sexta-feira, 28 de junho de 2013

BRASIL, PARAGUAI E ARGENTINA: FRONTEIRAS DE UM POVO.



BRASIL, PARAGUAI E ARGENTINA: FRONTEIRAS DE UM POVO.


Trabalho de campo – análise quadra 10.
 
 Andre Henrique Campos
Bruna Fidelis de Souza
Edcesar da Silva Antunes Sobral
Eduardo Vinicius Santana dos Santos
1  INTRODUÇÃO

O presente trabalho trata acerca da viagem de campo realizado a Foz do Iguaçu – Brasil, Ciudad Del Este – Paraguai e Porto Iguazu – Argentina nos dias 07, 08 e 09 de junho de 2013, pelas disciplinas de Geografia do Brasil e Recursos Naturais ministrada pela professora doutora Márcia Siqueira de Carvalho e Recursos Naturais e Educação Ambiental ministrado pelo professor doutor Carlos Alberto Hirata, do curso de Geografia da Universidade Estadual de Londrina (UEL).
Em 07 de junho de 2013, às seis horas os discentes do 4º ano de Geografia dos períodos matutino e noturno juntamente com os docentes responsáveis, iniciaram a viagem partindo da Avenida Leste-Oeste (Dom Geraldo Fernandes) ao lado do Museu Histórico Padre Carlos Weiss em Londrina. A partir disto percorreram aproximadamente 600 quilômetros até Foz do Iguaçu, realizando diversas paradas ao decorrer do percurso.
O objetivo desta viagem esteve pautado na abordagem das relações das atividades desenvolvidas em áreas de fronteira internacional com o Brasil em estudo de caso com a Argentina e o Paraguai, bem como a análise do aglomerado urbano da tríplice fronteira nos aspectos econômicos, sociais, segurança, culturais e turísticos. Também o reconhecimento das atividades de educação ambiental desenvolvidas no Parque Nacional do Iguaçu e reconhecimento das atividades de geração de energia elétrica de Itaipu.

2  USO DO TERRITÓRIO E FRONTEIRA

O território é um dos fatores necessários para a criação de um Estado Nação, sendo esse o espaço de ação de um modo de governo que cria e legisla leis para controle do mesmo, seja em relação à sociedade como em relação a economia do Estado. Para delimitação de um território existem as fronteiras que servem para demarcar o poder político e econômico de um determinado Estado, porém a fronteira é também uma barreira da distinção social como afirma Martins (apud SOUZA; GEMELI, 2011) que define fronteira como:

[...] essencialmente o lugar da alteridade. É isso que faz dela um lugar singular. À primeira vista é o lugar de encontro dos que, por diferentes razões, são diferentes entre si, como o índio de um lado e os civilizados do outro; como os grandes proprietários de terra, de um lado e os camponeses pobres, de outro. Mas o conflito faz com que a fronteira seja essencialmente, a um só tempo, um lugar de descoberta do outro e de desencontro.

Milton Santos (2002, p. 19) apresenta primeiro uma visão geral do conceito afirmando que “por território entende-se geralmente a extensão apropriada e usada” e depois uma visão atual do conceito, sendo esse “um nome político para o espaço de um país. Em outras palavras, a existência de um país supõe um território”.
O primeiro conceito está atrelado à questão da territorialidade que Santos (2002, p. 19) trata como um “sinônimo de pertencer àquilo que nos pertence”, ou seja, não só o território pertencer a si como você fazer parte e ser ativo na transformação do mesmo, sendo que esse sentimento não pertence apenas aos humanos, mas também aos animais, porém com um sentido diferente. Aos animais seria sua área de vivência e reprodução, já para os homens além das relações iguais aos outros animais esse conceito abrange também “a preocupação com o destino, a construção do futuro, o que entre os seres vivos, é privilégio do homem”.
O território como um nome político ao espaço de um país, se resume ao fato de que não há a possibilidade de criação de um Estado, mesmo podendo existir nações sem território, sendo assim pode-se falar de territorialidade sem Estado, já que determinada nação pode usufruir de determinado espaço para sua vivência e se preocupar com seus destinos e futuros, mas não é possível referir-se a um Estado sem território. (SANTOS, 2002)
Para Santos (2002, p. 20) o que interessa discutir é o território usado, sendo um sinônimo de espaço geográfico e que “aponta para a necessidade de um esforço a analisar sistematicamente a constituição do território”, ou seja, faz-se necessário estudar qual o uso dado ao território e quais são os agentes participantes dessa atividade.
Os sistemas técnicos se apresentam como base para análises do uso do território, pois a partir das mesmas é que ocorre a ocupação e transformação do mesmo, sendo inclusos nesses sistemas de um lado a materialidade, instrumentos para a realização de atividades, e de outro seu modo de organização e regulação, como devem proceder essas atividades, autorizando a cada momento histórico uma forma e uma distribuição do trabalho (SANTOS, 2002).
Outro ponto importante ao se analisar o uso do território é a divisão territorial do trabalho que segundo Santos (2002, p. 20) “... envolve de um lado, a repartição do trabalho vivo nos lugares e de outro, uma distribuição do trabalho morto dos recursos naturais”, afirma também que:

