sábado, 29 de junho de 2013

Fronteira Guarani: Brasil, Paraguai e Argentina



RELATÓRIO DE CAMPO
Tripice Fronteira, Quadra 2
Antonio Martinez Prado
Eduardo Valero Molina
Everton Onofre
Oscar Daniel Souza
1  Introdução 

Relatório referente ao trabalho de campo realizado nos dias 7,8 e 9 do mês de junho de 2013 na fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai, onde foram visitadas as seguintes cidades, lugares e aspectos: Foz do Iguaçu/PR (Parque Nacional do Iguaçu, projetos ambientais; Aglomerado urbano; ITAIPU Binacional), Cidad Del Este (PAR; aglomerado urbano; análise de uma quadra), Hernandarias (PAR; Museu da Cultura Guarani, Zoo) e Puerto Iguazu (ARG; aglomerado urbano).
            O trabalho de campo contemplado nas disciplinas Geografia do Brasil e Recursos Naturais e Educação Ambiental, teve como objetivo o contato e análise da forma espacial fronteiriça, como políticas públicas, estruturação urbana, formas e ações ambientais, paisagem, múltiplos atores territorializados, entre outros.
            A paisagem observado durante o percurso (Londrina/Foz do Iguaçu) não sofre bruscas modificações biogeográficas, tendo a monocultura de safra (soja) e safrinha (milho, trigo) papel predominante na paisagem. Tal predominância demonstra o quão modificados foram tais domínios morfoclimáticos que compreendem a faixa geobotânica longitudinal (NE-SO) do Paraná, onde originalmente havia cerrado e vegetação de hinterlândia subtropical de Araucária.
 
2 CONTECEITUAÇÃO DO CONTEÚDO: TERRITÓRIO, USO DO TERRITÓRIO E FRONTEIRA.

A priori, deve-se considerar a dimensão territorial um objeto de estudo não apenas de cunho geográfico, tendo a leitura multidisciplinar uma importância fundamental ao entendimento da mesma, no entanto, o equívoco de se compreender o território unilateralmente por vieses não geográficos acabou e acaba por acarretar certa incoerência conceitual devido à especificidade que o tema assumiu particularmente na geografia enquanto categoria analítica ao longo dos anos. Neste sentido, entendemos que a compreensão principal e específica do tema deve partir da compreensão do território como:

Conceito derivado do espaço, o conceito maior, o território é produto da apropriação de um dado segmento do espaço por um dado grupo social, nele estabelecendo-se relações políticas de controle ou relações afetivas, identitárias, de pertencimento. O mundo moderno é recoberto por inúmeros territórios, justapostos ou parcial ou totalmente recobertos entre si, contínuos ou descontínuos, permanentes ou temporários. Esta pluralidade de territórios aponta para sua força como componente essencial para a vida social. (CORRÊA apud HAESBAERT, 2004, p. orelha) 

A partir da década de 1960, com as transformações epistemológicas pela qual passava a ciência geográfica no contexto da renovação frente à incorporação do discurso marxista, o conceito de território, anteriormente utilizado com maior frequência pela geografia política/geopolítica, obteve destaque considerável por definir em sentido mais amplo os recortes espaciais orientados pelas múltiplas escalas de poder através da perspectiva do materialismo histórico dialético. 

Afirma-se, dessa forma, a partir da segunda metade dos anos 1960, um novo modo de ver e compreender o território. Há, de modo geral, nas ciências sociais e no real, mudanças substantivas que interagem e determinam novos arranjos à ciência geográfica; são fatores e elementos (i)materiais que fazem parte da vida, condicionado e sendo influenciados pela produção do conhecimento e do pensamento. (SAQUET, 2007, p.40)

Essas transformações epistemológicas acabaram por atribuir ao conceito de território novas legendas. Além do tradicional crivo político (jurídico) orientado pelas interações espaço/poder, há um olhar renovado frente aos elementos culturais (simbólicos) e econômicos, que acabaram por conferir ao conceito uma polissemia a ser superada pelos autores a partir da clareza conceitual – teórico-metodológica – sobre com qual “território” está se trabalhando (HAESBAERT, 2004, p.40)
A noção de territorialidade evidencia a cristalização dos processos e relações sociais que ocorrem em determinadas parcelas do espaço geográfico. Atores sociais, estatais, imobiliários, entre outros responsáveis pela produção do espaço urbano, bem como movimentos sociais, o tráfico de drogas e a prostituição exercem – em diferentes escalas – condições territoriais específicas a seus interesses, todavia a supremacia dos interesses hegemônicos garante a reprodução contínua da expropriação territorial por parte do capital, configurando (especialmente no espaço urbano) um processo concomitante de desterritorizalização e (re)territorizalização por parte dos menos favorecidos. Todos os atores sociais se apropriam de uma parcela do espaço direta ou indiretamente.
As diferentes territorialidades produzidas no espaço geográfico fazem com que este seja palco de múltiplos conflitos econômicos, sociais, étnicos e políticos, resultando em diferentes espacialidades. Evidenciando diversos atores que são determinantes na construção/(re)construção do espaço, como salienta Raffestin (1993, p. 58), “Do Estado ao indivíduo, passando por todas as organizações pequenas ou grandes, encontram-se atores sintagmáticos que “produzem” o território.”
Neste sentido, o conceito de fronteira está intimamente ligado ao território, pois diz respeito aos espaços de transição que percorrem todo o perímetro territorial.  Segundo Haesbaert (2011, p.16) a imbricação de múltiplos territórios em nosso cotidiano torna-se, atualmente, comum. A condição de viver constantemente entre territórios criados e recriados pela lógica de produção do espaço traduz a fluidez dos territórios que espacialmente são concretizados de maneira fragmentada e articulada. Se vivemos cotidianamente, então, transitando por diversos territórios e territorialidades é possível pensar a respeito de um contornamento de limites fronteiriços exacerbado, onde a sensação de pertencimento sobre mais de um território torna-se comum.


