RELATÓRIO
DE CAMPO
Tripice Fronteira, Quadra 2
Tripice Fronteira, Quadra 2
Antonio Martinez Prado
Eduardo Valero Molina
Eduardo Valero Molina
Everton Onofre
Oscar Daniel Souza
1 Introdução
Relatório referente ao trabalho de campo realizado nos
dias 7,8 e 9 do mês de junho de 2013 na fronteira entre Brasil, Argentina e
Paraguai, onde foram visitadas as seguintes cidades, lugares e aspectos: Foz do
Iguaçu/PR (Parque Nacional do Iguaçu, projetos ambientais; Aglomerado urbano;
ITAIPU Binacional), Cidad Del Este (PAR; aglomerado urbano; análise de uma
quadra), Hernandarias (PAR; Museu da Cultura Guarani, Zoo) e Puerto Iguazu
(ARG; aglomerado urbano).
O
trabalho de campo contemplado nas disciplinas Geografia do Brasil e Recursos
Naturais e Educação Ambiental, teve como objetivo o contato e análise da forma
espacial fronteiriça, como políticas públicas, estruturação urbana, formas e
ações ambientais, paisagem, múltiplos atores territorializados, entre outros.
A
paisagem observado durante o percurso (Londrina/Foz do Iguaçu) não sofre
bruscas modificações biogeográficas, tendo a monocultura de safra (soja) e
safrinha (milho, trigo) papel predominante na paisagem. Tal predominância
demonstra o quão modificados foram tais domínios morfoclimáticos que
compreendem a faixa geobotânica longitudinal (NE-SO) do Paraná, onde
originalmente havia cerrado e vegetação de hinterlândia subtropical de
Araucária.
2 CONTECEITUAÇÃO DO CONTEÚDO: TERRITÓRIO, USO DO TERRITÓRIO
E FRONTEIRA.
A priori, deve-se considerar a dimensão
territorial um objeto de estudo não apenas de cunho geográfico, tendo a leitura
multidisciplinar uma importância fundamental ao entendimento da mesma, no
entanto, o equívoco de se compreender o território unilateralmente por vieses
não geográficos acabou e acaba por acarretar certa incoerência conceitual
devido à especificidade que o tema assumiu particularmente na geografia
enquanto categoria analítica ao longo dos anos. Neste sentido, entendemos que a
compreensão principal e específica do tema deve partir da compreensão do
território como:
Conceito
derivado do espaço, o conceito maior, o território é produto da apropriação de
um dado segmento do espaço por um dado grupo social, nele estabelecendo-se
relações políticas de controle ou relações afetivas, identitárias, de
pertencimento. O mundo moderno é recoberto por inúmeros territórios,
justapostos ou parcial ou totalmente recobertos entre si, contínuos ou
descontínuos, permanentes ou temporários. Esta pluralidade de territórios
aponta para sua força como componente essencial para a vida social. (CORRÊA
apud HAESBAERT, 2004, p. orelha)
A partir da década de 1960, com as
transformações epistemológicas pela qual passava a ciência geográfica no
contexto da renovação frente à incorporação do discurso marxista, o conceito de
território, anteriormente utilizado com maior frequência pela geografia
política/geopolítica, obteve destaque considerável por definir em sentido mais
amplo os recortes espaciais orientados pelas múltiplas escalas de poder através
da perspectiva do materialismo histórico dialético.
Afirma-se,
dessa forma, a partir da segunda metade dos anos 1960, um novo modo de ver e
compreender o território. Há, de modo geral, nas ciências sociais e no real,
mudanças substantivas que interagem e determinam novos arranjos à ciência
geográfica; são fatores e elementos (i)materiais que fazem parte da vida,
condicionado e sendo influenciados pela produção do conhecimento e do
pensamento. (SAQUET, 2007, p.40)
Essas transformações epistemológicas
acabaram por atribuir ao conceito de território novas legendas. Além do
tradicional crivo político (jurídico) orientado pelas interações espaço/poder,
há um olhar renovado frente aos elementos culturais (simbólicos) e econômicos,
que acabaram por conferir ao conceito uma polissemia a ser superada pelos
autores a partir da clareza conceitual – teórico-metodológica – sobre com qual
“território” está se trabalhando (HAESBAERT, 2004, p.40)
A noção de territorialidade evidencia a
cristalização dos processos e relações sociais que ocorrem em determinadas
parcelas do espaço geográfico. Atores sociais, estatais, imobiliários, entre
outros responsáveis pela produção do espaço urbano, bem como movimentos
sociais, o tráfico de drogas e a prostituição exercem – em diferentes escalas –
condições territoriais específicas a seus interesses, todavia a supremacia dos
interesses hegemônicos garante a reprodução contínua da expropriação
territorial por parte do capital, configurando (especialmente no espaço urbano)
um processo concomitante de desterritorizalização e (re)territorizalização por
parte dos menos favorecidos. Todos os atores sociais se apropriam de uma
parcela do espaço direta ou indiretamente.
As diferentes territorialidades produzidas
no espaço geográfico fazem com que este seja palco de múltiplos conflitos
econômicos, sociais, étnicos e políticos, resultando em diferentes
espacialidades. Evidenciando diversos atores que são determinantes na
construção/(re)construção do espaço, como salienta Raffestin (1993, p. 58), “Do
Estado ao indivíduo, passando por todas as organizações pequenas ou grandes,
encontram-se atores sintagmáticos que “produzem” o território.”
