.
Conceituação de Território, Uso do Território e Fronteira
Nas ciências
naturais, o território seria a área de influência e predomínio de uma espécie
de animal. A expressão território, para nós humanos, já era utilizada desde o
século passado por geógrafos como Frederico Ratzel, mostrando a preocupação com
o papel que desempenhava o Estado no controle do território, e Elisée Reclus,
que procurava estabelecer as relações entre classes sociais, espaço ocupado e
sua dominação. Este conceito foi utilizado por Manuel Correia de Andrade, em
sua obra “A questão do território no Brasil”.
O território
para Milton Santos, conforme sua obra: O Território Brasileiro – É um esforço
de análise, sendo o território uma extensão de um espaço o qual nos
apropriamos.
Outro conceito de
território é apresentado na Biologia, sendo este conhecido como área de
vivência e reprodução.
Mas, diferente
da Biologia, nós humanos entendemos o território como um lugar para ser
construído no futuro. Sendo assim, o território passa a ser de fundamental
importância na configuração de nossa sociedade, pois uma nação nem sempre
possui um território, como por exemplo, os curdos, que estão espalhados em
comunidades no Irã, Iraque, Síria, Turquia, Armênia e Geórgia.
Esse povo reivindica o que, segundo eles, seria a área do Curdistão. A despeito disso, é
praticamente impossível nos referirmos a um Estado sem território.
O conceito
político-administrativo, utilizado pela administração pública, é mais amplo,
pois uma simples embarcação, estando esta em outro país, é considerada
território nacional desde que esteja a serviço do Estado. Porém, não é por esse
prisma que devemos entender o território aqui abordado.
O território é
tão importante que podemos classificá-lo e entende-lo de várias formas: como
território usado, como sinônimo de Espaço Geográfico; sua análise e construção
se dão de forma sistêmica, sempre observando sua priorização dada em cada época.
O território é
influenciado e regulado pelo mercado econômico, como também pela política,
sendo que o resultado dessa influência é notado quando se observa as regiões do
mandar e as regiões do fazer.
Todo o
território é constituído de uma infraestrutura básica, que são as técnicas
incorporadas ao solo (rodovias, ferrovias, emissões de rádio, etc); ou como
objetos técnicos ligados a produção, proporcionando aumento da produtividade,
favorecendo o surgimento de áreas mais especializadas dentro de uma aglomeração
polarizada, como por exemplo, um complexo industrial de alto nível dentro do
Estado de São Paulo.
Conforme Milton
Santos, - O Retorno do Território - dentro dos conhecimentos atuais, o
Território possui outros recortes além da categoria de Região. A partir dessa
premissa, temos uma nova construção do espaço e uma nova função para o
território, tendo como meio para esse novo olhar a Horizontalidade e a
Verticalidade.
A primeira está
ligada aos domínios da contiguidade, ou seja, dos lugares vizinhos, dentro de
um espaço que apresenta uma continuidade territorial.
Na
Verticalidade, o Território é formado por pontos distantes, que são denominados
de Redes, que constituem apenas uma parte do espaço, e esse apenas de alguns.
Dentro do
conceito de Espaço, o território passa por uma mudança de Estado, para a noção
de transnacionalização do Território dentro de uma Globalização Neoliberal.
Existe ainda o
Espaço Virtual, onde seus vetores de modernização são complexos, transcendendo
os espaços físicos, causando uma desordem um desequilíbrio ás regiões onde se
instala.
O território
pode ser entendido também, não sendo apenas o conjunto dos sistemas naturais e
de sistemas de coisas que superpõem, mas também possui uma categoria de análise
que relaciona este espaço com uma identidade, é o sentimento de pertencimento a
um lugar de forma afetiva, com lembranças, alegrias e também tristezas.
A origem da
palavra fronteira deriva do antigo latim “fronteira” ou “frontaria” e indica a
parte do território situado “in fronte”, nas margens. Mas recentemente, Michel
Foucher, vai dizer que a origem do nome fronteira deriva de “front”, “la ligne
de front”, ou seja da guerra. Posteriormente a palavra fronteira ganhou
significado de divisão entre Estados-Nacionais, tal conceito encontra-se
associado à política, ao poder.
No Brasil, até
meados do século XX, o conceito de fronteira era exclusivamente político,
devido à influência europeia, principalmente a francesa. Na Europa o conceito
era visto como conquista de novas terras para colonizar, assim para os europeus
a fronteira a ser rompida era o mar.
A expressão fronteira é utilizada de duas formas: no sentido
político e para o deleite acadêmico. Na língua inglesa, há uma distinção bem
nítida da palavra: usa-se “Frontier”, para designar a conquista de novas
terras; “Boundary”, para limite entre dois países e “Border/ Borderline”, para
traço definidor das jurisdições.
As fronteiras podem ser classificadas de diversas maneiras,
depende de como ela se relaciona com o outro lado e com o seu interior.
NOGUEIRA (2007), em seu livro Amazônia Continental: geopolítica e formação das
fronteiras, fala de três tipos de fronteira: a fronteira controlada, a
fronteira percebida e a fronteira vivida.
A FRONTEIRA CONTROLADA aparece representada sob a forma de atuação
dos inúmeros órgãos do Estado-nacional constituídos para vigiar o trânsito
entre o exterior e interior do Estado; mobiliza uma grande quantidade de
funcionários militares e civis, os primeiros, como protetores do patrimônio
territorial, guardando terra, mar e ar, e o segundo, atuando na administração
política; tal fronteira controla a entrada e a saída de pessoas, o controle
sanitário de pessoas e animais, e o controle de entrada e saída de mercadorias,
livres ou não de tributação. Esta é uma visão de fronteira para do Estado.