 O trânsito entre diferentes territórios, ou mesmo a vivência, concomitante, de múltiplas territorialidades, e o contornamento de certos limites ou fronteiras territoriais –, nesse caso, conformando aquilo que propomos denominar de multi e/ou transterritorialidade – são processos que cada vez mais parecem compor experiências concretas na sociedade contemporânea. Chegamos a ponto, muitas vezes, de vivenciarmos uma quase completa indistinção de quem/ o que está dentro e o que está fora de um território, quais são os limites territoriais de ação de uma ou outra modalidade de poder. (HAESBAERT, 2011, p.16)


Partindo da compreensão do autor, a multiterritorialidade e a transterritorialidade são processos coesos de um mesmo fenômeno: a mobilidade e vivência concomitante entre mais de um território. A transterritorialidade difere apenas enquanto exacerbação das fronteiras nacionais, como é caso dos indígenas que vivem em áreas fronteiriças[1] e dos brasiguaios, que vivenciam a multiterritorialidade numa condição especificamente internacional.
A condição territorial específica do atual momento histórico, como apontada anteriormente, foi amplamente discutida por Haesbaert em anos de pesquisa a respeito do tema, teorizando então a multi e transterritorialidade como uma realidade objetiva – a exemplo do contornamento constante entre limites fronteiriços – e uma dimensão simbólica de pertencimento concomitante a mais de uma área dotada de relações e múltiplos territórios. “Os processos sociais e territoriais não flutuam sobre mares, montanhas e planícies. Realizam-se, pela unidade idéia-matéria-espaço-tempo, em nossa vida cotidiana e são (os processos...) a problemática de partida de um estudo do território [...]” (SAQUET, 2007, p. 48).
Partindo desta compreensão mais ampla do território, podemos refletir sobre as funcionalidades propriamente ditas desta dimensão espacial, pois é sua confluência com os processos sociais que caracteriza-o sob um caráter político-econômico, social e histórico.
 
Vivemos com uma noção de território herdada da Modernidade incompleta e do seu legado de conceitos puros, tantas vezes atravessando os séculos praticamente intocados. É o uso do território, e não o território em si mesmo, que faz dele objeto da análise social. Trata-se de uma forma impura, um híbrido, uma noção que, por isso mesmo, carece de constante revisão histórica. O que ele tem de permanente é ser nosso quadro de vida. Seu entendimento é, pois, fundamental para afastar o risco de alienação, o risco da perda do sentido da existência individual e coletiva, o risco de renúncia ao futuro. (SANTOS, 2005, p. 4)


[1] A área fronteiriça diz respeito a uma faixa de 150 km a partir do limite entre os países (SAQUET, 2007, p. 50). 


          3 Colonização do Oeste Paranaenses : Colônia Militar.

           Para que possamos entender como cedeu a  implantação da colônia militar será usado como base o Livro do Paraná, de autoria do Professor Ruy Cristovam Wachowicz (1936 -2000) , Wachowics era formado em História para Federal do Paraná,para a confecção deste livro Wachowicz fez em numeras pesquisas nos documentos historicos do estado do Paraná, grande parte da pesquisa foi feita no acervo do Museu de arqueologia de Paranaguá, a primeira versão do livro foi escrita após dois anos de pesquisa e prática do ensino de história do Paraná.
            Durante o período imperial a região do oeste paranaense que está localizado entre os rios Guarani,Iguaçu,Paraná e Piquiri. As três cidades mais importantes dessa região são Toledo, Cascavel e Foz do Iguaçu (mapa 1)ficou sem muita atenção  por parte do Império, que faz fronteira com a Cidade Ciudad Del Este , Paraguai e com a cidade que havia sido definido pelo Rio Paraná, a Cidade tanto que nem uma estrada e muito menos picadas foi aberta no periudo do imperial.

Para que possamos entender como cedeu a  implantação da colônia militar será usado como base o Livro do Paraná, de autoria do Professor Ruy Cristovam Wachowicz (1936 -2000) , Wachowics era formado em História para Federal do Paraná,para a confecção deste livro Wachowicz fez em numeras pesquisas nos documentos historicos do estado do Paraná, grande parte da pesquisa foi feita no acervo do Museu de arqueologia de Paranaguá, a primeira versão do livro foi escrita após dois anos de pesquisa e prática do ensino de história do Paraná.
            Durante o período imperial a região do oeste paranaense que está localizado entre os rios Guarani,Iguaçu,Paraná e Piquiri. As três cidades mais importantes dessa região são Toledo, Cascavel e Foz do Iguaçu (mapa 1)ficou sem muita atenção  por parte do Império, que faz fronteira com a Cidade Ciudad Del Este , Paraguai e com a cidade que havia sido definido pelo Rio Paraná, a Cidade tanto que nem uma estrada e muito menos picadas foi aberta no periudo do imperial.

Mapa 1 Oeste Paranense Fonte : www.sites-do-brasil.com/parana/oesteparanaense


              No do século XIX o Brasil promoveu o processo de demarcação dos limites fronteiriços com os outros mundo espanhol. Nesse movimento geopolítico do Estado brasileiro e dos seus vizinhos latino americanos podemos perceber práticas, discursos e conflitos decorrentes da vontade de expandir os territórios nacionais a qualquer custo. A fundação da Colônia Militar em 1889, na cidade de Foz de Iguaçu, oeste do Estado do Paraná , assim foi adotada a política de Fortalecimento das fronteiras chamadas de Fronteira Guarani (grifo do autor).
            Entendemos que a região, com a fundação da Colônia Militar, já havia habitantes na região, pessoas que mantinham uma relação de desenvolvimento comercial, social e cultural. Esta relação vai de encontro às posições ideológicas propostas pela fundação da Colônia e dos militares, seus representantes na região.