Neste sentido, o conceito de fronteira
está intimamente ligado ao território, pois diz respeito aos espaços de
transição que percorrem todo o perímetro territorial. Segundo Haesbaert (2011, p.16) a imbricação
de múltiplos territórios em nosso cotidiano torna-se, atualmente, comum. A
condição de viver constantemente entre territórios criados e recriados pela
lógica de produção do espaço traduz a fluidez dos territórios que espacialmente
são concretizados de maneira fragmentada e articulada. Se vivemos
cotidianamente, então, transitando por diversos territórios e territorialidades
é possível pensar a respeito de um contornamento de limites fronteiriços
exacerbado, onde a sensação de pertencimento sobre mais de um território
torna-se comum.
O
trânsito entre diferentes territórios, ou mesmo a vivência, concomitante, de múltiplas
territorialidades, e o contornamento de certos limites ou fronteiras
territoriais –, nesse caso, conformando aquilo que propomos denominar de multi
e/ou transterritorialidade – são processos que cada vez mais parecem compor
experiências concretas na sociedade contemporânea. Chegamos a ponto, muitas
vezes, de vivenciarmos uma quase completa indistinção de quem/ o que está
dentro e o que está fora de um território, quais são os limites territoriais de
ação de uma ou outra modalidade de poder. (HAESBAERT, 2011, p.16)
Partindo da compreensão do autor, a
multiterritorialidade e a transterritorialidade são processos coesos de um
mesmo fenômeno: a mobilidade e vivência concomitante entre mais de um
território. A transterritorialidade difere apenas enquanto exacerbação das
fronteiras nacionais, como é caso dos indígenas que vivem em áreas fronteiriças[1] e
dos brasiguaios, que vivenciam a multiterritorialidade numa condição
especificamente internacional.
A condição territorial específica do
atual momento histórico, como apontada anteriormente, foi amplamente discutida
por Haesbaert em anos de pesquisa a respeito do tema, teorizando então a multi
e transterritorialidade como uma realidade objetiva – a exemplo do
contornamento constante entre limites fronteiriços – e uma dimensão simbólica
de pertencimento concomitante a mais de uma área dotada de relações e múltiplos
territórios. “Os processos sociais e territoriais não flutuam sobre mares,
montanhas e planícies. Realizam-se, pela unidade idéia-matéria-espaço-tempo, em
nossa vida cotidiana e são (os processos...) a problemática de partida de um
estudo do território [...]” (SAQUET, 2007, p. 48).
Partindo desta compreensão mais ampla do
território, podemos refletir sobre as funcionalidades propriamente ditas desta dimensão
espacial, pois é sua confluência com os processos sociais que caracteriza-o sob
um caráter político-econômico, social e histórico.
Vivemos
com uma noção de território herdada da Modernidade incompleta e do seu legado
de conceitos puros, tantas vezes atravessando os séculos praticamente
intocados. É o uso do território, e não o território em si mesmo, que faz dele
objeto da análise social. Trata-se de uma forma impura, um híbrido, uma noção
que, por isso mesmo, carece de constante revisão histórica. O que ele tem de
permanente é ser nosso quadro de vida. Seu entendimento é, pois, fundamental
para afastar o risco de alienação, o risco da perda do sentido da existência
individual e coletiva, o risco de renúncia ao futuro. (SANTOS, 2005, p. 4)
[1]
A área fronteiriça diz respeito a uma faixa de 150 km a partir do limite entre
os países (SAQUET, 2007, p. 50).
3 Colonização do Oeste Paranaenses : Colônia Militar.
3 Colonização do Oeste Paranaenses : Colônia Militar.
Para que possamos entender como cedeu a implantação da colônia militar será usado como
base o Livro do Paraná, de autoria do Professor Ruy Cristovam Wachowicz (1936
-2000) , Wachowics era formado em História para Federal do Paraná,para a
confecção deste livro Wachowicz fez em numeras pesquisas nos documentos
historicos do estado do Paraná, grande parte da pesquisa foi feita no acervo do
Museu de arqueologia de Paranaguá, a primeira versão do livro foi escrita após
dois anos de pesquisa e prática do ensino de história do Paraná.
Durante o período
imperial a região do oeste paranaense que está localizado entre os rios
Guarani,Iguaçu,Paraná e Piquiri. As três cidades mais importantes dessa região
são Toledo, Cascavel e Foz do Iguaçu (mapa 1)ficou sem muita atenção por parte do Império, que faz fronteira com a
Cidade Ciudad Del Este , Paraguai e com a cidade que havia sido definido pelo
Rio Paraná, a Cidade tanto que nem uma estrada e muito menos picadas foi aberta
no periudo do imperial.
Para que possamos entender como cedeu a implantação da colônia militar será usado como
base o Livro do Paraná, de autoria do Professor Ruy Cristovam Wachowicz (1936
-2000) , Wachowics era formado em História para Federal do Paraná,para a
confecção deste livro Wachowicz fez em numeras pesquisas nos documentos
historicos do estado do Paraná, grande parte da pesquisa foi feita no acervo do
Museu de arqueologia de Paranaguá, a primeira versão do livro foi escrita após
dois anos de pesquisa e prática do ensino de história do Paraná.
Durante o período
imperial a região do oeste paranaense que está localizado entre os rios
Guarani,Iguaçu,Paraná e Piquiri. As três cidades mais importantes dessa região
são Toledo, Cascavel e Foz do Iguaçu (mapa 1)ficou sem muita atenção por parte do Império, que faz fronteira com a
Cidade Ciudad Del Este , Paraguai e com a cidade que havia sido definido pelo
Rio Paraná, a Cidade tanto que nem uma estrada e muito menos picadas foi aberta
no periudo do imperial.