A FRONTEIRA PERCEBIDA é o resultado de uma imagem construída no
interior do Estado-nacional sobre esta zona; é vista como um lugar que abriga
contravenções e ilegalidades, um lugar em que todos são suspeitos, um lugar que
serve de escape e refugio àqueles que infringem a normas das instituições
estatais.
Já a FRONTEIRA VIVIDA é a fronteira viva, é a própria coisa, a
compreensão e o relacionamento que os habitantes deste lugar possuem com o
mesmo, incorporando esta condição particular ao seu cotidiano, vivenciando a
condição fronteiriça nos seus mais variados aspectos – lazer, trabalho,
contravenção, consumo, defesa, disputa, amor, reconhecendo quer do outro lado
tem outra lei. Tal fronteira reflete o grau de interação ou ruptura entre
sociedades fronteiriças.
Nos últimos
anos, o conceito de fronteira, vem sendo posto em questão justamente pela
pressão exercida pela economia, que força a liberdade de movimento de
determinados fatores, principalmente mercadorias e capitais. Argumenta-se que
isto seria o resultado das mudanças inerentes ao próprio Estado-nacional para
ajustar-se ao mundo globalizado. O “fim das fronteiras” atenderia assim aos
objetivos da produção e da circulação realizados por grandes corporações presentes
em diversos países do mundo (NOGUEIRA, pg.50-51).
O conceito acima
descrito procura fortalecer a ideia do que foi proposta pela professora Márcia
Siqueira, na escolha do objetivo do trabalho de campo, que visava observar as
relações das atividades desenvolvidas em áreas de Fronteira Internacional com o
Brasil em estudo de caso com a Argentina e o Paraguai; fazendo uma análise do
aglomerado urbano da tríplice fronteira nos aspectos econômicos, sociais,
segurança, culturais e turístico
Breve histórico da região de Tríplice Fronteira
A fronteira
brasileira com o mundo espanhol, “O Oeste Paranaense”, um território
compreendido ente os rios Guarani, Iguaçu, Paraná e Piquiri, no século XIX,
estavam praticamente abandonados, ficando exposta a penetração da Argentina,
via fluvial, com a exploração da erva-mate na região de Missiones em 1881, não demorou
a que os portenhos chegassem ao oeste do Paraná, atraídos pela erva-mate nativa
da região. Essa erva-mate saia do Paraná como contrabando, já que não havia
nenhuma infraestrutura na região para cobrança de impostos de exportação.
Segundo Ruy
Wachowicz (pág. 285) a falta de população brasileira no oeste ocasionava o
predomínio completo de populações guaranis e argentinas, em 1920 a partir de Catanduvas
para o este, a língua dominante era o espanhol, e os trabalhadores na
construção da rodovia Guarapuava-Foz do Iguaçu eram exclusivamente paraguaios.
Outro fato interessante a ser ressaltado, foi quando um viajante perguntou a
uma cabocla brasileira sua nacionalidade, obteve como resposta: “soy brasileña, senhor, gracias a Diós”. Mostrando
a influência portenha em nosso território.
Como a região de
Foz do Iguaçu no Paraná, tinha uma importância estratégica como área
fronteiriça, o governo imperial em 1888, instalou no local uma colônia militar,
com o intuito de fortalecimento da chamada fronteira guarani.
Guarapuava foi o
centro de operações em virtude de ser o núcleo mais próximo da região.
Durante a
abertura da picada em direção oeste, foram encontrados grupos, de trabalhadores
que exploravam a erva-mate, eram índios, paraguaios, a serviço de ervateiros
argentinos.
A expedição
chegou a Foz do Iguaçu no dia 22 de novembro de 1889, sendo que a população
encontrada na região era composta de 324 habitantes, sendo paraguaios e
argentinos, desse total, apenas nove era brasileiro.
Com Getúlio
Vargas no governo depois da revolução de 1930, divisaram os gaúchos uma
oportunidade de voltarem a liderar a política, já que até então a hegemonia
paulista da república velha, fase conhecida como café com leite era
predominante, devido à canalização da maior parte da mão de obra da imigração
europeia, na cafeicultura e da aceleração industrial.
Vargas nomeou o
interventor Manoel Ribas, já com planos de criar, como depois criou vários
territórios, entre os quais o território do Iguaçu, favorecendo os capitalistas
gaúchos, que queriam essas terras para realizar vantajosos negócios
imobiliários, e mais escoar para a região o excedente de mão de obra agrícola,
com isso seria subtraído vastas extensões de terras dos Estados do Paraná e
Santa Catarina.
Só que com a
queda da ditadura do Estado Novo em 1945, e a nova constituinte em 1946, foram
dissolvidos os territórios federais do Iguaçu e Ponta-Porã. Embora tenha
ocorrido o fim do território federal, mesmo assim inúmeras imobiliárias
principalmente gaúchas, instalaram-se na região.
Mas o grande
desenvolvimento do Oeste paranaense, principalmente de Foz do Iguaçu, uma das
três cidades da tríplice fronteira, foi à interligação de Foz do Iguaçu com a
cidade Paraguaia Ciudad Del Este, com a construção da Ponte Internacional da
Amizade inaugurada em 27 de março de 1965 por Castelo Branco, presidente do
Brasil e Alfredo Stroessner, presidente do Paraguai. No Brasil, foi chamada de
Ponte da Amizade e no Paraguai, ponte Presidente Alfredo Stroessner.