A divisão territorial do trabalho cria uma hierarquia entre lugares e redefine a cada momento a capacidade de agir das pessoas, das firmas e das instituições. Nos dias atuais, um novo conjunto de técnicas torna-se hegemônico e constitui a base material da vida da sociedade. É a ciência que, dominada por uma técnica marcadamente informacional, aparece como um complexo de variáveis que comanda o desenvolvimento do período atual. (2002, p. 21)

Os avanços científicos, principalmente na questão informacional como salienta Santos, produzem grande efeito na questão do uso do território, além de possibilitar o avanço na produção de novas técnicas de uso do espaço de produção, facilita a troca de informações, o que acaba descentralizando diversas etapas do sistema produtivo, e para afirmar isso o autor escreve que

Nesse arcabouço levamos em conta tanto as técnicas que se tornaram território, com sua incorporação ao solo (rodovias, ferrovias, hidrelétricas, telecomunicações, emissoras de radio e TV etc.), como os objetos técnicos ligados à produção (veículos, implementos) e os insumos técnico-científicos (sementes, adubos, propaganda, consultoria) destinados a aumentar a eficácia, a divisão e a especialização do trabalho nos lugares. (SANTOS 2002, P. 22)

Para finalizar, Santos (2002) também afirma que, além da implantação da infraestrutura, o dinamismo da economia e da sociedade são fatores importantes ao analisar o uso dado ao território, já que são os movimentos da população, a distribuição de atividades produtivas, as leis de controle civil e produtivo, junto a cidadania, que configuram um novo espaço geográfico, tal como ocorre na atualidade com o aumento da urbanização, que resulta em uma maior divisão do trabalho e uma imobilização relativa, sendo resultado de uma maior fluidez do território, resultado de avanços técnicos.