Mapa 1
Oeste Paranense Fonte : www.sites-do-brasil.com/parana/oesteparanaense
No do século XIX o
Brasil promoveu o processo de demarcação dos limites fronteiriços com os outros
mundo espanhol. Nesse movimento geopolítico do Estado brasileiro e dos seus
vizinhos latino americanos podemos perceber práticas, discursos e conflitos
decorrentes da vontade de expandir os territórios nacionais a qualquer custo. A
fundação da Colônia Militar em 1889, na cidade de Foz de Iguaçu, oeste do
Estado do Paraná , assim foi adotada a política de Fortalecimento das
fronteiras chamadas de Fronteira Guarani
(grifo do autor).
Entendemos
que a região, com a fundação da Colônia Militar, já havia habitantes na região,
pessoas que mantinham uma relação de desenvolvimento comercial, social e
cultural. Esta relação vai de encontro às posições ideológicas propostas pela
fundação da Colônia e dos militares, seus representantes na região.
Em Foz do Iguaçu já havia argentinos, paraguaios e
índios guaranis ocupando a região. fundadores da Colônia Militar, que apresenta
uma das primeiras estatísticas do local: na ocasião da chegada em Foz do
Iguassú o território já era habitado. Existiam 324 habitantes, mas só 9 eram
brasileiros. Waschowincz (2010 p. 276,)
Esta estatística contraria
as perspectivas de afirmação de uma identidade regional ou nacional, pelo fato
de que a região não possuía o elemento de construção da mesma, ou seja,
brasileiros. Portanto os primeiros brasileiros fundadores da Colônia Militar se
preocuparam em formar essa identidade nacional por meio da memória, fundando
lugares de memória.
Já em 1905 a população
de Foz do Iguaçu era aproximadamente de mil habitantes, alguns colonos ganharam
terras do Governo, mas os colonos tinham como obrigação de produção a produção
agricultura de subsistência, mas os colonos não produziam , grande parte do
alimentação, vestuário , móveis etc eram vendidos pelos argentinos, que traziam
de outras localizados do pais vizinho, usando o meio de transporte a vapor.
Como cita o Wachowicz (2010 p. 276)” Em 1919, três eram as companhias de
navegação argentina que portavam em Foz do Iguaçu: Compania Mercantil y
Transportes Domingos Barthe, Nuñes Gibaja y Co e Juan B. Molla”.
Desenvolvimento social
dessas populações que aí viviam, sendo a região Oeste do Paraná um local de
difícil acesso, onde a principal via de transporte era a fluvial. Onde o
comércio forte baseado na erva mate e madeira, foi um dos motivos que os
colonos não produziam os alimentos para a sua subsistência e partirem para o
cultivo da erva mate. Vendo que a colônia não estava prosperando o Estado
entregou administração da região ao estado do Paraná.
È nesse momentos que
nasce os grandes abrageros como se fosse grandes latifúndios. Obrages: “grandes extensões de terras fornecidas
através de concessões dadas pelo governo do Estado, principalmente para a
exploração de erva-mate, eram empreendimentos de exploração de propriedades do
Oeste e Sudoeste do Paraná antes da colonização moderna do Paraná” (Wachowics,1987
p19).
Essas terras foram dadas
para que a erva mate fosse explorada no fim do século XIX essa cultura era
explorada na Argentina e no Paraguai, mas logo a exploração desta cultura
começou a ser explorada no Paraná.
Grande Parte da erva que
era comercializada na argentina era proveniente de contra bando feito do Paraná
para a argentina, dentre os contrabandistas estavam os militares também com o
discurso de melhorar a sua situação financeira.
Desta forma as margens
do rio Paraná se encheu de portos construídos com o capital argentino, mão de obra paraguaia os
mensus todos índios paraguaios, (guaranis modernos) e matéria prima brasileira,
já que os navios argentinos tinham direito de navegar as Sete Quedas pelo Rio
Paraná. A relação de trabalho entre os mensu e os obragero era um manda ou
obdece, ou seja os mensu eram tratados como servos, não podiam planta e nem
crias animais domésticos, para que cada vez mais os mensu tivessem uma
dependente dos abragero e os abrageros mais ricos custo de mão de obra é
pequena e faturamento alto.
No inicio do sec.XX a
exportação da erva-mate entrou em decadência, pois os argentinos fizeram o
plantio da cultura em Misiones. Alguns abrageros do Oeste começaram a explorar em maior quantidade a
madeira da região substituindo o produto de exploração econômica.
“As obrages chegaram a
explorar madeira até a 100 quilômetros das margens do rio Paraná, Na margem do
grande rio eram depositadas essas toras. Eram cedros, perobas,canelas,
caviúnas, sassafrás, pau marfim etc.(Wachowics, 2010 p.281).”
Todas madeiras de lei, o
transporte era feito de maneira rústica pois estamos falando do inicio do sec
XX anos 30 , o transporte era feito via barrancas uma espécie de carroça que
era feito no local mesmo, a tração deste meio de transporte era animal, era transportado
até a margem do Rio Paraná, quando já tinha um boa quantidade na margens , para
ser transportadas por jangadas, essas jangadas transportavam até 3 mil torras,
assim se deu o desmatamento do oeste paranaense.
4 Incorporação das terras pelo capital, e Chegada dos Gaúchos no Oeste Paranaense
Depois da revolta de
1924 depois de varias batalhas, o General Candido Rondon, Rondon concentrou
tropas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia e Paraná, para conseguir a
rebelião que estava tendo no Paraná, os rebeldes já haviam tomado Guairá mas
com a chegada de Rondon do lado Legalistas e Prestes do lado dos Rebeldes os legalista conseguiram vence, lógico que
teve trabalho para vence os rebeldes ainda mais com a força de Carlos Prestes
do lado dos rebeldes, lembrando que os rebeldes eram em grande parte jovens
militares mas patentes de tenentes dentre eles Carlos preste amigo de Getulio
Vargas Gaucho.
