ANÁLISE DE DINÂMICAS ESPACIAIS EXISTENTES NA TRÍPLICE FRONTEIRA BRASIL, PARAGUAI E ARGENTINA.
Aluana
Teixeira de Moraes
Eriton
Diones Dalbó
Felipe
Sampaio
Ivan
Cardoso Martineli
Roney Felipe Moratto
Victor Hugo Andreoti
O texto
que segue é fruto de um trabalho de campo realizado pela disciplina de
Geografia do Brasil do curso de Geografia da Universidade Estadual de Londrina,
no qual o destino principal foi o município de Ciudad Del este, no Paraguai. A
saída de Londrina foi no dia 07/06/2013 às 6:00 horas e a chegada em Foz do
Iguaçu foi às 16:00 horas. Neste primeiro dia, visitamos as Cataratas do Iguaçu
e percorremos a trilha das Cataratas.
No
segundo dia (08/06/2013), no período da manhã, visitamos a Usina Binacional de
Itaipu e posteriormente fomos a Hernandarias, cidade Paraguaia onde se localiza
o Museu Guarani e o Zoológico pertencente à Usina Binacional de Itaipu. No
período da tarde realizamos os estudos a respeito de Ciudad Del Este, nos quais
os discentes foram divididos em grupos para realizar as análises e descrições
de campo.
No
terceiro dia, (09/06/2013) realizamos um estudo em Porto Iguaçu na Argentina,
mais precisamente na Feirinha, local onde se realiza a venda de produtos
argentinos, posteriormente ainda no período da manhã realizamos uma visita ao
Duty Free, que é uma loja livre de impostos localizado em uma área neutra (de
divisa). E no período da tarde voltamos à cidade de Londrina. Ao sairmos de
Londrina o ônibus marcava uma quilometragem de 180,786 km, e ao retornarmos
marcava 182,128 km, portanto andamos ao todo 1342 quilômetros.
O
CONCEITO DE TERRITÓRIO SEGUNDO ALGUNS AUTORES
Este
trabalho de campo foi realizado em um território peculiar chamado de tríplice
fronteira. Mas primeiramente para compreender este território devemos primeiro
nos apropriar do conceito de território. Milton Santos (1996) não faz
distinções de espaço e território, mas ele explica um pouco este conceito
complexo, afirmando que “o território são formas, mas o território usado são
objetos e ações, sinônimo de espaço humano, espaço habitado”, segundo Raffestin
(1993) “O território [...] é um espaço onde se projetou um trabalho, seja
energia e informação, e que, por consequência, revela relações marcadas pelo
poder“.
A
territorialidade é um sentimento de pertencimento que pode alcançar os
indivíduos sem se importar com os limites administrativos impostos pelos
Estados. Portanto há território sem Estado, mas não há Estado sem território.
Conforme Santos (2006):
A existência de
um país supõe um território. Mas a existência de uma nação nem sempre é
acompanhada da posse de um território e nem sempre supõe a existência de um
Estado. Pode-se falar, portanto, de territorialidade sem Estado, mas é
praticamente impossível nos referirmos a um Estado sem território.
O território usado pode ser definido como
as infraestruturas necessárias para as atividades humanas, e também pelas
atividades econômicas, agrícolas, industriais, e de serviços, as movimentações
de população, e ainda, segundo Santos (2006), “o arcabouço normativo, incluídas
a legislação civil, fiscal e financeira, que juntamente com o alcance e a
extensão da cidadania, configuram as funções do novo espaço geográfico”.
A dinâmica
dos processos sociais, as maneiras de como a sociedade utiliza o território,
mais precisamente os fluxos e os processos citados por Santos (2006),
transforma o território constantemente, estando ele em uma permanente evolução;
A produção em
cada lugar é o motor do processo, porque transforma as relações do todo e cria
novas vinculações entre as áreas. Distribuído no território ao sabor do trabalho
morto, isto é, dos lugares já organizados para uma dada produção, o trabalho
vivo organiza-se sob novas formas de produção e circulação, e desse modo uma
nova divisão territorial do trabalho se impõe à preexistente.