Em função da
construção da ponte surgiu o comércio exportador e importador de Foz do Iguaçu.
Iniciou-se a colonização e inauguração da cidade de Puerto Stroessner,
atualmente chamada de Ciudad Del Este, cidade que ocupa o posto de segundo
maior centro urbano do Paraguai e é a terceira maior zona franca de livre
comércio do mundo, depois de Miami e Hong Kong, seus clientes na maioria são
brasileiros atraídos pelos baixos preços dos produtos vendidos na cidade.
Logo depois o
segundo fato que fez de Foz do Iguaçu uma das cidades a registrar um dos
maiores crescimentos populacionais do nosso País, foi o empreendimento
Binacional, a construção da Usina Hidroelétrica de Itaipu, no ano de 1973, que trouxe
um grande contingente de trabalhadores à cidade.
Os trabalhadores
eram de diversos cantos do Brasil, assim a população da cidade teve um grande
crescimento em pouco tempo, alcançando a marca de mais de 150 mil habitantes em
1980. Com um crescimento acelerado em tão curto espaço de tempo, surgiram
problemas estruturais como: falta de moradia, saneamento básico, desemprego. Dessa
forma, era necessário que o setor de serviços desenvolvesse para absorver toda
a mão de obra que se encontrava ociosa na região; e foi o que aconteceu.
Com a construção
da barragem da usina, vários municípios tiveram suas terras alagadas, e como compensação
por tal prejuízo, passaram a receber indenização no período de 50 anos.
Aproveitando-se do contexto - construção da Itaipu e Cataratas do Iguaçu -,
governo e iniciativa privada iniciaram a implementação de um grande plano
turístico na região, destacando-se como uma das regiões do Estado com maior
potencial turístico.
Foz, por contar
com uma das maravilhas da natureza, veio a ser beneficiada no setor de turismo,
vindo a receber milhares de turistas de várias partes do país e do mundo. Sua
localização favorável significou muito para as relações comerciais com os
países vizinhos: Paraguai e Argentina.
A partir dos
anos 1980, o comércio entre os países fronteiriços veio a crescer de forma
acelerada, podendo dizer que as cidades de Foz do Iguaçu, Ciuda de leste e
Porto Iguaçu conurbaram-se. Reunidos na cidade de Buenos Aires, 18 de março de
1996, representantes do Brasil, Paraguai e Argentina assinaram um acordo sobre
segurança na área da Fronteira Tríplice Comum.
Na região Oeste do Estado do Paraná, o crescimento
econômico veio a intensificar após a construção da hidrelétrica, levando
desenvolvimento a diversos setores da economia, sem contar com uma taxa de
urbanização das maiores do Estado.
Atualmente, com
mais de 250 mil habitantes, Foz do Iguaçu destaca-se por contar com um comercio
forte, setor industrial diversificado, ramo hoteleiro em crescente expansão,
graças ao turismo, sendo Cataratas do Iguaçu, Itaipu e as compras no Paraguai
os maiores atrativos. Contudo, o aumento do fluxo das relações entre os três
países - Brasil, Argentina e Paraguai -, fez com que, na mesma proporção,
aumentasse a violência em decorrência do trafico de drogas e armas e o
contrabando de mercadorias.
Resultados
Tríplice
Fronteira – Brasil, Paraguai e Argentina
A cidade
Paraguaia, Ciudad Del Este é separada de Foz do Iguaçu pelo rio Paraná e unida
a Foz do Iguaçu pela Ponte da Amizade. No caso da cidade Argentina de Puerto
Iguazú, esta se liga a Foz pela ponte Tancredo Neves, constituindo assim a área
de comércio, tanto turístico como também de negócios ligados a exportação e
importação na área fronteiriça; em grande parte dominada pelos árabes.
A ocupação da
área fronteiriça pelos Árabes é compreensível diante da dinâmica comercial da
região, ligada à forma de ocupação desse espaço especifico que é a fronteira.
Os primeiros
imigrantes Árabes se estabeleceram em Foz de Iguaçu, devido ao comércio
promissor que ocorreu com a abertura da ponte da Amizade, ligando Foz do
Iguaçu, um centro comercial exportador de produtos brasileiros, ao Paraguai.
Os imigrantes
Árabes, em sua maioria, são originários do Líbano, e ao chegarem ao Brasil
buscavam contatos com os patrícios que já moravam por aqui e que indicavam os
lugares onde está bom para o comércio. É importante lembrar que muitos
imigrantes não tinham experiência comercial nos seus lugares de origem.
O que levou este
imigrante a optar pelo comércio foi a falta de capital para iniciar outras
atividades, sendo assim se juntaram as outras já estabelecidos no Brasil, que
tinham sua principal fonte de renda: o comércio. O comércio foi a atividade que
abriria a possibilidade de um rápido retorno e acumulação de capital para novas
possibilidades.
Essa
possibilidade se confirmou com o tipo de comércio, conhecido como “mascate”, ou
seja, sair com a mercadoria para vender de porta em porta, percorrendo bairros
e cidades. As décadas de 50 e 60 são fundamentais para o entendimento do êxito
comercial que conseguiram os imigrantes Árabes, isso devido à expansão de
produção brasileira de artigos industriais, particularmente no setor têxtil.