Neste com o fim da
revolta tanto os legalista como os rebeldes sentiram a necessidade de
nacionalizar a fronteira com argentina e o Paraguai, após varias reformas como
nacionalizar o idioma falado em foz, que até então era falado o espanhol, a
moeda usada era o peso argentino, por inúmeros motivos, um deles era que o
comercio era regularizado pelos argentinos, onde as mercadorias brasileiras não
consegui entrar em foz, no livro historia do Paraná há um trecho que
exemplifica o que está sendo relatado, o trecho é o seguinte.
Em 1922 um comerciante curitibano tenta dirigir-se a
Foz do Iguaçu via Uruguaiana com mercadorias brasileiras, Apesar de toda
documentação estar em ordem, não conseguiu entrar na Argentina para dirigir-se
ao oeste paranaense. Mercadorias paulistas adquiridas pelos comerciantes de Foz
do Iguaçu eram boicotadas pela companhia mete Laranjeira em Guairá e Porto
Mendes, seus vapores nunca tinham espaço para transportar mercadorias
brasileiras.(Wachowics,2010 p286)
Os Argentinos eram os
donos do comercio e dono do capital como já foi citado no memento que falamos
sobre a extração da erva-mate , que os argentinos eram dono do capital , o
Paraguai da mão de obra e o Brasil da matéria prima, agora a argentina é dona
do capital e dono dos produtos.
Com o fim da revolução
em 1930 foi nomeado como interventor no Paraná, o General Mário Tourinho,
decretou que os documentos municipais de Foz do Iguaçu só poderiam ser
despachado se fossem em português, o comercio deveria fazer seus anúncios em
português e taxas cobradas pela prefeitura só poderia ser recebida se fosse
pago com moeda nacional.
Com essas medidas o
capital gaúcho e o governo federal fazer especulação imobiliária na região, com
a vinda dos gaúchos para o oeste do Paraná , com eles também vieram a mão de
obra agrícola excedente no Rio Grande do
Sul, lembrando que o Presidente em exercício era o Gaúcho Getulio Vargas. Com a
chagada dos gaúchos na região de Foz do Iguaçu , com eles também foram os
produtos industrializados no Rio Grande do Sul.
Com
o fim de política café com leite, São Paulo e Minas , surgimento do estado novo
com o Gaucho Getulio Vargas os gaúchos ganharam mais força política e mas para
que os gaúchos pudessem ganhar mais força política o governo federal deu terras
para os gaúchos na região sul do pais, Paraná , Santa Cataria e Mato Grosso (
hoje Mato Grosso do Sul) com os
territórios federal do Iguaçu e Ponta Porá ( minha terra), mas o Paraná bateu
de frente com o governo federal com o decreto 300 que não permitia a passar
concessão das terras do estado para a Federação.
Com
a marcha para Oeste Getulio consegui colonizar terras habitadas apenas por
índios e onde já havia habitantes brancos, Getulio inseriu o capital gaúchos,
agrícola, industrial e imobiliários.
Até
o inicio da construção de Itaipu na década de década de 1970 a cidade de Foz
tinha apenas duas ruas asfaltadas, com inicio da construção de Itaipu a cidade
Cresceu em termos econômicos e populacional, foram construídas 9 mil casa e um
hospital para atender os trabalhadores, com o aumento demográfico da região,
também chamo atenção dos comerciantes Árabes e Sírios que cada vez mais
chegavam na região.
O numero de Funcionários
chegou perto dos 30 mil no período das escavações para a construção de Itaipu ,
entre funcionários da Itaipu e terceirizadas ,
ou seja um mercado consumidor para a cidade de Itaipu e cidades vizinhas
do lado argentino e Paraguaio, mas ao na etapa final que era instalação das
turbinas , parte mais técnicas a Itaipu já não precisava de um grande numero de
funcionários, muitos foram embora para outras localidades do Brasil mas muito
já tinham constituído família, muitos ficaram morando em foz e foram trabalhar
como informal os ambulantes ,com o fim da construção de Itaipu aumento o numero
de trabalhadores informal e favelas etc.
Mapa 1
Oeste Paranense Fonte : www.sites-do-brasil.com/parana/oesteparanaense
No do século XIX o
Brasil promoveu o processo de demarcação dos limites fronteiriços com os outros
mundo espanhol. Nesse movimento geopolítico do Estado brasileiro e dos seus
vizinhos latino americanos podemos perceber práticas, discursos e conflitos
decorrentes da vontade de expandir os territórios nacionais a qualquer custo. A
fundação da Colônia Militar em 1889, na cidade de Foz de Iguaçu, oeste do
Estado do Paraná , assim foi adotada a política de Fortalecimento das
fronteiras chamadas de Fronteira Guarani
(grifo do autor).
Entendemos
que a região, com a fundação da Colônia Militar, já havia habitantes na região,
pessoas que mantinham uma relação de desenvolvimento comercial, social e
cultural. Esta relação vai de encontro às posições ideológicas propostas pela
fundação da Colônia e dos militares, seus representantes na região.
Em Foz do Iguaçu já havia argentinos, paraguaios e
índios guaranis ocupando a região. fundadores da Colônia Militar, que apresenta
uma das primeiras estatísticas do local: na ocasião da chegada em Foz do
Iguassú o território já era habitado. Existiam 324 habitantes, mas só 9 eram
brasileiros. Waschowincz (2010 p. 276,)
Esta estatística contraria
as perspectivas de afirmação de uma identidade regional ou nacional, pelo fato
de que a região não possuía o elemento de construção da mesma, ou seja,
brasileiros. Portanto os primeiros brasileiros fundadores da Colônia Militar se
preocuparam em formar essa identidade nacional por meio da memória, fundando
lugares de memória.