Em Foz do Iguaçu já havia argentinos, paraguaios e índios guaranis ocupando a região. fundadores da Colônia Militar, que apresenta uma das primeiras estatísticas do local: na ocasião da chegada em Foz do Iguassú o território já era habitado. Existiam 324 habitantes, mas só 9 eram brasileiros. Waschowincz (2010 p. 276,)

            Esta estatística contraria as perspectivas de afirmação de uma identidade regional ou nacional, pelo fato de que a região não possuía o elemento de construção da mesma, ou seja, brasileiros. Portanto os primeiros brasileiros fundadores da Colônia Militar se preocuparam em formar essa identidade nacional por meio da memória, fundando lugares de memória.
            Já em 1905 a população de Foz do Iguaçu era aproximadamente de mil habitantes, alguns colonos ganharam terras do Governo, mas os colonos tinham como obrigação de produção a produção agricultura de subsistência, mas os colonos não produziam , grande parte do alimentação, vestuário , móveis etc eram vendidos pelos argentinos, que traziam de outras localizados do pais vizinho, usando o meio de transporte a vapor. Como cita o Wachowicz (2010 p. 276)” Em 1919, três eram as companhias de navegação argentina que portavam em Foz do Iguaçu: Compania Mercantil y Transportes Domingos Barthe, Nuñes Gibaja y Co e Juan B. Molla”.  
            Desenvolvimento social dessas populações que aí viviam, sendo a região Oeste do Paraná um local de difícil acesso, onde a principal via de transporte era a fluvial. Onde o comércio forte baseado na erva mate e madeira, foi um dos motivos que os colonos não produziam os alimentos para a sua subsistência e partirem para o cultivo da erva mate. Vendo que a colônia não estava prosperando o Estado entregou administração da região ao estado do Paraná.
            È nesse momentos que nasce os grandes abrageros como se fosse grandes latifúndios. Obrages: “grandes extensões de terras fornecidas através de concessões dadas pelo governo do Estado, principalmente para a exploração de erva-mate, eram empreendimentos de exploração de propriedades do Oeste e Sudoeste do Paraná antes da colonização moderna do Paraná” (Wachowics,1987 p19).
            Essas terras foram dadas para que a erva mate fosse explorada no fim do século XIX essa cultura era explorada na Argentina e no Paraguai, mas logo a exploração desta cultura começou a ser explorada no Paraná.
            Grande Parte da erva que era comercializada na argentina era proveniente de contra bando feito do Paraná para a argentina, dentre os contrabandistas estavam os militares também com o discurso de melhorar a sua situação financeira.
            Desta forma as margens do rio Paraná se encheu de portos construídos com o  capital argentino, mão de obra paraguaia os mensus todos índios paraguaios, (guaranis modernos) e matéria prima brasileira, já que os navios argentinos tinham direito de navegar as Sete Quedas pelo Rio Paraná. A relação de trabalho entre os mensu e os obragero era um manda ou obdece, ou seja os mensu eram tratados como servos, não podiam planta e nem crias animais domésticos, para que cada vez mais os mensu tivessem uma dependente dos abragero e os abrageros mais ricos custo de mão de obra é pequena e faturamento alto.
            No inicio do sec.XX a exportação da erva-mate entrou em decadência, pois os argentinos fizeram o plantio da cultura em Misiones. Alguns abrageros do Oeste  começaram a explorar em maior quantidade a madeira da região substituindo o produto de exploração econômica.
            “As obrages chegaram a explorar madeira até a 100 quilômetros das margens do rio Paraná, Na margem do grande rio eram depositadas essas toras. Eram cedros, perobas,canelas, caviúnas, sassafrás, pau marfim etc.(Wachowics, 2010 p.281).”
            Todas madeiras de lei, o transporte era feito de maneira rústica pois estamos falando do inicio do sec XX anos 30 , o transporte era feito via barrancas uma espécie de carroça que era feito no local mesmo, a tração deste meio de transporte era animal, era transportado até a margem do Rio Paraná, quando já tinha um boa quantidade na margens , para ser transportadas por jangadas, essas jangadas transportavam até 3 mil torras, assim se deu o desmatamento do oeste paranaense. 

4 Incorporação das terras pelo capital, e Chegada dos Gaúchos no Oeste Paranaense

            Depois da revolta de 1924 depois de varias batalhas, o General Candido Rondon, Rondon concentrou tropas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia e Paraná, para conseguir a rebelião que estava tendo no Paraná, os rebeldes já haviam tomado Guairá mas com a chegada de Rondon do lado Legalistas e Prestes do lado dos Rebeldes  os legalista conseguiram vence, lógico que teve trabalho para vence os rebeldes ainda mais com a força de Carlos Prestes do lado dos rebeldes, lembrando que os rebeldes eram em grande parte jovens militares mas patentes de tenentes dentre eles Carlos preste amigo de Getulio Vargas Gaucho.
            Neste com o fim da revolta tanto os legalista como os rebeldes sentiram a necessidade de nacionalizar a fronteira com argentina e o Paraguai, após varias reformas como nacionalizar o idioma falado em foz, que até então era falado o espanhol, a moeda usada era o peso argentino, por inúmeros motivos, um deles era que o comercio era regularizado pelos argentinos, onde as mercadorias brasileiras não consegui entrar em foz, no livro historia do Paraná há um trecho que exemplifica o que está sendo relatado, o trecho é o seguinte.