Devido a sua mobilidade, os “mascates” tornaram-se peças-chave no processo de
distribuição da produção para o interior do Brasil, e mais tarde, com sua
instalação em cidades fronteiriças e limítrofes dos países, na tríplice
fronteira. Podemos lembrar que essa característica do comércio é para Milton
Santos o “circuito inferior e o circuito superior”, ou seja, as mercadorias são
compradas no Paraguai em lojas, que fazem parte do “circuito superior”, e são
vendidas no Brasil em várias cidades do Paraná, bem como em São Paulo , na 25 de
março, em camelôs a céu aberto, ou mesmo alocados em um prédio. Este último
caso SANTOS chama de “circuito inferior”.
A concentração
dos Árabes na tríplice fronteira é decorrente da possibilidade de aproveitar os
diferentes espaços nacionais com seus produtos, cargas tributárias e preços na
fronteira, onde os negócios e as oportunidades podem se multiplicar.
É em virtude
disso que Foz de Iguaçu e Ciudad del Este constituem o grande atrativo para os
imigrantes árabes que continuaram chegando à América Latina na década de 70 e
80.
A imigração
Árabe para o Brasil, sua concentração em Foz do Iguaçu, a mobilidade espacial e
a inserção ocupacional foram os fatores determinantes na provisão de
mercadorias em um mercado, cujos canais de distribuição estavam em formação, e
transformação da região num espaço com dinamismo que continuou atraindo novos
imigrantes; os imigrantes vieram para o Brasil fugindo dos conflitos no Líbano
e no Oriente Médio a partir dos anos 70.
Os brasiguaios
A migração maciça de brasileiros para o
Paraguai ocorreu principalmente entre 1975 e 1979. As promessas de terras
férteis e baratas no Paraguai e as mudanças ocorridas na agricultura
brasileira, sobretudo com a implementação de uma política agrícola de
modernização, que privilegiou a média e grande propriedade, provocando a
desestruturação da pequena propriedade, explicam o êxodo de milhares de
camponeses sem terra ou com pouca terra para o Paraguai. A maioria dos brasileiros que residem no
Paraguai estão na condição de ilegalidade. Chamados de “brasiguaios”,
permanentemente sujeitos à perseguição policial e ao pagamento de inúmeras
taxas para obter documentos de validade sempre provisória.
A dificuldade e
a insegurança dos brasileiros que vivem no Paraguai continuam e geram, frequentemente,
novos fatos políticos. O atual governo do Paraguai impulsiona uma proposta de
reforma agrária que teria como maiores prejudicados os colonos brasileiros,
segundo noticiou recentemente a imprensa no Brasil. Segundo a matéria do
Correio Braziliense, os brasiguaios (que representam 8% da população do
Paraguai) detêm 1,3 milhões de hectares produtivos em território paraguaio,
produzindo especialmente soja e carne.
Contrabandistas e traficantes na Tríplice Fronteira
A Tríplice Fronteira é um local privilegiado da integração
regional do Mercosul, porém, devido à falta de fiscalização e a existência da
corrupção tornou-se uma área de muita insegurança para Brasil, Paraguai e
Argentina. Essa insegurança é gerada, em grande parte, pela circulação
constante de traficantes e contrabandistas. De acordo com Antônio M. Roseira, (pág.
142) tais personagens:
“se utilizam de uma rede construída de acordo com funcionalidades diferenciadas historicamente. A ponte Internacional da Amizade e a BR-277, os principais elementos de integração territorial do Oeste paranaense, são re-adaptadas às necessidades desses recentes atores territoriais”.
Quando tentamos entender o aumento da violência que ocorre em
Londrina, não nos atemos ao fato de que parte boa parte do aumento desse tipo
de crime está diretamente relacionado com o trafico de drogas e armas que
ocorre na fronteira do Brasil com o Paraguai. Esta constatação se comprova,
pois 80 % dos homicídios consumados em Londrina com o uso de arma de fogo, são
realizados com armas 9 mm
(arma de uso restrito das forças armadas), arma mais utilizada pelos bandidos,
já que as armas do tipo .40 são de uso exclusivo das polícias Militar e Civil
do Brasil, dificultando, dessa forma, o comércio desse tipo de arma pelos
traficantes. Não diferente, é o caso do aumento do volume de apreensões de
drogas que estão ocorrendo no Paraná; em particular em Londrina. Em Maringá ,
no dia 4 de junho de 2013, foram apreendidos 83 quilos de crak. Este é apenas
um dentre os vários que estão se tornando rotineiros em Londrina, devido a
entrada da droga na fronteira com o Paraguai. Os caminhos são vários, e de acordo com ROSEIRA (pág. 141):
“Ainda hoje o comércio ilegal e os contrabandistas de drogas utilizam a rodoviária internacional como meio de acesso e saída de Foz do Iguaçu. Fica visível a influência destas atividades no volume de passageiros da rodoviária quando observamos os números registrados a partir da segunda metade da década de 1990, período de maior pico das atividades do comércio na fronteira”.
Tanto os contrabandistas, sacoleiros e traficantes desafiam
constantemente as leis, acordos e tratados realizados entre os três países que
fazem parte da tríplice fronteira. Estes personagens possuem meios de
circulação que influenciam diretamente no funcionamento do território.