3  COLONIZAÇÃO DO OESTE DO PARANÁ – DA FORMAÇÃO À CONSOLIDAÇÃO

A região visitada no trabalho de campo, o Oeste Paranaense, tem a sua história intimamente ligada a ocupação de fronteiras para assegurar o controle do território nacional. Até meados do século XIX, a região era desabitada, não havia ligações terrestres com os grandes centros. O que havia era navegação fluvial ligando a então província do Mato Grosso ao restando do Brasil.
A partir de 1881, os argentinos começaram a explorar erva mate na província de Missiones, onde se localiza a cidade de Puerto Iguazú, que saia da região por meio de contrabando, já que não havia nenhum tipo de estrutura que pudesse fiscalizar a região. Como a região da tríplice fronteira era de suma importância estratégica, a monarquia decidiu por instalar na região uma colônia militar. Durante a abertura da clareira no meio da mata subtropical, de onde sairia à expedição a caminho da futura colônia, encontraram índios guaranis explorando erva mate brasileira a mando de argentinos.
Em 1889 encontraram o local aonde foi instalada a colônia militar, cuja boa parte da população era composta por paraguaios, sendo que em 1905, a população da Colônia de Foz do Iguaçu era de 1000 pessoas. No início, os moradores tinham por principal obrigação produzir agricultura para subsistência, mas com o tempo passaram a explorar madeira e erva mate nas terras do governo, abandonando os seus lotes. Como a colônia não prosperou a sua administração foi passada para o governo do Paraná. Todo o tipo de mercadoria que era consumida na região era proveniente da Argentina, inclusive todo o contato que a população tinha com o mundo exterior ocorria com as chegadas de embarcações a vapor vindas do país vizinho.
A obrage, um tipo de latifúndio muito utilizado no Paraguai e Argentina também teve presença no Oeste do Paraná, devido a falta de fiscalização por parte do governo brasileiro. Esses latifundiários exploravam a madeira e a erva mate da região e se aproveitavam do fato de que podiam navegar por um trecho do Rio Paraná, devido um acordo entre governo argentino e brasileiro. Nas barrancas do Paraná, os obrageros argentinos atracavam com seus vapores e lá criavam portos, que funcionavam como ponto de escoamento da produção de mate e extração de madeira, alguns portos eram duradouros, outros efêmeros.  Em poucos anos, a porção paranaense banhada pelo Rio Paraná foi tomada por obrages, de matéria-prima brasileira, capital argentino e mão de obra paraguaia composta pelos guaranis modernos, ou mensus.
Os mensus que trabalhavam na região iam procurar emprego em escritórios e lá faziam um acordo denominado conchavo, o conchavo era feito a partir de um adiantamento de três meses de salário, que eram gastos em banalidades por esses mensus enquanto estes esperavam para ir para as obrages. Mesmo assim os mensus eram mantidos de forma servil aos obrageros, sem direito a reclamar e chegando ao nível de entregar as suas mulheres a seus patrões. Essa situação era escondida dos brasileiros. A população das obrages já passava de 10 mil pessoas, estrangeiros em sua maioria.
A erva mate junto com a madeira exerceu grande papel econômico para a região oeste paranaense. Dentro das obrages eram organizados ranchos, com casas para os mensus e toda uma estrutura para a exploração e beneficiamento da erva mate, além de estradas de penetração mata densa adentro. É importante lembrar que boa parte da produção descia o rio Paraná para ser comercializado na Argentina e outra parte subia contrabandeada para o Mato Grosso, e lá apresentado como produto paraguaio para que assim, pagasse poucos tributos. A madeira começou a ser explorada com mais afinco a partir de 1930, quando o mate produzido na região paranaense já não era tão rentável. A extração ocorria cerca de 100 km distantes da margem do rio, e para lá era transportada via tração animal e depois depositada as margens do Paraná, e de lá para Pozadas e Encarnación, aonde eram cortadas e preparadas para a venda.
Com a Revolução de 1924, a situação da região oeste se tornou pública para todo o país, revelando pouca população, e os poucos que ocupavam eram argentinos e paraguaios, tanto que de Catanduvas em direção a Foz do Iguaçu, só se ouvia espanhol e a moeda corrente era o peso argentino. Mercadorias brasileiras não conseguiam penetrar na região, pois para o governo argentino era interessante essa dependência da região em relação ao país vizinho.  Com a Revolução de 1930, foi colocado no governo do Paraná o interventor Mario Tourinho, que obrigou que todo e qualquer documento em Foz do Iguaçu fosse redigido em português e toda transação econômica em moeda nacional.
Essas medidas eram poucas em relação ao que queria o então presidente Getúlio Vargas, que pretendia criar junto à fronteira um território nacional. A orientação do presidente era incorporar terras do oeste catarinense e sudoeste e oeste paranaense e criar uma nova unidade da federação. Com o interesse imobiliário vindo de gaúchos e o próprio excedente de mão de obra do Rio Grande do Sul, fez com que Vargas, ele mesmo sul rio-grandense de São Borja, querer transformar o Território do Iguaçu em uma extensão cultural gaúcha. 
A Revolução de 1930 visava diminuir a influência de mineiros e paulistas na vida política nacional, a chamada República Café com Leite, que desagradava outras oligarquias políticas nacionais, principalmente a gaúcha. Com a subida ao poder, Vargas destitui Tourinho e coloca como interventor do Paraná Manoel Ribas. Em 1943 é criado vários territórios nacionais, entre eles o de Iguaçu, sendo extinto com o fim do Estado Novo, em 1945. Mesmo com a extinção da nova unidade federativa, as gaúchos continuaram a chegar em massa ao Oeste Paranaense por meio de companhias de terras gaúchas. A truculência do regime do Estado Novo em relação ao estrangeiro, fez com que a influência argentina e paraguaia na região diminuíssem.
A partir da década de 1950, o governo estadual começa a efetuar ações mais disciplinares, enquanto o governo federal tinha outras preocupações com região. A criação de uma rede viária se tornava importante para a consolidação brasileira no fortalecimento da geopolítica da Bacia do Prata. A ponte da Amizade junto com a criação da BR 277, que liga Assunção ao Porto de Paranaguá, faz com que a região se torne um importante personagem na integração nacional. Isso transformou o Paraguai em uma espécie de “satélite” do Brasil, principalmente durante o Regime Militar.
Até os anos 1960, o crescimento populacional de Foz do Iguaçu era insignificante, até que as ações em relação a integração nacional começaram a surtir efeito na região. Após o Tratado de Itaipu, que foi outro episódio de extrema importância para a cidade, pois traria uma série de obras e de infraestrutura para dar sustentação para uma grandiosa usina hidrelétrica que visava dar embasamento a expansiva indústria brasileira. Com início de suas obras em 1974, a cidade passa por uma explosão demográfica, que vai desde meados da década de 1970 até a década de 1990. Como foram para a cidade inúmeros trabalhadores oriundos de todo o país, a mesma passou por uma transformação em sua estrutura, ou seja, o seu crescimento seria calcado de acordo com a aceleração de sua expansão populacional, e também pelo fato de boa parte das condições de vida dos migrantes e sua óbvia fixação na cidade. Com a construção da usina e formação da Represa de Itaipu, a cidade ficou limitada a crescer para Oeste, em direção as cidades da fronteira. Com fim das obras, e como a cidade se transformou em pólo de vendas de produtos nacionais e importados, a mão de obra que se viu desempregada foi absorvida pelo mercado de compras em Ciudad Del Este. A cidade, junto com os outros municípios atingidos pela inundação da represa, recebe Royalties da Itaipu Binacional cujo valor pago em determinado período será igual ao investido na construção da hidrelétrica.
Em relação ao aglomerado urbano presente na Tríplice Fronteira, a atual dinâmica das cidades da fronteira, Foz do Iguaçu, Puerto Iguazú e Ciudad Del Leste é diferente dentro da dinâmica territorial de cada país. Ciudad Del Leste é uma cidade de extrema importância para o Paraguai, com comércio forte, universidades e um aeroporto internacional e importante estrutura urbana, mesmo que precária. Puerto Iguazú é pequena e com pequena autonomia, Foz do Iguaçu se encontra como a 5ª maior cidade paranaense, calcada no turismo e comércio.
A região hoje se apresenta bem diversificada, com uma expressiva presença de indústrias em Toledo e Cascavel e uma diversificada rede de hotéis e serviços em Foz do Iguaçu, bem como a agricultura moderna e mecanizada. Além disso, o Oeste Paranaense é uma região de extrema importância na geopolítica nacional, haja vista sua importante fronteira e sua posição estratégica em relação à Bacia Platina, sempre em voga nos principais assuntos e ações governamentais em relação à essas áreas.