Em 1922 um comerciante curitibano tenta dirigir-se a Foz do Iguaçu via Uruguaiana com mercadorias brasileiras, Apesar de toda documentação estar em ordem, não conseguiu entrar na Argentina para dirigir-se ao oeste paranaense. Mercadorias paulistas adquiridas pelos comerciantes de Foz do Iguaçu eram boicotadas pela companhia mete Laranjeira em Guairá e Porto Mendes, seus vapores nunca tinham espaço para transportar mercadorias brasileiras.(Wachowics,2010 p286)

            Os Argentinos eram os donos do comercio e dono do capital como já foi citado no memento que falamos sobre a extração da erva-mate , que os argentinos eram dono do capital , o Paraguai da mão de obra e o Brasil da matéria prima, agora a argentina é dona do capital e dono dos produtos.
            Com o fim da revolução em 1930 foi nomeado como interventor no Paraná, o General Mário Tourinho, decretou que os documentos municipais de Foz do Iguaçu só poderiam ser despachado se fossem em português, o comercio deveria fazer seus anúncios em português e taxas cobradas pela prefeitura só poderia ser recebida se fosse pago com moeda nacional.
            Com essas medidas o capital gaúcho e o governo federal fazer especulação imobiliária na região, com a vinda dos gaúchos para o oeste do Paraná , com eles também vieram a mão de obra agrícola excedente  no Rio Grande do Sul, lembrando que o Presidente em exercício era o Gaúcho Getulio Vargas. Com a chagada dos gaúchos na região de Foz do Iguaçu , com eles também foram os produtos industrializados no Rio Grande do Sul.
                        Com o fim de política café com leite, São Paulo e Minas , surgimento do estado novo com o Gaucho Getulio Vargas os gaúchos ganharam mais força política e mas para que os gaúchos pudessem ganhar mais força política o governo federal deu terras para os gaúchos na região sul do pais, Paraná , Santa Cataria e Mato Grosso ( hoje Mato Grosso do Sul)  com os territórios federal do Iguaçu e Ponta Porá ( minha terra), mas o Paraná bateu de frente com o governo federal com o decreto 300 que não permitia a passar concessão das terras do estado para a Federação.
                        Com a marcha para Oeste Getulio consegui colonizar terras habitadas apenas por índios e onde já havia habitantes brancos, Getulio inseriu o capital gaúchos, agrícola, industrial e imobiliários.  
                        Até o inicio da construção de Itaipu na década de década de 1970 a cidade de Foz tinha apenas duas ruas asfaltadas, com inicio da construção de Itaipu a cidade Cresceu em termos econômicos e populacional, foram construídas 9 mil casa e um hospital para atender os trabalhadores, com o aumento demográfico da região, também chamo atenção dos comerciantes Árabes e Sírios que cada vez mais chegavam na região.
            O numero de Funcionários chegou perto dos 30 mil no período das escavações para a construção de Itaipu , entre funcionários da Itaipu e terceirizadas ,  ou seja um mercado consumidor para a cidade de Itaipu e cidades vizinhas do lado argentino e Paraguaio, mas ao na etapa final que era instalação das turbinas , parte mais técnicas a Itaipu já não precisava de um grande numero de funcionários, muitos foram embora para outras localidades do Brasil mas muito já tinham constituído família, muitos ficaram morando em foz e foram trabalhar como informal os ambulantes ,com o fim da construção de Itaipu aumento o numero de trabalhadores informal e favelas etc. 
Mapa 1 Oeste Paranense Fonte : www.sites-do-brasil.com/parana/oesteparanaense


              No do século XIX o Brasil promoveu o processo de demarcação dos limites fronteiriços com os outros mundo espanhol. Nesse movimento geopolítico do Estado brasileiro e dos seus vizinhos latino americanos podemos perceber práticas, discursos e conflitos decorrentes da vontade de expandir os territórios nacionais a qualquer custo. A fundação da Colônia Militar em 1889, na cidade de Foz de Iguaçu, oeste do Estado do Paraná , assim foi adotada a política de Fortalecimento das fronteiras chamadas de Fronteira Guarani (grifo do autor).
            Entendemos que a região, com a fundação da Colônia Militar, já havia habitantes na região, pessoas que mantinham uma relação de desenvolvimento comercial, social e cultural. Esta relação vai de encontro às posições ideológicas propostas pela fundação da Colônia e dos militares, seus representantes na região.
Em Foz do Iguaçu já havia argentinos, paraguaios e índios guaranis ocupando a região. fundadores da Colônia Militar, que apresenta uma das primeiras estatísticas do local: na ocasião da chegada em Foz do Iguassú o território já era habitado. Existiam 324 habitantes, mas só 9 eram brasileiros. Waschowincz (2010 p. 276,)