Seja por meio de aviões, barcos, “laranjas” – pessoas que recebem
uma quantia em dinheiro para passar a mercadoria para o contrabandista; seja
subornando agentes da fiscalização, que nesse caso não é preciso muito esforço,
a mercadoria, na maioria das vezes, chega ao local de destino. Para
exemplificar este fato podemos lembrar do caso noticiado no jornal “A Gazeta do
Povo” em que 8 policiais rodoviários foram presos na Operação Carro Forte, que
aconteceu no dia 31/05/2012 em Foz do Iguaçu e cidades próximas. Os policiais
recebiam dinheiro de contrabandistas para facilitar a entrada de produtos que
tinha como destino o estado do Paraná e São Paulo. Para ROSEIRA (pág. 146)
“A partir de do momento em que os agentes da Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal e Receita Federal permitem o cumprimento da agenda dos acordos comerciais do Mercosul - ou deixam de exercer suas funções de fiscalização por corrupção ou impossibilidade técnica – consentem o rompimento de obstáculos à circulação no território”.
ANÁLISE DAS
QUADRAS
A análise das quadras teve o objetivo de avaliar: a infraestrutura sanitária (Presença
de lixos nas ruas; Presença de lixeira; Presença de poços; Existência de rede
coletora de esgoto; Presença de hidrômetros nos lotes indicando a distribuição
de água tratada; sistema de drenagem urbana – poços de visitas e sarjetas – e
valas de esgotos, caracterizado pelo odor desagradável), as áreas verdes (cobertura vegetal existente;
Impermeabilização do solo: incidência de áreas impermeabilizada e níveis de
infiltração), a organização espacial
(Largura das ruas; Presença de meio fio; Loteamento consolidado pela
prefeitura; Alinhamento predial) e a
infraestrutura viária (Presença
de rodovias caracterizada pelo porte de circulação de veículos e avenidas
urbanas caracterizadas pelo fluxo e porte) de uma localidade onde o fluxo de
pessoas é constante e intenso, devido às atividades comerciais desenvolvidas.
As quadras foram
previamente delimitadas (Fig. ), pela professora Márcia Siqueira, cada grupo
ficou responsável em analisar uma quadra. Assim, as quadras ficaram
distribuídas conforme a tabela a seguir:
Grupo
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Quadra
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G 01 -
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01
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G 02 – Antonio, Eduardo Valero, Everton e Oscar
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02
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G 03 -
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03
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G 04 -
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04
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G 05 -
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05
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G 06 -
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06
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G
07 - Aluana, Eriton, Felipe, Ivan, Roney e Victor Hugo
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07
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G 08 - Daniela, Luis e Tatiana
|
08
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G 09 - Edson, Karitha, Marcial
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09
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G 10 - Andre Henrique, Bruna, Edcesar e Eduardo Vinicius
|
10
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O nosso grupo ficou responsável em analisar a quadra nove (Fig. 17 e 18).
A quadra nove fica de fronte a avenida principal e próxima a Ponte da Amizade,
ela possui três avenidas e três ruas, sendo elas: a Avenida Luis Maria Arganã,
Avenida Adrián Jara, Avenida Monseñor Rodriguez, Rua Rubio Ñu, Rua Ita Ybaté e
Rua Passeo Piribebuy. Nesta quadra esta localizada a loja Mega eletrônicos e o
Shopping Lai-Lai-Center.
Figura 17 - Localização da quadra analisada.
Fonte: DANIEL, 2013.
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Figura 18 - Localização, da quadra analisada, por imagem de satélite.
Fonte: DANIEL, 2013.
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Descrição das ruas e avenidas
Avenida Luis Maria Argaña
A infraestrutura
sanitária desta avenida encontrava-se com muito lixo, sacolas, isopor, papel e
resto de alimentos; não observamos nenhuma lixeira do começo ao fim da rua; não
havia a presença da rede de esgoto e constatamos que o recolhimento da rede de
esgoto era feito em fossa; chegamos até a observar esgoto a céu aberto no
local. Quanto às áreas verdes existia arvores apenas no canteiro central. A
organização espacial encontrava-se num modelo padrão, as ruas possuíam uma largura
de dez metros com de asfalto esburacado; as calçadas tinham três metros, porém
estavam ocupadas pelos mesiteros e vendedores ambulantes; as edificações
encontravam-se alinhadas. A infraestrutura viária nesta avenida encontrava-se
um caos, observamos congestionamento de carros e motos e falta de sinalização
de trânsito.
Avenida Adrián Jara
A infraestrutura
sanitária nesta avenida encontrava-se igual à Avenida Luis Maria Arganã, havia
a presença de lixo, ausência de lixeira, esgoto a céu aberto, o recolhimento da
rede de esgoto em fossa, em alguns pontos da avenida observamos a água
escorrendo pelo meio fio; havia a ausência de vegetação; as ruas e calçadas são
do tamanho padrão (dez metros e três metros, respectivamente); as ruas são
asfaltadas e com trânsito caótico; as calçadas são ocupadas pelos mesiteros e
os vendedores ambulantes, fazendo os pedestres circular nas margens da rua.
Rua Rgto. Rubio Ñu e Rua Ita
Ybaté
Estas duas ruas
apresentaram os mesmos problemas de infraestrutura e organização espacial
observado na Avenida Adrián Jara, entretanto havia a presença de uma galeria
pluvial.
Rua Passeo Piribebuy
Esta rua se
caracteriza pela presença de vários pontos de taxi, a rua inteira estava tomada
por taxis. Contudo, nada havia de
diferente do que tinha sido observado anteriormente; a infraestrutura sanitária
e viária encontrava-se igual às outras ruas e avenidas observadas e havia a
ausência de áreas verdes.