Já em 1905 a população
de Foz do Iguaçu era aproximadamente de mil habitantes, alguns colonos ganharam
terras do Governo, mas os colonos tinham como obrigação de produção a produção
agricultura de subsistência, mas os colonos não produziam , grande parte do
alimentação, vestuário , móveis etc eram vendidos pelos argentinos, que traziam
de outras localizados do pais vizinho, usando o meio de transporte a vapor.
Como cita o Wachowicz (2010 p. 276)” Em 1919, três eram as companhias de
navegação argentina que portavam em Foz do Iguaçu: Compania Mercantil y
Transportes Domingos Barthe, Nuñes Gibaja y Co e Juan B. Molla”.
Desenvolvimento social
dessas populações que aí viviam, sendo a região Oeste do Paraná um local de
difícil acesso, onde a principal via de transporte era a fluvial. Onde o
comércio forte baseado na erva mate e madeira, foi um dos motivos que os
colonos não produziam os alimentos para a sua subsistência e partirem para o
cultivo da erva mate. Vendo que a colônia não estava prosperando o Estado
entregou administração da região ao estado do Paraná.
È nesse momentos que
nasce os grandes abrageros como se fosse grandes latifúndios. Obrages: “grandes extensões de terras fornecidas
através de concessões dadas pelo governo do Estado, principalmente para a
exploração de erva-mate, eram empreendimentos de exploração de propriedades do
Oeste e Sudoeste do Paraná antes da colonização moderna do Paraná” (Wachowics,1987
p19).
Essas terras foram dadas
para que a erva mate fosse explorada no fim do século XIX essa cultura era
explorada na Argentina e no Paraguai, mas logo a exploração desta cultura
começou a ser explorada no Paraná.
Grande Parte da erva que
era comercializada na argentina era proveniente de contra bando feito do Paraná
para a argentina, dentre os contrabandistas estavam os militares também com o
discurso de melhorar a sua situação financeira.
Desta forma as margens
do rio Paraná se encheu de portos construídos com o capital argentino, mão de obra paraguaia os
mensus todos índios paraguaios, (guaranis modernos) e matéria prima brasileira,
já que os navios argentinos tinham direito de navegar as Sete Quedas pelo Rio
Paraná. A relação de trabalho entre os mensu e os obragero era um manda ou
obdece, ou seja os mensu eram tratados como servos, não podiam planta e nem
crias animais domésticos, para que cada vez mais os mensu tivessem uma
dependente dos abragero e os abrageros mais ricos custo de mão de obra é
pequena e faturamento alto.
No inicio do sec.XX a
exportação da erva-mate entrou em decadência, pois os argentinos fizeram o
plantio da cultura em Misiones. Alguns abrageros do Oeste começaram a explorar em maior quantidade a
madeira da região substituindo o produto de exploração econômica.
“As obrages chegaram a
explorar madeira até a 100 quilômetros das margens do rio Paraná, Na margem do
grande rio eram depositadas essas toras. Eram cedros, perobas,canelas,
caviúnas, sassafrás, pau marfim etc.(Wachowics, 2010 p.281).”
Todas madeiras de lei, o
transporte era feito de maneira rústica pois estamos falando do inicio do sec
XX anos 30 , o transporte era feito via barrancas uma espécie de carroça que
era feito no local mesmo, a tração deste meio de transporte era animal, era transportado
até a margem do Rio Paraná, quando já tinha um boa quantidade na margens , para
ser transportadas por jangadas, essas jangadas transportavam até 3 mil torras,
assim se deu o desmatamento do oeste paranaense.
Depois da revolta de
1924 depois de varias batalhas, o General Candido Rondon, Rondon concentrou
tropas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia e Paraná, para conseguir a
rebelião que estava tendo no Paraná, os rebeldes já haviam tomado Guairá mas
com a chegada de Rondon do lado Legalistas e Prestes do lado dos Rebeldes os legalista conseguiram vence, lógico que
teve trabalho para vence os rebeldes ainda mais com a força de Carlos Prestes
do lado dos rebeldes, lembrando que os rebeldes eram em grande parte jovens
militares mas patentes de tenentes dentre eles Carlos preste amigo de Getulio
Vargas Gaucho.
Neste com o fim da
revolta tanto os legalista como os rebeldes sentiram a necessidade de
nacionalizar a fronteira com argentina e o Paraguai, após varias reformas como
nacionalizar o idioma falado em foz, que até então era falado o espanhol, a
moeda usada era o peso argentino, por inúmeros motivos, um deles era que o
comercio era regularizado pelos argentinos, onde as mercadorias brasileiras não
consegui entrar em foz, no livro historia do Paraná há um trecho que
exemplifica o que está sendo relatado, o trecho é o seguinte.
Em 1922 um comerciante curitibano tenta dirigir-se a
Foz do Iguaçu via Uruguaiana com mercadorias brasileiras, Apesar de toda
documentação estar em ordem, não conseguiu entrar na Argentina para dirigir-se
ao oeste paranaense. Mercadorias paulistas adquiridas pelos comerciantes de Foz
do Iguaçu eram boicotadas pela companhia mete Laranjeira em Guairá e Porto
Mendes, seus vapores nunca tinham espaço para transportar mercadorias
brasileiras.(Wachowics,2010 p286)
Os Argentinos eram os
donos do comercio e dono do capital como já foi citado no memento que falamos
sobre a extração da erva-mate , que os argentinos eram dono do capital , o
Paraguai da mão de obra e o Brasil da matéria prima, agora a argentina é dona
do capital e dono dos produtos.
Com o fim da revolução
em 1930 foi nomeado como interventor no Paraná, o General Mário Tourinho,
decretou que os documentos municipais de Foz do Iguaçu só poderiam ser
despachado se fossem em português, o comercio deveria fazer seus anúncios em
português e taxas cobradas pela prefeitura só poderia ser recebida se fosse
pago com moeda nacional.