4  REFLEXÕES METODOLÓGICAS A RESPEITO DA TRÍPLICE FRONTEIRA

Constantemente os termos território e espaço são confundidos no cotidiano, para isso diferenciam-se um do outro de acordo com suas precedências. O território é representado como parte do espaço de um país que ao longo da história da humanidade passou por diversas etapas, adquirindo técnicas, organizações e sendo até mesmo dividido de acordo com a distribuição do trabalho. Destaca-se o termo território como relacionado intimamente a poder, uma vez que nas ciências naturais aparece como uma área de influência de uma espécie sobre outra e nas ciências sociais caminhando junto a uma nação, sendo esse poder público ou estatal.
Ao abordar as relações das atividades desenvolvidas em áreas de fronteira internacional atribui-se cada território suas particularidades. Fundada em 1957, a Ciudad del Este em termos demográficos e econômicos é a segunda cidade em importância do Paraguai, estando localizada no extremo oeste e estando separada pelo rio Paraná da cidade de Foz do Iguaçu, Brasil.
Atraia desde o início um pequeno grupo de comerciantes ambulantes que procuravam vender produtos paraguaios aos turistas e esses por sua vez aproveitavam a diferença de preços causados pelos impostos, já que a Ciudad Del Este é a terceira maior zona franca de comércio do mundo, ou seja, uma região onde entram mercadorias nacionais ou estrangeiras sem se sujeitar às tarifas alfandegárias normais e tem como objetivo estimular as trocas comerciais e acelerar o desenvolvimento de uma determinada região. A intensificação desse processo ocorre em 1965, devido à construção da ponte da amizade, facilitando a travessia para o país e aumentando em grandes proporções o número de turistas.
A zona de confluência dos limites entre Brasil, Paraguai e Argentina parece ter-se transformado em um dos espaços que condensa todos os problemas de segurança contemporâneos. A Tríplice Fronteira se transformou em um dos locais portadores dos principais males da contemporaneidade: contrabando, lavagem de dinheiro, narcotráfico entre outros crimes. Mas notícias sobre terrorismo muçulmano na região ajudaram por dar fama negativa ao local, que de acordo com Rabossi (2007) com o aumento do terrorismo, principalmente daquele muito alardeado pela mídia, a Tríplice Fronteira se transformou em um dos locais com ligações com os conflitos árabes – muçulmanos.
A região foi realmente ocupada a partir do século XIX, quando começou a ser explorado erva mate e madeira da mata subtropical da região, porém, já havia índios no local. Em 1889, para garantir presença do estado, se constrói a Colônia Militar de Foz do Iguaçu, e do lado argentino, Puerto Aguirre, um pequeno povoado que viria a se transformar em Puerto Iguazú. Havia um povoado cerca de 20 km ao norte do que hoje é Ciudad de Leste, denominada Tucurú Pacu, hoje Hernandarias.
As relações entre Foz e Puerto Iguazú eram de comércio e circulação entre as cidades, até que em 1960 começou a concretização da região como corredor de ligação entre a região central do Paraguai com os portos brasileiros. Com isso veio a construção de Puerto Presidente Stroessner em 1957, na década de 1960 a construção da Ponte da Amizade, e na década de 1970 a construção da Usina de Itaipu, o que acabou por aumentar a população de Foz e Puerto Stroessner. Com esse cenário, vários comerciantes se viram atraídos pelo movimento da região, boa parte deles libaneses vindos do interior do Paraná e São Paulo, e se instalaram nos bairros de Jardim Jupira e Vila Portes, próximos a Ponte da Amizade.
Esses vários imigrantes que para lá foram e em todos os casos, eram de acordo com Rabossi (2007) comerciantes ou mascates que foram atraídos pelo fato de pessoas da sua família ou conhecidos estarem na região e também pela promessa de um forte comércio na fronteira. Foram para esse ramo, pois seus parentes ou amigos já estavam no país há tempos como comerciantes e dessa forma se viram inseridos neste tipo de trabalho. Também para aqueles que chegaram sem recursos, o comércio se mostrou como uma forma rápida de conseguir dinheiro para aqui se estabelecer.
Com a construção da Ponte da Amizade e estabelecimento de Puerto Stroessner e comercio de produtos de outros países, os comerciantes árabes começam a se estabelecer também no lado paraguaio da fronteira. Com a Guerra Civil no Líbano, aumentou ainda mais a presença árabe na região, que já estava bem estabelecida nos anos 1970. Foz e Puerto Stroesser, uma pólo de exportação de produtos brasileiros, a outra empórios de produtos importados de todo o mundo, agora davam oportunidades de emprego e de uma vida tranqüila a essas pessoas.
Como os árabes acabaram por dominar o comércio da região, a sua importância política também é grande, com alguns membros da comunidade fazendo parte de instituições e conselhos locais, outros são deputados e vereadores. Há um periódico da cidade, o Nosso Tempo que trata de notícias da comunidade árabe, além do Centro Cultural Beneficente de Foz do Iguaçu que oferta aulas de árabe aos filhos dos imigrantes e a Escola Árabe Brasileira, todos no mesmo ambiente. A mesquita, fruto de um esforço coletivo, teve sua pedra fundamental inaugurada em 1982, com a presença de embaixadores de diversos países islâmicos. A Ciudad Del Leste também conta com associações e agremiações, porém nessas instituições, nem a Câmara de Comércio Paraguaia Árabe tem o mesmo grau de importâncias que as suas semelhantes brasileiras.
Após o 11 de setembro, o número de residentes árabes na região decaiu consideravelmente, mas a problemática do terrorismo não foi a única responsável pela dispersão desta população, mas também a diminuição do comércio na região.
Quanto ao número de mesiteiros ou vendedores ambulantes, que recebem essa denominação devido ao fato de que no início desse processo os ambulantes trabalhavam deixando a mostra seus produtos em mesas ou mesitas na calçada da cidade para depois começarem a ocupar quiosques de metal também instalados na calçada, atribui-se forte atuação, mas deve ser lembrado que isso nem sempre ocorreu facilmente, pois durante muitos anos o governo os repreendia, até que por fim, sem obter grandes resultados, resolveu regularizar o comércio de rua determinando a criação de associações e o número de membros permitidos em cada uma.
Com a criação de galerias e shoppings, observa-se nos dias atuais que a dinâmica do comércio na cidade se alterou, mas ainda é possível notar um grande número de vendedores nas ruas. Também os sacoleiros compõem a maior parte dos turistas que chegam à cidade atualmente, são compradores que vão ao Paraguai em busca de comprar e revender determinado produto em outro local visando a obtenção de lucro. Essa prática se inicia nos anos de 1980 e continua até hoje com os sacoleiros que trabalham com inúmeros tipos de produtos. 
Por fim, há a relação entre o território e a economia devido a região em destaque possuir um fluxo intenso de mercadorias entre países vizinhos. Ressalta-se que o espaço é então uma variável dos negócios já que está ligado a leis que regem as relações comerciais. E ainda que produtos legais sejam comprados também os ilegais transitam na fronteira sendo um empecilho.
Outro fator que ganha destaque é o tráfico de crianças e adolescentes na tríplice fronteira, estando ligado principalmente à exploração sexual e comercial desses, e constitui uma forma de coerção e violência, que pode implicar no trabalho forçado e nas formas contemporâneas de escravidão, de acordo com Carvalho (2013). Essa prática é determinada não apenas pela violência estrutural, que constitui seu pano de fundo, como pela violência social e interpessoal.
Dessa forma, no Brasil, Paraguai e Argentina foram realizadas denúncias e com isso criaram vários programas/projetos, em cada país, que visam solucionar ou amenizar a problemática da violência na fronteira. Também foi criado o Grupo de Operadores de Direito da Tríplice Fronteira, para permitir a ação articulada de autoridades judiciais e policiais dos três países devido à articulação da exploração sexual comercial de crianças e adolescentes com o crime organizado.