Avenida Monseñor Rodriguez
Esta avenida
também não nos surpreendeu em sua infraestrutura: sanitária, viária e
organizacional. Os mesmos problemas encontrados nas avenidas e ruas
anteriormente analisadas estavam presentes nesta avenida. Até mesmo a presença
de instalações elétricas irregulares, o famoso “gato”.
Veja nas figuras 19 ao 27 o que foi observado na quadra nove:
Veja nas figuras 19 ao 27 o que foi observado na quadra nove:
Figura 19 - Ruas sujas da Ciudad del Este.
Fonte: KOGIMA, 2013.
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Figura 20 - Ruas esburacadas na Ciudad del Este.
Fonte: KOGIMA, 2013.
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Figura 21 - Aguá escorrendo pelo meio fio.
Fonte: KOGIMA, 2013.
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Figura 22 - Mesiteros e Comerciantes ambulantes ocupando as calçadas.
Fonte: KOGIMA, 2013.
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Figura 23 - Pedestre circulando na borda do meio fio.
Fonte: KOGIMA, 2013.
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Figura 24 - Trânsito congestionado na Ciudad del Este.
Fonte: KOGIMA, 2013.
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Figura 25 - Pontos de táxi na Rua Passeo Piribebuy.
Fonte: KOGIMA, 2013.
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Figura 26 - Galeria Pluvial na rua Rubio Ñu..
Fonte: KOGIMA, 2013.
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Figura 27 - Instalações eletricas iregulares na Ciudad del Este.
Fonte: DANIEL, 2013.
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Visão geral da quadra
Por ser um local de intenso comercio e com muitos mesiteros, as
quadras tinham poucas diferenciações entre elas, às estruturas eram
semelhantes. As Ruas continham muito lixo, fato decorrente da ausência de
lixeiras. No comercio, havia a presença de água encanada. Entretanto, a água
que sai das torneiras vai direto para as ruas, o que nos fez interpretar a ausência
de rede de esgoto, o esgoto era a céu aberto e com cheiro desagradável.
Somente, na Avenida Luis Maria Argaña, havia a presença de árvores,
contudo, as arvores estavam localizadas apenas em um dos lados da rua, no
canteiro central. As ruas e calçadas tinham largura padrão, 10 e 3 metros , respectivamente.
As ruas eram asfaltadas, porem em alguns pontos era esburacado e as calçadas
eram ocupadas pelos mesiteros, o que tornava difícil a passagem dos pedestres
que tinham que andar nas bordas das ruas e avenidas. O fluxo de veículos era
totalmente intenso e desorganizado, causando o congestionamento em todas as
ruas analisadas. As construções prediais encontravam-se alinhadas.
Em apenas uma das ruas apresentava galeria pluvial, na Rua Rgto.
Rubio Ñu. Na Rua Passeo Piribebuy, o diferencial, estava na presença marcante
de muitos pontos de taxis que ocupava toda a rua, dificultando ainda mais o
fluxo de pessoas e veículos. Podemos observar que as bocas de lobo estavam
todas entupidas pela grande quantidade de lixo nas ruas. O que nos chamou mais
atenção nas observações, fora a sujeira e o trânsito caótico da Ciudad Del Este,
foram às instalações de energia irregulares, os famosos gatos espalhados por
todas as ruas que passamos.
Ao retornar ao território brasileiro sentimos um imenso alivio, de
poder morar em um país onde há irregularidades estrutural e organizacional, mas
nada comparado ao que vimos na Cidade Del Este.
Considerações Finais
Por meio dos textos discutidos em
sala de aula construímos um arcabouço de conceitos teóricos que, com a
realização do trabalho de campo foi possível materializar tais conceitos. Nesse
sentido, o trabalho de campo foi muito importante,
pois permitiu ao aluno colocar frente a frente a teoria x realidade.
Como sabemos, o estudo de campo é uma prática secular,
desenvolvido por diversos estudiosos, principalmente, os geógrafos. Tal pratica
é de essencial importância nos estudos geográficos, servindo para auxiliar na
assimilação e visualização dos conceitos estudados em sala de aula e/ ou em gabinete. A observação
é a principal ferramenta metodológica para obter resultados e termos a
consciência de que o espaço geográfico é formado a partir da relação de interdependência
entre os organismos.
O recorte
espacial escolhido para realização do trabalho de campo foi a Tríplice
Fronteira – região fronteiriça entre Brasil, Paraguai e Argentina. Tal região
foi escolhida por reunir vários exemplos empíricos dos conceitos trabalhados em
sala de aula.
Conceitos como “fronteira”,
“circuito superior e circuito inferior”, “território”, “uso do território” etc
foram experienciádos in loco. Além desses conceitos, foi possível analisar a
infraestrutura de parte da Ciudad del Este. Constatamos que a cidade é muito
suja, pois o lixo fica espalhado pela rua; nas calçadas quase não há espaço
para caminhar, devido ao abarrotamento de barracas nas calçadas. Este fato nos
chamou muito a atenção, pois se trata do “circuito inferior”, trabalhado por
Milton Santos.
Foi possível,
também, observar as áreas verdes (cobertura vegetal existente), a organização
espacial (Largura das ruas; Presença de meio fio; Loteamento consolidado pela
prefeitura; Alinhamento predial) e a infraestrutura viária.
Quando
comparamos as formas de uso do território, bem como as formas de ocupação do
território, fica evidente a diferença existente entre as três cidades
visitadas.