            Esta estatística contraria as perspectivas de afirmação de uma identidade regional ou nacional, pelo fato de que a região não possuía o elemento de construção da mesma, ou seja, brasileiros. Portanto os primeiros brasileiros fundadores da Colônia Militar se preocuparam em formar essa identidade nacional por meio da memória, fundando lugares de memória.
            Já em 1905 a população de Foz do Iguaçu era aproximadamente de mil habitantes, alguns colonos ganharam terras do Governo, mas os colonos tinham como obrigação de produção a produção agricultura de subsistência, mas os colonos não produziam , grande parte do alimentação, vestuário , móveis etc eram vendidos pelos argentinos, que traziam de outras localizados do pais vizinho, usando o meio de transporte a vapor. Como cita o Wachowicz (2010 p. 276)” Em 1919, três eram as companhias de navegação argentina que portavam em Foz do Iguaçu: Compania Mercantil y Transportes Domingos Barthe, Nuñes Gibaja y Co e Juan B. Molla”.  
            Desenvolvimento social dessas populações que aí viviam, sendo a região Oeste do Paraná um local de difícil acesso, onde a principal via de transporte era a fluvial. Onde o comércio forte baseado na erva mate e madeira, foi um dos motivos que os colonos não produziam os alimentos para a sua subsistência e partirem para o cultivo da erva mate. Vendo que a colônia não estava prosperando o Estado entregou administração da região ao estado do Paraná.
            È nesse momentos que nasce os grandes abrageros como se fosse grandes latifúndios. Obrages: “grandes extensões de terras fornecidas através de concessões dadas pelo governo do Estado, principalmente para a exploração de erva-mate, eram empreendimentos de exploração de propriedades do Oeste e Sudoeste do Paraná antes da colonização moderna do Paraná” (Wachowics,1987 p19).
            Essas terras foram dadas para que a erva mate fosse explorada no fim do século XIX essa cultura era explorada na Argentina e no Paraguai, mas logo a exploração desta cultura começou a ser explorada no Paraná.
            Grande Parte da erva que era comercializada na argentina era proveniente de contra bando feito do Paraná para a argentina, dentre os contrabandistas estavam os militares também com o discurso de melhorar a sua situação financeira.
            Desta forma as margens do rio Paraná se encheu de portos construídos com o  capital argentino, mão de obra paraguaia os mensus todos índios paraguaios, (guaranis modernos) e matéria prima brasileira, já que os navios argentinos tinham direito de navegar as Sete Quedas pelo Rio Paraná. A relação de trabalho entre os mensu e os obragero era um manda ou obdece, ou seja os mensu eram tratados como servos, não podiam planta e nem crias animais domésticos, para que cada vez mais os mensu tivessem uma dependente dos abragero e os abrageros mais ricos custo de mão de obra é pequena e faturamento alto.
            No inicio do sec.XX a exportação da erva-mate entrou em decadência, pois os argentinos fizeram o plantio da cultura em Misiones. Alguns abrageros do Oeste  começaram a explorar em maior quantidade a madeira da região substituindo o produto de exploração econômica.
            “As obrages chegaram a explorar madeira até a 100 quilômetros das margens do rio Paraná, Na margem do grande rio eram depositadas essas toras. Eram cedros, perobas,canelas, caviúnas, sassafrás, pau marfim etc.(Wachowics, 2010 p.281).”
            Todas madeiras de lei, o transporte era feito de maneira rústica pois estamos falando do inicio do sec XX anos 30 , o transporte era feito via barrancas uma espécie de carroça que era feito no local mesmo, a tração deste meio de transporte era animal, era transportado até a margem do Rio Paraná, quando já tinha um boa quantidade na margens , para ser transportadas por jangadas, essas jangadas transportavam até 3 mil torras, assim se deu o desmatamento do oeste paranaense.
            Depois da revolta de 1924 depois de varias batalhas, o General Candido Rondon, Rondon concentrou tropas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia e Paraná, para conseguir a rebelião que estava tendo no Paraná, os rebeldes já haviam tomado Guairá mas com a chegada de Rondon do lado Legalistas e Prestes do lado dos Rebeldes  os legalista conseguiram vence, lógico que teve trabalho para vence os rebeldes ainda mais com a força de Carlos Prestes do lado dos rebeldes, lembrando que os rebeldes eram em grande parte jovens militares mas patentes de tenentes dentre eles Carlos preste amigo de Getulio Vargas Gaucho.
            Neste com o fim da revolta tanto os legalista como os rebeldes sentiram a necessidade de nacionalizar a fronteira com argentina e o Paraguai, após varias reformas como nacionalizar o idioma falado em foz, que até então era falado o espanhol, a moeda usada era o peso argentino, por inúmeros motivos, um deles era que o comercio era regularizado pelos argentinos, onde as mercadorias brasileiras não consegui entrar em foz, no livro historia do Paraná há um trecho que exemplifica o que está sendo relatado, o trecho é o seguinte.

Em 1922 um comerciante curitibano tenta dirigir-se a Foz do Iguaçu via Uruguaiana com mercadorias brasileiras, Apesar de toda documentação estar em ordem, não conseguiu entrar na Argentina para dirigir-se ao oeste paranaense. Mercadorias paulistas adquiridas pelos comerciantes de Foz do Iguaçu eram boicotadas pela companhia mete Laranjeira em Guairá e Porto Mendes, seus vapores nunca tinham espaço para transportar mercadorias brasileiras.(Wachowics,2010 p286)