5  ANÁLISE PRÁTICA DE CAMPO – QUADRA 10

Saindo da cidade de Londrina seguimos para Foz de Iguaçu percorrendo um trajeto de aproximadamente 600 km. Durante o percurso foram realizadas algumas paradas pela qual nas principais era anotada na caderneta de campo a quilometragem do ônibus e horário. Assim, às 06h15min do dia 07/06/13 ainda em Londrina foi marcado 180.786km. Realizou-se a primeira parada às 08h10min em um posto que gasolina na cidade de Maringá, e a segunda às 12h30min em uma churrascaria na cidade de Cascavel, sendo 181.520 a quilometragem do ônibus. De Cascavel fomos direto a Foz do Iguaçu e pôde-se observar no trajeto a presença de residências, fábricas de ração, indústrias de embalagens, Moinho Tradição, Muffato Atacado, entre outros. Havia também resquícios de vegetação da floresta araucária e predominavam plantações de milho e trigo.
A terceira parada, já na cidade de Foz do Iguaçu, foi realizada no Parque Nacional do Iguaçu às 15h41min, com o ônibus apresentando 181.304km. Nos deslocamos com transporte do parque até determinado ponto onde foi feito uma trilha em meio a biodiversidade local que permitia chegar bem próximo as cataratas. Visitamos o mirante do parque e logo após retornamos ao transporte que nos levou ao ponto de partida. A quarta e última parada ocorreu no Hotel Lan Ville às 19h00min.

Figura 1 – Cataratas do Iguaçu


        Fonte: SOUZA, Bruna Fidelis. 2013

No dia 08 de junho saímos do hotel às 07h20min, com quilometragem de 181.317, rumo a Usina ITAIPU. Nessa primeira parada nos foi apresentado um vídeo que abordava toda a construção do empreendimento, bem como seus projetos e visitantes que somam um total de mais de 500 mil anualmente contando com 190 países. Logo após o vídeo foi feito um trajeto de ônibus pelas dependências locais com rápida parada no mirante que, por azar de nossa parte, estava com as comportas fechadas.