No caso da
Argentina, Puerto Iguazú, percebemos que a cidade é bem mais organizada que a
Ciudad del Este, no Paraguai. Na primeira cidade, o comércio está organizado no
sentido de vender seus produtos para os cidadãos argentinos que ali vivem, bem
como para os turistas brasileiros. Observamos a existência de alguns comércios
de produtos que tem como matéria prima o couro, já que a atividade pecuária é
muito forte na Argentina. Esta característica, de grande produtor de gado, faz
com que os produtos de couro sejam, em média, 40% mais baratos que no Brasil.
Outro produto muito comprado pelos brasileiros que visitam o país é o vinho
argentino, muito apreciado nos restaurantes brasileiros. Dessa forma, grande
parte dos turistas que visitam Puerto Iguaçzú compra as mercadorias para
consumo próprio ou para presentear alguém.
No caso da
Ciudad Del Este, as lojas e barracas estão organizadas, tendo como objetivo,
vender as mercadorias para, em sua grande maioria, sacoleiros e
contrabandistas; é claro, alguns turistas vão à cidade para comprar produtos para
uso próprio.
Já em Foz do
Iguaçu, percebemos uma predominância no uso do solo em atividades turísticas,
pois a proximidade da Tríplice Fronteira, a usina Hidrelétrica Itaipu e as
Cataratas do Iguaçu fazem com que a cidade seja uma importante região turística
do Brasil. Destarte, faz-se necessário o desenvolvimento contínuo da rede
hoteleira e de restaurantes na cidade. Os turistas vão à Foz por vários
motivos: uns vão para visitar as cataratas; outros para comprar no Paraguai,
mas também tem os que vão visitar as três cidades.
Dessa forma,
pudemos entender a realidade e as diferenças das três cidades visitadas. Estas
diferenças se evidenciam com as peculiaridades no uso e ocupação do solo, tipos
de produtos comercializados, população, urbanização etc.
Portanto, o
trabalho de campo descortinou e elucidou, por meio de exemplos empíricos, os
conceitos e o contexto de uma realidade até então distante para os alunos participantes do mesmo.
Considerações
Finais dos membros do grupo
Andressa:
As
leituras feitas em gabinete sobre o a tríplice fronteira e sobre os conceitos de território, uso do território e fronteira contribuiu para eu compreender e entender as atividades que ocorre na região da Tríplice Fronteira. As informações tiradas das leituras realizadas coincide com os
relatos dos meus colegas de sala, principalmente na parte da analise das
quadras. Na dissertação de ROSEIRA (2006) o autor fala sobre os diversos tipos de lixo
nas ruas da cidade e na travessia da Ponte da Amizade, resultado de uma má organização estrutural e organizacional. Quando NOGUEIRA (2007) fala dos
diversos tipos de visão de fronteira: fronteira controlada, fronteira percebida
e fronteira vivida; particularmente falando, apos ouvir e ler o que os meus colegas registraram, a minha visão de fronteira,
principalmente da tríplice fronteira, é o que o autor relata em seu livro.
Edmilson: Faço uma avaliação positiva a respeito das atividades desenvolvidas no campo, pois a partir das observações podemos perceber como a questão da territorialidade é importante para uma nação , sendo materializado em nossas observações todas a relações entre os diferentes povos na área em questão, ocorrendo inúmeras atividades econômicas cuja importância é notória as três nações , estando inseridos num contexto global , sua economias dependentes do convívio harmonioso entre os países visinhos , destacando o setor turístico como maior atrativo a Foz do Iguaçu , aliado a imponente obra de Itaipu que impulsionou o crescimento e desenvolvimento de toda a região da tríplice fronteira.
Edson: O estudo de campo realizado na Tríplice Fronteira somado as leituras feita anterior ao campo, ajudou a enriquecer a minha visão de fronteira. Tudo o que eu observei, principalmente na Ciudad Del Este, esta de acordo com as leituras que fiz. A Ciudad Del Este é uma cidade despreocupada, não existe preocupação com meio ambiente nem respeito a qualquer tipo de legislação, não apresenta nenhuma ordem nas instalações comercias, e a presença do lixo nas ruas me incomodou muito, na cidade tem poluição por todas as partes, sonora, visual e atmosférica devido ao alto fluxo de veículos. Em meio a toda aquela confusão e movimentação comercial, pude observar que os paraguaios são os que trabalham nas ruas, e nas lojas são os descendentes Árabes.
Itamar:
Pude
compreender com o trabalho de campo realizado e com a leitura do texto do
Roseira, como funciona a grande engrenagem e os instrumentos utilizados por
contrabandistas e traficantes de drogas na região da fronteira entre Brasil,
Paraguai e Argentina. Foi possível relacionar a fragilidade na fiscalização da
Tríplice Fronteira com o aumento no comércio de drogas e armas em cidades do
Paraná, em especial, Londrina.
Karitha: O
campo foi um trabalho bem elaborado, com o intuito de conhecer diferentes
territórios ao mesmo tempo para compara-los fisicamente e economicamente Foz do
Iguaçu (Brasil), Puerto Iguazú (Argentina) e Ciudad Del Este (Paraguai).
Baseando nas aulas teóricas como ponto de partida para as analises, fazer toda
fundamentação teórica através dos textos do Milton Santos sobre as
características dos territórios, os textos do funcionamento do Ciudad Del Este
foram fundamentais para a riqueza do trabalho de campo, averiguar a teoria com
a prática.