            Os Argentinos eram os donos do comercio e dono do capital como já foi citado no memento que falamos sobre a extração da erva-mate , que os argentinos eram dono do capital , o Paraguai da mão de obra e o Brasil da matéria prima, agora a argentina é dona do capital e dono dos produtos.
            Com o fim da revolução em 1930 foi nomeado como interventor no Paraná, o General Mário Tourinho, decretou que os documentos municipais de Foz do Iguaçu só poderiam ser despachado se fossem em português, o comercio deveria fazer seus anúncios em português e taxas cobradas pela prefeitura só poderia ser recebida se fosse pago com moeda nacional.
            Com essas medidas o capital gaúcho e o governo federal fazer especulação imobiliária na região, com a vinda dos gaúchos para o oeste do Paraná , com eles também vieram a mão de obra agrícola excedente  no Rio Grande do Sul, lembrando que o Presidente em exercício era o Gaúcho Getulio Vargas. Com a chagada dos gaúchos na região de Foz do Iguaçu , com eles também foram os produtos industrializados no Rio Grande do Sul.
                        Com o fim de política café com leite, São Paulo e Minas , surgimento do estado novo com o Gaucho Getulio Vargas os gaúchos ganharam mais força política e mas para que os gaúchos pudessem ganhar mais força política o governo federal deu terras para os gaúchos na região sul do pais, Paraná , Santa Cataria e Mato Grosso ( hoje Mato Grosso do Sul)  com os territórios federal do Iguaçu e Ponta Porá ( minha terra), mas o Paraná bateu de frente com o governo federal com o decreto 300 que não permitia a passar concessão das terras do estado para a Federação.
                        Com a marcha para Oeste Getulio consegui colonizar terras habitadas apenas por índios e onde já havia habitantes brancos, Getulio inseriu o capital gaúchos, agrícola, industrial e imobiliários.  
                        Até o inicio da construção de Itaipu na década de década de 1970 a cidade de Foz tinha apenas duas ruas asfaltadas, com inicio da construção de Itaipu a cidade Cresceu em termos econômicos e populacional, foram construídas 9 mil casa e um hospital para atender os trabalhadores, com o aumento demográfico da região, também chamo atenção dos comerciantes Árabes e Sírios que cada vez mais chegavam na região.
    5 Itaipu: Inicio e Atual
            O numero de Funcionários chegou perto dos 30 mil no período das escavações para a construção de Itaipu , entre funcionários da Itaipu e terceirizadas ,  ou seja um mercado consumidor para a cidade de Itaipu e cidades vizinhas do lado argentino e Paraguaio, mas ao na etapa final que era instalação das turbinas , parte mais técnicas a Itaipu já não precisava de um grande numero de funcionários, muitos foram embora para outras localidades do Brasil mas muito já tinham constituído família, muitos ficaram morando em foz e foram trabalhar como informal os ambulantes ,com o fim da construção de Itaipu aumento o numero de trabalhadores informal e favelas etc.  

6 Resultados:

Ciudad Del Este é uma cidade paraguaia que  fica situada na chamada tríplice fronteira e faz divisa com o território brasileiro e argentino, sendo separadas pelos rios Paraná e Rio Iguaçu. Conforme as leituras previas de Fernando Rabossi e suas publicações sobre o local, a cidade ocupa o segundo lugar na economia paraguaia devido a sua força de atração  turística  exercida pela oportunidade de  compras com preços abaixo dos fornecidos em outros territórios. O local fica próximo de atrações como as Cataratas do Iguaçu e ainda a usina binacional Itaipu, o que aumenta ainda o volume de turistas que visitam a tríplice fronteira e aproveitam para visitar a Ciudad Del Este para fazerem compras.
Os preços baixos praticados no local são incentivados a partir do governo paraguaio  que eliminou tarifas e diminuiu impostos a importação e ainda a   pela criação da chamada Zona Franca da Ciudad Del Este  que permite que lojistas adquiram mercadorias em outras zonas francas com redução de impostos e menos burocracia e a taxação ocorre sobre o peso da mercadoria ao invés do valor do produto, cerca de US$0,05 por quilo de mercadoria o que reflete diretamente no preço final dos produtos tornando os muito mais competitivos do que as importações praticadas em outros territórios.
Em 1965 quando terminam as obras da Ponte da Amizade a cidade de Puerto Stroessner hoje chamada de Ciudad Del Este inicia seu processo de colonização recebendo árabes, muçulmanos e chineses que eram atraídos ao local devido as condições de incentivo a imigração oferecidas e transformam a cidade no que é hoje, um polo de atração comercial que confere a ela o segundo lugar na economia paraguaia e o título de  terceira maior zona franca do mundo.
Parte desses imigrantes estabelecem no local o chamado piso superior de lojas que fornecem produtos importados a excelentes preços e de qualidade o que atrai ao local uma enorme quantidade de turistas de diversos países e principalmente brasileiros ou ainda os chamados "sacoleiros" que se vem atraídos pela oportunidade de adquirir produtos a excelentes preços e revende-los no Brasil conseguindo excelentes ganhos através dessa pratica de economia informal.
Do lado paraguaio a cidade é tomada por diversos conflitos de origem étnica e econômica, as lojas do piso superior competem com o chamado piso inferior que é constituído por barracas montadas nas calçadas e ambulantes que vem também no turismo comercial  uma oportunidade de ganhar a vida através da venda de utensílios, eletrônicos, ferramentas, falsificações  e muitos outros artigos  adquiridos a preços irrisórios e revendido aos turistas que frequentam o local.
Os mesmos motivos que contribuem para toda a força comercial do local através das isenções fiscais a tributarias de impostos agem como uma faca de dois gumes no local, resultando em uma política publica que não consegue desenvolver uma boa  infra estrutura na cidade que apresenta alguns aspectos como segurança, transporte, assistencialismo, saneamento básico entre outros bem debilitados.
O trabalho de campo realizado teve como um dos objetivos avaliar a paisagem no local, foram selecionados  grupos de 3 ou 4 alunos que ficaram responsáveis por analisar determinadas quadras e analisa-las sob os quesitos descritos abaixo. O nosso grupo ficou responsável pela quadra 2 destacada em preto  na figura 1.