Figura 2 – Usina Itaipu Binacional
 

 Fonte: SOUZA, Bruna Fidelis. 2013

Saindo de Itaipu fomos para fronteira entre o Brasil e o Paraguai. Realizamos a segunda parada em uma rua, ainda em solo brasileiro, próxima a receita federal. Caminhamos a pé pela Ponte da Amizade e chegamos a Ciudad Del Este, lá nosso objetivo era analisar em grupos as quadras paraguaias.

Figura 3 – Mapa das Quadras

Fonte: adaptado por CARVALHO, Marcia Siqueira.

6  CIUDAD DEL ESTE

A Ciudad Del Este é uma das mais importantes cidades do Paraguai, sendo um pólo econômico regional, com gigantesco fluxo não apenas de mercadorias como também de pessoas. Possui desde pequenos comércios até grandes shoppings como Monalisa e o Shopping China. Assim, observam-se produtos variados na qual se destacam os de varejo, cosméticos, eletroeletrônicos, entre outros.
A ponte da Amizade conta com uma dinâmica surpreendente devido a quantidade de veículos e pedestres que passam por ali todos os dias. Em alguns pontos torna-se arriscado a passagem com a falta de alambrados, telas, e qualquer outro tipo de proteção contra uma possível queda no rio.

Figura 4 - Ponte da amizade

 Fonte: http://www.pedalarepreciso.com.br/2011_03_01_archive.html

Antes de avaliarmos diretamente as ruas do Paraguai pegamos um transporte alternativo, uma Van, indo até o Museo de La Tierra Del Povo Guarani às 10h30min. Esse museu é um dos projetos criados por Itaipu representando um circuito turístico e científico, e possui um acervo de importante coleção arqueológica de amostras da fauna, flora e minerais coletados desde o início da construção da Central Hidrelétrica. Apresenta uma exposição temática que conta a história dos Guaranis e do povo paraguaio até chegar à atualidade. E também se faz presente no local um zoológico com diversos animais.
 
Figura 5: Museo de la Tierra Guarani

 Fonte: http://die.itaipu.gov.py/print_node.php?secao=turbinadas1&nid=14137

Figura 6: Viveiro do zoológico do Iguaçu.

Fonte: KOGIMA, Karitha Campos. 2013

No centro da Ciudad Del Este, ao voltarmos do museu, nos deparamos com uma realidade distinta. O número de vendedores que possuem suas lojas nas calçadas é gigantesco ainda que atualmente exista a presença de shopping Center e a dinâmica do comércio ocorre de maneira intensa, bem como o fluxo de mercadorias e pessoas, já que com a construção da da ponte da amizade que interliga os países (Brasil – Paraguai) a presença de turistas aumenta cada vez mais.
Muitas crianças trabalham vendendo alimentos, engraxando sapatos, limpando os vidros dos carros, circulando pelas ruas ainda que o trânsito seja um caos. Além do povo de origem, também estão presentes árabes e mulçumanos, e diversas línguas são pronunciadas num mesmo local.  Observa-se a ausência de, vegetações, leis de trânsito, entre outros. Enquanto em contra partida o ambiente destaca forte odor, a desordem, o lixo jogado no chão, e também vale ressaltar as construções irregulares e inacabadas sendo ocupadas, entre outros empecilhos como os produtos ilícitos que representam um fator negativo de transição entre os países vizinhos.

Figura 7: Imagem por satélite, mostrando Paraguai e Brasil.
 

 Fonte: ajustada por CAMPOS, Andre Henrique. 2013

Observa-se na imagem a Ponte da Amizade, demarcando a fronteira entre o Brasil e Paraguai. O retângulo vermelho em destaque apresenta a quadra número 10 analisada pelo grupo.

Figura 8: Imagem por satélite, detalhando a quadra 10.
 

 Fonte: Ajustada por CAMPOS, Andre Henrique. 2013

Figura 9: Rua no centro de Ciudad Del Este
 


 Fonte: SOBRAL, Edcesar. 2013

A imagem representa bem a infra-estrutura na cidade, com várias improvisações, também conhecidas como “gatos”, e instalações irregulares, sem a fiscalização acaba tornando algo natural nas ruas da cidade da fronteira. Sem sinalização de trânsito, torna-se difícil andar a pé e mais ainda motorizado.

Imagem 10 e 11: Rua Emiliano R. Fernandez – Quadra 10.


 Fonte: CAMPOS, Andre Henrique. 2013

Ao analisar a quadra 10, observamos uma dinâmica diferente das demais ruas da cidade. Com pouca movimentação, a rua apresentava vários comércios abertos como lavanderia, loja de ferramentas e salão de cabeleireiro. Todos bem rudimentares, com pouca infra-estrutura estruturas comprometidas, e falta de saneamento básico. Muito lixo escoava pela rua nas beiradas das calçadas (imagem 11), havia vendas de produtos alimentícios nas esquinas, bem como de produtos ilícitos – drogas.