O
território tem um novo funcionamento defendido por Santos (1996), que ele
denomina de horizontalidades e verticalidades na qual:
As
horizontalidades serão de domínios da contiguidade, daqueles lugares vizinhos
reunidos por uma continuidade territorial, enquanto as verticalidades seriam formados
por pontos distantes uns dos outros, ligados por todas as formas e processos
sociais.
O
Brasil passa por alguns momentos em sua evolução, estes momentos são
denominados de Brasil arquipélago e/ou meio técnico, posteriormente o meio
técnico científico e por último o meio técnico científico informacional. O
Brasil arquipélago é assim chamado por ser um território no qual as cidades
eram como pontos que não tinham muitas relações entre si, cada uma delas
vendiam sua produção diretamente com o mercado exterior, sem intermediários e
sua evolução espacial e econômica era ditado por relações diretas. Para escoar
a produção agrícola era necessário de estradas de ferro, que começam a ser
construídos e que posteriormente veio a contribuir com o próximo momento.
Com
a industrialização começa o próximo momento descrito por Santos (2006), o meio
técnico científico. “Máquinas de produção e máquinas de circulação se espalham
no território brasileiro, consolidando as áreas de mineração e contribuindo
para criar áreas de monocultura de exportação, unidas aos portos litorâneos por
estradas e ferrovias”. Em 1900 se inicia no Brasil a construção dos portos, 13
portos iniciam sua operação dos quais três deles estão na região Sul e três na
região Sudeste. O território também passa a ser integrado pelas linhas
telegráficas, durante as expedições do marechal Rondon foram construídos 5500
quilômetros de linhas telegráficas. O que levou o meio técnico europeizado para
áreas em que grupos indígenas ainda dominavam o espaço.
Assim
o território vai se integrando cada vez de forma mais intensa. No próximo
momento vem as estradas de rodagem, e as indústrias foram se aperfeiçoando e
com isso algumas cidades vão se fortalecendo e outras se criando. Conforme
Santos (2006):
Tanto para
atender às necessidades de uma população de maior nível de vida quanto para
dirigir a colheita de produtos exportáveis, surgem inúmeras cidades e outras se
desenvolvem. Até então, as cidades maiores situavam-se no litoral ou em áreas
próximas. É o caso de Manaus, até onde a navegação marítima podia chegar, ou da
São Paulo do café, com seu desdobramento do porto de Santos. É num Brasil
integrado pelos transportes e pelas necessidades advindas da industrialização
que vão nascer importantes cidades no interior. Estas decorrem do crescimento
populacional, da elevação dos níveis de vida e da demanda de serviços em número
e frequência maiores que anteriormente.
O
aumento na rede dos transportes é um movimento permanente e constante, que vai
se modernizando e se tornando cada vez mais densas, este movimento junto com a
“modernização das comunicações criam condições de fluidez do território, uma
fluidez potencial, representada pela presença das infra-estruturas, e uma
fluidez efetiva significada pelo seu uso” (SANTOS, 2006).
Juntamente
também há a modernização do meio rural, uma possibilidade para as monoculturas
que a mecanização proporciona, ampliando os lucros dos proprietários e criando
uma massa de camponeses volantes. Os campos, que antigamente eram áreas atrativas,
passam a ser expulsoras de pessoas, e os destinos destes eram as cidades
metrópoles.
Milton
Santos (2006) conclui dizendo que
A união entre
ciência e técnica que, a partir dos anos 70, havia transformado o território
brasileiro revigora-se com os novos e portentosos recursos da informação, a
partir do período da globalização e sob a égide do mercado. E o mercado, graças
exatamente à ciência, à técnica e à informação, torna-se um mercado global. O
território ganha novos conteúdos e impõe novos comportamentos, graças as
enormes possibilidades da produção e, sobretudo, da circulação dos insumos, dos
produtos, do dinheiro, das idéias e informações, das ordens e dos homens. É a
irradiação do meio técnico-científico-informacional que se instala sobre o
território, em áreas contínuas no Sudeste e no Sul ou constituindo manchas e
pontos no resto do país.