Nos depararmos que através
de uma fronteira, uma ponte, podemos ver tamanha distinção entre povos, língua,
cultura, economia, paisagem, que o modo de vida se diferencia cada vez mais a
cada passo dentro do País que visitamos.
A Ciudad Del Este que
assusta logo na estrada após a Ponte com o intenso fluxo de entrada e de saída
de pessoas, uma cidade que é conhecida pela sua desordem, pelos baixos preços e
mercadorias de todos os tipos para nós que éramos estrangeiros e uma certa
ordem para eles, pois aquele era o modo de vida deles totalmente normal.
O que foi desagradável no
País foi a quantidade de lixo que o país produz e que são lançados nas ruas,
falta de esgoto, sem nenhum cuidado com o ambiente, pouca área verde na região
mais concentrada da cidade, o transito caótico sem respeito algum com os
pedestre, até mesmo porque as calçadas eram utilizadas pelos mesiteros.
O uso do território que eles
praticam é intenso voltado para o comercio, com grande número de pessoas que
entram no país a procura de produtos com baixos preços devido a ausência de
impostos, e de mercadorias que vêm de varias partes do mundo.
A visita a Puerto Iguazú na
Argentina é um ambiente totalmente diferente da Ciudad Del Este, cidade limpa e
organizada. Não podemos presenciar o fluxo da cidade no comercio, pois a visita
foi realizada em um Domingo, mas visitamos a feira principal da cidade
(Asociación Feria de Iguazú – La Feirinha – Bienvenidos! – Puerto Iguazú –
Tierrade Cataratas).
A feira eram produtos mais
simples, como azeite, bebidas, queijos e doces. Passeando pelas ruas havia
alguns comércios abertos com venda de artesanatos em geral e pouco fluxo de
pessoas.
O que mais chamou a atenção
foi a DuttyFree , um Shopping com os mais diversos produtos todos originais,
vindos de varias partes do mundo, com um publico alvo diferenciado e mais
sofisticado.
De todas as visitas
realizadas, a mais marcante sem duvida foi as Cataratas do Iguaçu, paisagem
natural com quedas d’agua. Ambiente totalmente limpo e organizado. Local
totalmente estruturado para visitas sem grandes degradações ambientais.
Posso dizer que o trabalho
nos proporcionou visões diferentes sobre os três territórios, cada um com suas
particularidades, com isso nosso conhecimento torna-se mais rico, pois
assimilar teoria com a prática faz com que nossa visão se amplie e nosso
conhecimento se torna mais consistente.
Marcial: Fazendo uma reflexão de nosso trabalho de campo, o que mais me chamou atenção,
foi descobrir que dentro de um espaço determinado, como é o caso da tríplice
fronteira, pode-se observar em tempo real, todas as contradições possíveis de
análise dentro do espaço geográfico. Espaço esse tão discutido e analisado por
Milton Santos, em suas obras.
Começa ficar cada dia mais
claro, que esse espaço é construído por nós, e que esse espaço sofre as
consequências de nossa cultura, da forma que vivemos e construímos essa sociedade.
Como que nós poderíamos
entender que três cidades fronteiriças, Foz do Iguaçu, Ciudad Del Este
(Paraguai) e a cidade de Puerto Iguazú (Argentina), podem ser tão diferentes
entre si como são.
Para entender essa diferença
poderíamos estudar todas as particularidades das três cidades fronteiriças, mas
não é o foco desse trabalho, assim de forma empírica coloco minha observação e
compreensão do que nós vimos, através de leituras prévias, e de constatações
visuais da paisagem urbana.
A cidade Ciudad Del Este
(Paraguai), a primeira vista, nos assusta, pois é algo difícil de entender como
pode alguém viver e trabalhar num lugar desses. As pessoas em grande número
(sacoleiros) compram no mercado Paraguaio, os produtos mais populares, com a
intenção de revendê-los no mercado brasileiro.
Com isso é visível o grande
número de pessoas dividindo os espaços públicos, as ruas, com os automóveis,
motos e as calçadas cheias de mercadorias e barracas, um enorme vai e vem de
pessoas, um verdadeiro formigueiro humano, próximo das lojas e os grandes
shoppings no centro comercial de Ciudad Del Este Paraguai.
Já quando visitamos a cidade
de Puerto Iguazú (Argentina), foi muito diferente, lá não vemos a quantidades
de pessoas comprando (sacoleiros) como na Ciudad Del Este (Paraguai). O publico
alvo é muito diferente, na Argentina, encontramos produtos de melhor qualidade,
marcas renomadas no mundo todo.
As pessoas que nos
atenderam, no caso da feirinha, um lugar que os Argentinos vendem seus
produtos, como azeite, vinhos, queijo e outros, em sua maioria são pessoas
cultas, que falam mais de um idioma, preocupados em atender bem os turistas de
todo o mundo.
Fica claro a diferença do
comércio quando observamos o Duty Free, um shopping bem próximo a Aduana
Argentina, cheio de produtos de grife originais, para atender pessoas que podem
pagar por produtos de primeira.
A tríplice fronteira, é
muito interessante quando observada levando em conta um olhar geográfico, é
muito rica, podemos estudar e levantar várias hipóteses, para explicar como as
três cidades vive totalmente diferentes uma das outras, se relacionam o tempo
todo, possui culturas tão diferentes, e estão ligadas pelos vários tipos de
comercio e interesses, assim é um lugar único no mundo, o território que tem
suas particularidades, sua vida própria.
Referências
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