Imagem 12: Rua Emiliano R. Fernandez
  

Fonte: CAMPOS, Andre Henrique. 2013

            Uma parte da Rua Emiliano R. Fernandez, que não possui saída, estava sendo feita de estacionamento estando logo abaixo muitos taxistas. Assim, retornamos de táxi ao hotel juntamente com o professor Hirata às 17h00min.

7 PUERTO IGUAZÚ

Na manhã seguinte, 09 de junho, saímos do hotel às 08h30min e realizamos a primeira parada na Aduana entrando em outro país vizinho, a Argentina. Em Puerto Iguazú, ainda que fosse domingo e muitas lojas estivessem fechadas, o que se pode observar é uma realidade totalmente diferente daquela vista no Paraguai, seja na organização, saneamento básico ou infra-estrutura. As ruas estavam limpas, não havia barracas em calçadas e a feira visitada na segunda parada apresentava a diversidade de produtos como alfajor, doce de leite, azeitonas e vinhos. Os preços no mercado eram acessíveis devido à desvalorização da moeda argentina em relação ao real.

Imagem 13: Puerto Iguazú
 

  Fonte: SOBRAL, Edcesar. 2013

Imagem 14: Feirinha

 Fonte: SOBRAL, Edcesar. 2013

Após voltarmos de Porto do Iguaçu, chegamos a fronteira e lá visitamos em nossa terceira parada o shopping Duty Free que apresenta produtos de alta qualidade como linhas de cosméticos, bebidas, roupas, aparelhos eletrônicos com preços mais acessíveis  se comparados com o Brasil. Dentro do shopping não é permitido a entrada de nenhum aparelho portátil, como celulares, câmeras fotografias e bolsas devido a segurança local, tendo que deixar tudo no guarda volumes.
A moeda em cotação é o dólar e ainda que nosso tempo de permanência não tenha sido longo foi o suficiente para observar na prática a dimensão territorial entre Brasil, Argentina e Paraguai, visualizando a dinâmica comercial e cultural de cada local, comparando uma cidade com a outra.

Imagem 15 – Argentina, Brasil e Paraguai, formação da tríplice fronteira.


Fonte: Leonardo Souza. Adaptada por André Campos, 2013.

Aa figura 15 retrata a divisão das fronteiras, ligando Brasil e Paraguai por uma ponte e a Argentina situando em ambas as partes.
 
Imagem 16 – Localização da Cidade de Puerto Iguazú, Argentina.
 

 Fonte: Disponível em: <http://mapasblog.blogspot.com.br, 2011> Acesso em 27 jun 2013.

A imagem apresenta a Cidade de Puerto de Iguaçu, também sendo mostrados os rios dividindo as fronteiras, Rios Iguazu e Rio Paraná. É detalhada no mapa a urbanização local da cidade com a divisão dos bairros.
 Após todos terminarem suas compras e visitas, de volta a solo brasileiro, seguimos para o Hotel Lan Ville às 12h:00min – quarta parada. Depois de almoçar embarcamos rumo a Londrina às 14h:00min com quilometragem do ônibus em 181.387km. E no trajeto da volta realizou-se a quinta parada no Posto de gasolina na cidade de Ubiratã. A sexta parada no posto de gasolina da cidade de Maringá e sétima e última parada (pelo menos para o grupo em questão) na cidade universitária de Londrina para desembarque apresentando quilometragem de 181.928km.