 

Figura 1: Mapa das quadras com destaque a quadra analisada numerada com  2.- Fonte Google mapas 2013
Observações:
Infra-estrutura sanitária:Presença de Lixo nas ruas,presença de lixeiras,presença de poços, existência de rede coletora de esgotos, presença de hidrômetros nos lotes indicando a distribuição de água tratada, sistema de drenagem urbana, poços de visitas e sarjetas e valas de esgoto, caracterizado pelo odor desagradável.
Não foram observadas lixeiras nas ruas ao redor da quadra o que contribui para a presença de muito lixo nas ruas e calçadas no entorno da quadra representados pela figura 2. Não é possível visualizar poções nem hidrômetros, se estão presentes não é possível avista-los da rua, a ausência da rede de esgoto e das galerias pluviais pode ser notada devido a alguns pontos na quadra apresentarem escoamento de água não tratada que corre pelo meio fio sentido rio Paraná representado pela figura 3, próximo a essa água existe um odor forte originário da água que se mistura ao lixo orgânico e residual presente em todo o entorno da quadra. Embora não visível acreditamos que existem a presença de fossas pois o odor não era originário de vaso sanitário, o que seria muito desagradável dado a quantidade de pessoas que o local concentra. 


Figura 2: Presença de lixo na rua Ciudad Del Este - Paraguai Autor: Everton Onofre - 2013


Figura 3: Escoamento de água não tratada Ciudad Del Este - Paraguai Autor: Everton Onofre - 2013

Áreas verdes: Cobertura vegetal existente.
Não foi possível observar cobertura de área verde no entrono da quadra, na havia sequer uma árvores em todo o entorno da quadra.
Impermeabilização do Solo:
A maior parte do solo é totalmente impermeabilizado com exceção de algumas áreas em obras e em alguns estacionamentos existentes na quadra e pelo porção leste da quadra onde a rua é constituída de paralelepípedo o que pode ser visto na figura 4.

Figura 4: Leste da quadra Entulho e Paralelepípedo Ciudad Del Este - Paraguai Autor: Everton Onofre - 2013

Organização espacial: largura das ruas, presença de meio-fio, loteamentos consolidados pela Prefeitura, alinhamento predial.
As ruas são estreitas e com a acentuado desnível, a presença de meio-fio é grande, porem em alguns pontos espaços ele inexiste. Muito desnível entre as entre as diferentes construções o que dificulta muito a acessibilidade do local. A área é toda ocupada sendo difícil discernir o tipo de loteamento e sua origem, o alinhamento predial tem desnível e é desigual, gerando uma forte poluição visual e dificultando ainda mais a acessibilidade em alguns locais. 
Infra-estrutura viária: As ruas são estreitas, esburacadas e  com a pavimentação em precário estado conforme a figura 5 ,  e o que reflete na dificuldade de suportar um  trafego de veículos que mais intenso, a má conservação das calçadas alinhada a ausência da mesma em alguns e ainda a ocupação das poucas pelo chamado piso inferior em alguns pontos leva os pedestres a caminhar pela rua tornando o transito no local muito perigoso aos mesmos.

Figura 5: Pavimentação em precário estado de conservação e pedestres na rua Ciudad Del Este - Paraguai Autor: Everton Onofre - 2013



CONCLUSÃO

Através dos conceitos abordados teoricamente em sala de aula e o trabalho de campo (aula pratica), foi possível estabelecer relações entre os conceitos e o que foi visto in lócus durante o trabalho de campo.
Para a compreensão das diferentes paisagens que compõe os espaços geográficos observados durante o trabalho de campo a teoria e os conceitos vistos em sala de aula se mostraram uma importante ferramenta para um melhor entendimento destes espaços.
Como dito anteriormente neste trabalho, o local onde se realizou o campo era uma região de tríplice fronteira do território de três diferentes Estados Nacionais, neste sentido o entendimento destes conceitos (Território, Fronteira e Uso do Território) se faz de estrema importância para a compreensão do local em questão.
As paisagens que compõe estes três diferentes territórios são formadas a partir do uso que a sociedade faz destes, neste sentido a forma com que o homem se apropria destes territórios definira a paisagem dos mesmos.
Sendo assim durante o trabalho de campo foi possível observar diferentes formas de uso do território, ao transpormos fronteiras territoriais foi possível observar diferentes formas de ocupação e uso do território, assim as paisagens também se mostravam diferentes.
Fazendo uma comparação entre as diferentes paisagens observadas durante o trabalho de campo, é possível dizer que a forma do uso do território se da de diferentes formas em cada país visitado.
Um exemplo é o Paraguai onde foi possível observar uma ausência de politicas públicas em diferentes âmbitos, porem o mais notado é a falta de politicas urbanas, no Paraguai foi possível ver um uso desordenado do território onde se estabeleciam diferentes formas de uso deste território.
O Paraguai ao nosso entender foi o país onde se misturavam diferentes formas do uso do território foi possível ver, circuitos inferior da economia, ao lado de grandes lojas como exemplo a Monalisa. Um uso desordenado do território foi observado no Paraguai, ao nosso ver este foi o país com o uso do território mais desordenado visto durante o trabalho de campo.
O entendimento dos conceitos vistos durante as aulas foram uma importante ferramenta para a analise em campo, pois através dos conceitos a compreensão das paisagens se torna mais fácil e os conceitos nos ajuda a elucidar questões vistas no campo.
A organização espacial imposta pelo Estado sobre seu território foi observada durante o trabalho de campo, um exemplo é o da Argentina onde foi possível observar um maior controle do Estado sobre seu território do que, por exemplo, no caso do Paraguai.
A transposição das fronteiras se mostraram diferentes para o Paraguai e para a Argentina no lado da Argentina havia um maior controle e mais organização para a transposição da fronteira diferente do caso do Paraguai que era desordenado.
A organização espacial da Argentina era muito diferente do Paraguai o uso do território era bem diferente do Paraguai os tipos de lojas de ocupação eram bem opostos do Paraguai, a Argentina possuía uma organização espacial melhor definida que a do Paraguai.
Conclui-se então que a partir do trabalho de campo realizado em uma pequena parcela de território de três diferentes Estados Nacionais, foi possível observar diferentes formas de uso do território.
Neste sentido as formas do uso do território é especifico para cada local desta maneira a forma com que se da a ocupação do território e as relações que se estabelecem nele ira configurar suas paisagens.
Assim observamos diferentes paisagens em diferentes contextos com diferentes pessoas e culturas, cada um com suas formas de usar o território hora mais ordenados hora não.
Podemos concluir que os usos do território são diferentes cada um contem seus próprios contextos, em um mesmo território existem diversas formas de uso.