Com essas medidas o
capital gaúcho e o governo federal fazer especulação imobiliária na região, com
a vinda dos gaúchos para o oeste do Paraná , com eles também vieram a mão de
obra agrícola excedente no Rio Grande do
Sul, lembrando que o Presidente em exercício era o Gaúcho Getulio Vargas. Com a
chagada dos gaúchos na região de Foz do Iguaçu , com eles também foram os
produtos industrializados no Rio Grande do Sul.
Com
o fim de política café com leite, São Paulo e Minas , surgimento do estado novo
com o Gaucho Getulio Vargas os gaúchos ganharam mais força política e mas para
que os gaúchos pudessem ganhar mais força política o governo federal deu terras
para os gaúchos na região sul do pais, Paraná , Santa Cataria e Mato Grosso (
hoje Mato Grosso do Sul) com os
territórios federal do Iguaçu e Ponta Porá ( minha terra), mas o Paraná bateu
de frente com o governo federal com o decreto 300 que não permitia a passar
concessão das terras do estado para a Federação.
Com
a marcha para Oeste Getulio consegui colonizar terras habitadas apenas por
índios e onde já havia habitantes brancos, Getulio inseriu o capital gaúchos,
agrícola, industrial e imobiliários.
Até
o inicio da construção de Itaipu na década de década de 1970 a cidade de Foz
tinha apenas duas ruas asfaltadas, com inicio da construção de Itaipu a cidade
Cresceu em termos econômicos e populacional, foram construídas 9 mil casa e um
hospital para atender os trabalhadores, com o aumento demográfico da região,
também chamo atenção dos comerciantes Árabes e Sírios que cada vez mais
chegavam na região.
5 Itaipu: Inicio e Atual
5 Itaipu: Inicio e Atual
O numero de Funcionários
chegou perto dos 30 mil no período das escavações para a construção de Itaipu ,
entre funcionários da Itaipu e terceirizadas ,
ou seja um mercado consumidor para a cidade de Itaipu e cidades vizinhas
do lado argentino e Paraguaio, mas ao na etapa final que era instalação das
turbinas , parte mais técnicas a Itaipu já não precisava de um grande numero de
funcionários, muitos foram embora para outras localidades do Brasil mas muito
já tinham constituído família, muitos ficaram morando em foz e foram trabalhar
como informal os ambulantes ,com o fim da construção de Itaipu aumento o numero
de trabalhadores informal e favelas etc.
6 Resultados:
Ciudad Del Este é uma cidade paraguaia
que fica situada na chamada tríplice
fronteira e faz divisa com o território brasileiro e argentino, sendo separadas
pelos rios Paraná e Rio Iguaçu. Conforme as leituras previas de Fernando
Rabossi e suas publicações sobre o local, a cidade ocupa o segundo lugar na
economia paraguaia devido a sua força de atração turística
exercida pela oportunidade de
compras com preços abaixo dos fornecidos em outros territórios. O local
fica próximo de atrações como as Cataratas do Iguaçu e ainda a usina binacional
Itaipu, o que aumenta ainda o volume de turistas que visitam a tríplice
fronteira e aproveitam para visitar a Ciudad Del Este para fazerem compras.
Os preços baixos praticados no local são incentivados
a partir do governo paraguaio que
eliminou tarifas e diminuiu impostos a importação e ainda a pela criação da chamada Zona Franca da
Ciudad Del Este que permite que lojistas
adquiram mercadorias em outras zonas francas com redução de impostos e menos
burocracia e a taxação ocorre sobre o peso da mercadoria ao invés do valor do
produto, cerca de US$0,05 por quilo de mercadoria o que reflete diretamente no
preço final dos produtos tornando os muito mais competitivos do que as
importações praticadas em outros territórios.
Em 1965 quando terminam as obras da Ponte da
Amizade a cidade de Puerto Stroessner hoje chamada de Ciudad Del Este inicia
seu processo de colonização recebendo árabes, muçulmanos e chineses que eram
atraídos ao local devido as condições de incentivo a imigração oferecidas e
transformam a cidade no que é hoje, um polo de atração comercial que confere a
ela o segundo lugar na economia paraguaia e o título de terceira maior zona franca do mundo.
Parte desses imigrantes estabelecem no local
o chamado piso superior de lojas que fornecem produtos importados a excelentes
preços e de qualidade o que atrai ao local uma enorme quantidade de turistas de
diversos países e principalmente brasileiros ou ainda os chamados
"sacoleiros" que se vem atraídos pela oportunidade de adquirir
produtos a excelentes preços e revende-los no Brasil conseguindo excelentes
ganhos através dessa pratica de economia informal.
Do lado paraguaio a cidade é tomada por
diversos conflitos de origem étnica e econômica, as lojas do piso superior
competem com o chamado piso inferior que é constituído por barracas montadas
nas calçadas e ambulantes que vem também no turismo comercial uma oportunidade de ganhar a vida através da
venda de utensílios, eletrônicos, ferramentas, falsificações e muitos outros artigos adquiridos a preços irrisórios e revendido
aos turistas que frequentam o local.
Os mesmos motivos que contribuem para toda a
força comercial do local através das isenções fiscais a tributarias de impostos
agem como uma faca de dois gumes no local, resultando em uma política publica
que não consegue desenvolver uma boa
infra estrutura na cidade que apresenta alguns aspectos como segurança,
transporte, assistencialismo, saneamento básico entre outros bem debilitados.
O trabalho de campo realizado teve como um dos objetivos
avaliar a paisagem no local, foram selecionados
grupos de 3 ou 4 alunos que ficaram responsáveis por analisar
determinadas quadras e analisa-las sob os quesitos descritos abaixo. O nosso
grupo ficou responsável pela quadra 2 destacada em preto na figura 1.