7  CONCLUSÃO

De acordo com Sobral (2013) o que se verificou no campo foi a dinâmica de uma região de fronteira, porém mais do que isso, a Tríplice Fronteira é uma aglomerado urbano com aproximadamente 700 mil pessoas, o que se configura em uma relação em comum entre as cidades visitadas em campo. Mesmo que cada uma tenha suas próprias realidades sócio culturais muito distintas, foi visto como elas se relacionam, como por exemplo, o transporte coletivo entre as cidades é sempre constante, revelando aí não só a circulação de turistas, mas a circulação cotidiana como ocorre em qualquer região metropolitana brasileira. A presença do estado na fiscalização de quem circula na região fronteiriça é muito mais forte na aduana Brasil – Argentina, mas não significa que fiscalização entre Paraguai e Brasil não seja rígida, ela fica mais presente nas rodovias federais que dão acesso a região, como a BR 277 e a BR 369. O que pode ser mais observado neste trabalho de campo são as várias relações de uma fronteira tão importante no contexto geopolítico regional.
Santos (2013) afirma que ao realizar o trabalho de campo é possível tornar palpável aquilo que tanto é estudado em sala de aula, isso foi confirmado na realização dessa viagem à Tríplice Fronteira, onde foi possível ter uma melhor noção de como funciona uma região fronteiriça, e a partir de visitas às cidades que compõem a fronteira junto à Foz do Iguaçu foi possível perceber uma dinâmica do espaço completamente diferente, no caso de Ciudad del Este, e outra nem tão diferente assim em Puerto Iguazu.
A região, devido a acontecimentos históricos, possui três cidades de três diferentes países muito próximos, o que gera uma dinâmica social completamente única, mesmo cada uma possuindo uma realidade social completamente diferente, percebe-se que há certas relações culturais, chegando a destacar-se certa influencia da cultura brasileira nos dois países.
SOUZA (2013) acredita que o que mais se destacou foi o choque entre culturas já que as dinâmicas comerciais, culturais e turísticas das cidades visitadas no trabalho de campo se configuram de maneiras tão distintas. De fato, com a leitura e resumos previamente elaborados na preparação para o trabalho tornou-se esclarecedora a maneira como tudo isso surgiu vivenciando na prática o que antes havia sido analisado em sala.
Assim, a região da fronteira é calcada em um gigantesco fluxo de pessoas e mercadorias que compartilham do mesmo espaço e vivem diariamente sendo influenciadas umas pelas outras, seja pela língua falada, os acontecimentos históricos, a diversidade da cultura, as músicas, o jeito de se vestir, entre outros.
Por fim para Campos (2013) relata que se baseando nos textos analisados e como foi visto no modo prático, pôde-se ter uma idéia de como foi formado a relação da tríplice fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai. Levando em conta os valores culturais, econômicos, espaciais, naturais fazendo parte do cotidiano das pessoas que moram lá e acabam se transformando em rotina. Entretanto para muitos alunos que não conheciam a região, foi algo surpreendente e novo, sendo colocadas em prática as teorias abordadas em sala de aula, pois com grande número de imigrantes, conflito na fronteira, tráfico de entorpecentes e de mercadorias contrabandeadas, a necessidade fiscalização nas aduanas é grande e o que destaca é que essa situação ocorre há muito tempo, desde a colonização do oeste do Paraná.
A fronteira Brasil-Paraguai é, no entanto caótica em comparação com a da Argentina, um fluxo enorme de veículos, algo totalmente diferente, muitas pessoas em pouco espaço, quase todos com a mesma intenção de fazerem suas compras, produtos relativamente bem mais baratos em comparação ao nosso país. Sendo explorado nos alunos percepções como, observação do meio natural, espaço onde estavam relações internacionais, fluxo da moeda, ambiente criado através do homem e sua modificação. Mas todos os países com as suas características, tendo uma identidade própria, seja na cultura, idioma, e jeito de se comportar. Formando uma tríplice fronteira dinâmica, seja pelo lado positivo ou negativo, a sociedade envolvida naquele local esta tentando sobreviver de algum jeito, do mais pobre ao rico, na exploração e até mesmo a individualidade do seres humanos.


REFERÊNCIAS

ANDRADE, Manuel Correia. A questão do território. In: ______. A questão do território no Brasil. São Paulo: Hucitec, 2004. p. 19-28.

CAMPOS, Andre Henrique. Caderneta de Campo. 2013.

CARVALHO, M. S. Resumo: Violência na Fronteira – crianças, adolescentes e mulheres. 2p. mimeo. s/d.

Imagem 16 – Localização da Cidade de Puerto Iguazú, Argentina. Disponível em: <http://mapasblog.blogspot.com.br, 2011> Acesso em 27 jun 2013.

RABOSSI, Fernando. Árabes e muçulmanos em Foz do Iguaçu e Ciudad Del Este: notas para uma re-interpretação. In: SEYFERTH, Giralda. et al. Mundos em movimentos: ensaios sobre migrações. Santa Maria: Ed. UFSM, 2007. p. 287 – 308.

RABOSSI, Fernando. Dimensões da espacialização das trocas – A propósito de mesiteros E sacoleiros em Ciudad Del Este. Revista do centro de educação e letras da Unioeste - Campus de Foz do Iguaçu. v. 6 p. 151-176 2004

RABOSSI, Fernando. Nas ruas de Ciudad del Este: Vidas e vendas num mercado de fronteira, 2004. xv, 318f.: il.Tese (Doutorado em Antropologia Social) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Museu Nacional, Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, 2004.

ROSEIRA, Antonio Marcos. Foz do Iguaçu: cidade, rede sul – americana; orientador: Wanderley Messias da Costa – São Paulo, 2006. Dissertação (Mestrado – Programa de Pós – Graduação em Geografia Humana) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo.

SANTOS, Eduardo Vinicius Santana dos. Caderneta de Campo. 2013.

SANTOS, Milton. A questão: o uso do território. In: ________. O Brasil: território e sociedade no início do século XXI. Rio de Janeiro: Record, 2006. p. 19-22.

SANTOS, Milton. O Brasil: território e sociedade do século XXI. 4ª edição, Rio de Janeiro: Record, 2002.

SOBRAL, Edcesar da Silva Antunes. Caderneta de Campo. 2013.

Souza, Bruna Fidelis de. Caderneta de Campo. 2013.

SOUZA, Edson Belo Clemente de. GEMELI, Vanderleia. Território, Região e Fronteira: analise geográfica integrada da fronteira Brasil/Paraguai. In: R.B. Estudos urbanos e regionais. v.13, n.2. Novembro, 2011

WARCHOWICZ, Ruy Cristovam. História do Paraná. 2ª edição. Ponta Grossa. Editora UEPG, 2010.

Nenhum comentário:

Postar um comentário