Conclusão dos Autores 

Universidade Estadual de Londrina

Graduando em Geografia

               PRADO,Antonio Martinez: Através do trabalho de campo foi possível observar diferentes formas de uso do território, por estarmos em uma região de fronteira o simples fato de transpormos uma fronteira territorial de um Estado Nacional era possível observar diferentes contextos na forma de se usar o território.
                 Foi possível perceber quantos territórios existem dentro de um só território.

ONOFRE, EVERTON,O espaço formado na tríplice fronteira é regido por diferentes apropriações de  território com diferentes relações políticas estabelecidas pelos países Brasil, Argentina e Paraguai que a compõe. Em suma,  apresenta uma configuração  desigual regida por diferentes legislações e políticas publicas, alem da diferente configuração nos atores sociais, estatais e imobiliários.  
Mais especificamente no caso do Brasil e Paraguai temos certas diferenciações, enquanto no do lado brasileiro estão presentes algumas políticas de acarretam na coibição, fiscalização e combate ao contrabando e sonegações de impostos, no lado paraguaio  temos uma lógica de diferenciação de investimento de capital tornando o espaço caótico e ao mesmo tempo característico de uma área de forte exploração comercial. Onde lojas e camelos se beneficial das diferenças de cambio e impostos dos países para atender os chamados sacoleiros, tornando o uso do espaço urbano tomado por intensa atividades comercial com objetivos que contrapõe a política brasileira de coibição e visam aumentar cada vez mais as vendas e os lucros dos atores ali presentes.
Em meio a isso ainda se encontra a população que transita entre os  diferentes territórios buscando se beneficiar do que há de melhor em cada um deles de acordo com seus interesses. 

                           SOUZA, Oscar Daniel: o que concluo que o campo nós colocou de frente com a dinâmica de uma cidade comercial que é a cidade de Ciudad del Oeste, é assim relacionando o conhecimento teórico que tínhamos com a pratica, com o apoio dos textos pré selecionado e lidos podemos entender parte da dinâmica da região oeste do Paraná.
                          Conhecendo a tríplice Fronteira, com um olhar critico podemos perceber que nas região em questão, há vários povos dentre eles os Japoneses, Chineses, turcos, Gaúchos e os índios, este ultimo quem é o trabalhador que está exercendo o seu trabalho como ambulante, os outros povos são os Superiores donos da lojas mais chiques e mais bem estruturadas. Ou seja na região há uma divisão de classes bem mais evidente que outras regiões, mas com as leituras feitas percebi que desdo inicio o povo índiginas é explorado.

Quilometragem:07/06/13
Londrina: 180.786 museu ( saida )
Primeira Parada; 180.881 parada para tomar café, na cidade de Maringa
Segunda Parada: 181.153 almoço, na cidade de Cascavel, Restaurante em Frente a Spaipa- Coca Cola. 

Terceira Parada:181.465 Parque Nacional do Iguaçu. 
Hotel Lanville: 181.487,2
 08/06/13
Ponte da Amizade: 181.496,1
Hotel Lanville: 181.505
09/06/13
Itaipu: 181.517
Aduana Argentina: 181.523
Londrina: Museu 182.128 

 

Referências :

 PRADO,Antonio Martinez.Caderneta de Campo. 2013
SOUZA, Oscar Daniel. Caderneta de Campo. 2013
ONOFRE, EVERTON. Caderneta de Campo. 2013

WACHOVICZ, Ruy Cristovam. História do Paraná. 2º ed. UEPG. Ponta Grossa 2010
 
SANTOS, M. O uso do território. In: Revista debates, ANO VI, nº16, março-abril, 2005.

CORRÊA, R. L. O espaço urbano. São Paulo: Ática, l989.
HAESBAERT, Rogério. O mito da desterritorialização: do “fim dos territórios” à multiterritorialidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2004.
RAFFESTIN, Claude. Por uma geografia do poder. São Paulo: Ática, 1993.
SAQUET, M. A. Estudos territoriais: os conceitos de território e territorialidade como orientações para uma pesquisa científica. In: FRAGA, N. C. (Org.) Territórios e fronteiras: (re)arranjos e perspectivas. Florianópolis: Ed Insular, 2011, p. 33-50.

ROBOSSI , Fernando. Dimensões da Espacialização das trocas E Proposito de Mesiteros e Sacoleiros em Ciundad Del Este .  Revista do Centro de Educação e Letras Vol 6 p. 151-176  Foz Do Iguaçu- PR  Unioeste 2004. 

ROBOSSI , Fernando. Árabes e Muçulmanos em Foz do Iguaçu e Ciudad Del este : notas para uma re – interpretação.
SEFYFERTH,Girada.NETO,P. Helion (org).Mundo em Movimentos: Ensaios Sobre Migrações , Santa Maria- RS 2007 Ed UFMS. 
 

 

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