Figura 1: Mapa das quadras com destaque a
quadra analisada numerada com 2.- Fonte
Google mapas 2013
Observações:
Infra-estrutura
sanitária:Presença de Lixo nas ruas,presença de lixeiras,presença
de poços, existência de rede coletora de esgotos, presença de hidrômetros nos
lotes indicando a distribuição de água tratada, sistema de drenagem urbana, poços
de visitas e sarjetas e valas de esgoto, caracterizado pelo odor desagradável.
Não foram observadas lixeiras nas ruas ao
redor da quadra o que contribui para a presença de muito lixo nas ruas e
calçadas no entorno da quadra representados pela figura 2. Não é possível
visualizar poções nem hidrômetros, se estão presentes não é possível avista-los
da rua, a ausência da rede de esgoto e das galerias pluviais pode ser notada
devido a alguns pontos na quadra apresentarem escoamento de água não tratada
que corre pelo meio fio sentido rio Paraná representado pela figura 3, próximo
a essa água existe um odor forte originário da água que se mistura ao lixo
orgânico e residual presente em todo o entorno da quadra. Embora não visível
acreditamos que existem a presença de fossas pois o odor não era originário de
vaso sanitário, o que seria muito desagradável dado a quantidade de pessoas que
o local concentra.
Figura 2: Presença de lixo na rua Ciudad Del
Este - Paraguai Autor: Everton Onofre - 2013
Figura 3: Escoamento de água não tratada
Ciudad Del Este - Paraguai Autor: Everton Onofre - 2013
Áreas
verdes: Cobertura vegetal existente.
Não foi possível observar cobertura de área
verde no entrono da quadra, na havia sequer uma árvores em todo o entorno da
quadra.
Impermeabilização
do Solo:
A maior parte do solo é totalmente
impermeabilizado com exceção de algumas áreas em obras e em alguns
estacionamentos existentes na quadra e pelo porção leste da quadra onde a rua é
constituída de paralelepípedo o que pode ser visto na figura 4.
Figura 4: Leste da quadra Entulho e
Paralelepípedo Ciudad Del Este - Paraguai Autor: Everton Onofre - 2013
Organização
espacial: largura das ruas, presença de meio-fio, loteamentos
consolidados pela Prefeitura, alinhamento predial.
As ruas são estreitas e com a acentuado
desnível, a presença de meio-fio é grande, porem em alguns pontos espaços ele
inexiste. Muito desnível entre as entre as diferentes construções o que
dificulta muito a acessibilidade do local. A área é toda ocupada sendo difícil
discernir o tipo de loteamento e sua origem, o alinhamento predial tem desnível
e é desigual, gerando uma forte poluição visual e dificultando ainda mais a
acessibilidade em alguns locais.
Infra-estrutura
viária: As ruas são estreitas, esburacadas e com a pavimentação em precário estado
conforme a figura 5 , e o que reflete na
dificuldade de suportar um trafego de
veículos que mais intenso, a má conservação das calçadas alinhada a ausência da
mesma em alguns e ainda a ocupação das poucas pelo chamado piso inferior em
alguns pontos leva os pedestres a caminhar pela rua tornando o transito no
local muito perigoso aos mesmos.
Figura 5: Pavimentação em precário estado de
conservação e pedestres na rua Ciudad Del Este - Paraguai Autor: Everton Onofre
- 2013
CONCLUSÃO
Através
dos conceitos abordados teoricamente em sala de aula e o trabalho de campo
(aula pratica), foi possível estabelecer relações entre os conceitos e o que
foi visto in lócus durante o trabalho
de campo.
Para
a compreensão das diferentes paisagens que compõe os espaços geográficos
observados durante o trabalho de campo a teoria e os conceitos vistos em sala
de aula se mostraram uma importante ferramenta para um melhor entendimento
destes espaços.
Como
dito anteriormente neste trabalho, o local onde se realizou o campo era uma
região de tríplice fronteira do território de três diferentes Estados Nacionais,
neste sentido o entendimento destes conceitos (Território, Fronteira e Uso do
Território) se faz de estrema importância para a compreensão do local em questão.
As
paisagens que compõe estes três diferentes territórios são formadas a partir do
uso que a sociedade faz destes, neste sentido a forma com que o homem se
apropria destes territórios definira a paisagem dos mesmos.
Sendo
assim durante o trabalho de campo foi possível observar diferentes formas de
uso do território, ao transpormos fronteiras territoriais foi possível observar
diferentes formas de ocupação e uso do território, assim as paisagens também se
mostravam diferentes.
Fazendo
uma comparação entre as diferentes paisagens observadas durante o trabalho de
campo, é possível dizer que a forma do uso do território se da de diferentes
formas em cada país visitado.
Um
exemplo é o Paraguai onde foi possível observar uma ausência de politicas
públicas em diferentes âmbitos, porem o mais notado é a falta de politicas
urbanas, no Paraguai foi possível ver um uso desordenado do território onde se
estabeleciam diferentes formas de uso deste território.
O
Paraguai ao nosso entender foi o país onde se misturavam diferentes formas do
uso do território foi possível ver, circuitos inferior da economia, ao lado de
grandes lojas como exemplo a Monalisa. Um uso desordenado do território foi
observado no Paraguai, ao nosso ver este foi o país com o uso do território
mais desordenado visto durante o trabalho de campo.
O
entendimento dos conceitos vistos durante as aulas foram uma importante
ferramenta para a analise em campo, pois através dos conceitos a compreensão
das paisagens se torna mais fácil e os conceitos nos ajuda a elucidar questões
vistas no campo.
A
organização espacial imposta pelo Estado sobre seu território foi observada
durante o trabalho de campo, um exemplo é o da Argentina onde foi possível
observar um maior controle do Estado sobre seu território do que, por exemplo,
no caso do Paraguai.
A
transposição das fronteiras se mostraram diferentes para o Paraguai e para a
Argentina no lado da Argentina havia um maior controle e mais organização para
a transposição da fronteira diferente do caso do Paraguai que era desordenado.
A
organização espacial da Argentina era muito diferente do Paraguai o uso do
território era bem diferente do Paraguai os tipos de lojas de ocupação eram bem
opostos do Paraguai, a Argentina possuía uma organização espacial melhor definida
que a do Paraguai.
Conclui-se
então que a partir do trabalho de campo realizado em uma pequena parcela de
território de três diferentes Estados Nacionais, foi possível observar
diferentes formas de uso do território.
Neste
sentido as formas do uso do território é especifico para cada local desta
maneira a forma com que se da a ocupação do território e as relações que se
estabelecem nele ira configurar suas paisagens.
Assim
observamos diferentes paisagens em diferentes contextos com diferentes pessoas
e culturas, cada um com suas formas de usar o território hora mais ordenados
hora não.
Podemos
concluir que os usos do território são diferentes cada um contem seus próprios
contextos, em um mesmo território existem diversas formas de uso.
Conclusão dos Autores
Universidade Estadual de Londrina
Graduando em Geografia
PRADO,Antonio Martinez: Através
do trabalho de campo foi possível observar diferentes formas de uso do
território, por estarmos em uma região de fronteira o simples fato de
transpormos uma fronteira territorial de um Estado Nacional era possível
observar diferentes contextos na forma de se usar o território.
Foi
possível perceber quantos territórios existem dentro de um só território.
ONOFRE, EVERTON,O espaço formado na tríplice fronteira é
regido por diferentes apropriações de
território com diferentes relações políticas estabelecidas pelos países
Brasil, Argentina e Paraguai que a compõe. Em suma, apresenta uma configuração desigual regida por diferentes legislações e
políticas publicas, alem da diferente configuração nos atores sociais, estatais
e imobiliários.
Mais especificamente no caso do Brasil e Paraguai temos certas diferenciações, enquanto no do lado brasileiro estão presentes algumas políticas de acarretam na coibição, fiscalização e combate ao contrabando e sonegações de impostos, no lado paraguaio temos uma lógica de diferenciação de investimento de capital tornando o espaço caótico e ao mesmo tempo característico de uma área de forte exploração comercial. Onde lojas e camelos se beneficial das diferenças de cambio e impostos dos países para atender os chamados sacoleiros, tornando o uso do espaço urbano tomado por intensa atividades comercial com objetivos que contrapõe a política brasileira de coibição e visam aumentar cada vez mais as vendas e os lucros dos atores ali presentes.
Mais especificamente no caso do Brasil e Paraguai temos certas diferenciações, enquanto no do lado brasileiro estão presentes algumas políticas de acarretam na coibição, fiscalização e combate ao contrabando e sonegações de impostos, no lado paraguaio temos uma lógica de diferenciação de investimento de capital tornando o espaço caótico e ao mesmo tempo característico de uma área de forte exploração comercial. Onde lojas e camelos se beneficial das diferenças de cambio e impostos dos países para atender os chamados sacoleiros, tornando o uso do espaço urbano tomado por intensa atividades comercial com objetivos que contrapõe a política brasileira de coibição e visam aumentar cada vez mais as vendas e os lucros dos atores ali presentes.
Em meio a isso ainda se encontra a população
que transita entre os diferentes
territórios buscando se beneficiar do que há de melhor em cada um deles de
acordo com seus interesses.
SOUZA, Oscar Daniel: o que concluo que o campo nós
colocou de frente com a dinâmica de uma cidade comercial que é a cidade de Ciudad
del Oeste, é assim relacionando o conhecimento teórico que tínhamos com a
pratica, com o apoio dos textos pré selecionado e lidos podemos entender parte
da dinâmica da região oeste do Paraná.
Conhecendo a tríplice Fronteira, com um olhar critico
podemos perceber que nas região em questão, há vários povos dentre eles os
Japoneses, Chineses, turcos, Gaúchos e os índios, este ultimo quem é o
trabalhador que está exercendo o seu trabalho como ambulante, os outros povos
são os Superiores donos da lojas mais chiques e mais bem estruturadas. Ou seja
na região há uma divisão de classes bem mais evidente que outras regiões, mas
com as leituras feitas percebi que desdo inicio o povo índiginas é explorado.
Quilometragem:07/06/13
Londrina: 180.786 museu ( saida )
Primeira Parada; 180.881 parada para tomar café, na cidade de Maringa
Segunda Parada: 181.153 almoço, na cidade de Cascavel, Restaurante em Frente a Spaipa- Coca Cola.
Terceira Parada:181.465 Parque Nacional do Iguaçu.
Hotel Lanville: 181.487,2
08/06/13
Ponte da Amizade: 181.496,1
Hotel Lanville: 181.505
09/06/13
Itaipu: 181.517
Aduana Argentina: 181.523
Londrina: Museu 182.128
PRADO,Antonio Martinez.Caderneta de Campo.
2013
SOUZA,
Oscar Daniel. Caderneta de Campo.
2013
ONOFRE, EVERTON. Caderneta de Campo.
2013
WACHOVICZ, Ruy Cristovam. História do Paraná. 2º ed. UEPG. Ponta Grossa 2010
SANTOS, M. O
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este : notas para uma re – interpretação.
SEFYFERTH,Girada.NETO,P. Helion (org).Mundo em Movimentos: Ensaios Sobre
Migrações , Santa Maria- RS 2007 Ed UFMS.
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