FORMAÇÃO TERRITORIAL DO OESTE PARANAENSE
Na época do Império, as fronteiras
entre o território brasileiro e espanhol eram determinadas pelo Rio Paraná,
devido à disposição da fronteira, perdeu-se o interesse pela colonização do
local. O oeste paranaense se configura entre os rios Iguaçu, Paraná, Guarani e
Piquiri.
Durante
o século XX, foram firmados os tratados de Navegabilidade Fluvial com a
Argentina e o Paraguai, permitindo assim com que o Brasil navegasse pelos rios
Paraná e Paraguai, com o objetivo de que os brasileiros tivessem acesso a
Província de Mato Grosso. Observa-se então o aumento do fluxo por parte dos
brasileiros na região, aumentando também o interesse pelo local, que
configurava uma posição estratégica.
Com
o crescente interesse pelo local, o Brasil decidiu instalar ali a Colônia
Militar, no ano de 1888, sendo concretizada através da fronteira guarani. O
município de Guarapuava se tornou o centro de operações, por ser o núcleo
urbano mais próximo e desenvolvido da região.
Com
o fluxo de pessoas, devido à instalação da Colônia Militar, a região começou a
se desenvolver e logo apareceram portos nas margens do Rio Iguaçu.
A
importância das Sete Quedas foi fundamental para o processo de ocupação da
região, por parte do Brasil, que tinha ali uma fronteira natural, que ao mesmo
tempo era uma barreira de proteção, pois até o final de década de 1920 o local
era de difícil acesso, sendo facilitado apenas pela existência do Rio Paraná.
Embora o sistema de atividades ali exercido fosse configurado pela navegação
argentina, mão de obra paraguaia e incúria brasileira.
No
dia 22 de novembro do ano de 1889 a expedição que instalaria a Colônia Militar
chegou ao local, ao chegarem ao local, encontraram ali uma população de
aproximadamente 324 habitantes, após dezesseis anos a população era de
aproximadamente de mil habitantes.
Para
que o processo de desenvolvimento do local se concretizasse, foi estabelecida
uma política de colonização, a qual os colonos ganhavam parcelas de terra por
parte das autoridades brasileiras, sendo obrigados a produzir produtos, para
liquidar o monopólio gerido pela Argentina, que dominava no local o fluxo de
mercadorias e comércio.
Encontravam-se,
no território oeste paranaense, antes da instalação da Colônia Militar,
trabalhadores paraguaios, que exploravam erva-mate, a mando de argentinos.
Ressaltamos que tais atividades de exploração de erva-mate ocorriam em
território brasileiro. De acordo com Wachowicz (2010), um dos principais
problemas encontrados no local, sendo colocado como obstáculo biológico, foi à
incidência de malária na região, agravando-se nos meses de fevereiro,
especificamente.
Com
o passar do tempo e a entrada do governo de Getúlio Vargas, surgiram novos
planos para a região do oeste paranaense. Um dos objetivos do Governo de Vargas
era realizar a junção de terras de Santa Catarina e o sudoeste do Paraná,
criando assim, a fronteira guarani, que seria um território federal.
Denominava-se
Território Federal do Iguaçu, que seria fruto da aquisição de terras por parte
dos capitalistas gaúchos, para que desenvolvessem negócios imobiliários na
região, ao mesmo tempo em que promoveriam o atrativo de mão de obra agrícola
existente no Rio Grande do Sul. O território Federal do Iguaçu, ao ser dominado
pelo capital gaúcho, se tornaria também, uma extensão da cultura riograndense.
Uma
pequena análise pode ser feita à respeito do interesse e inserção do capital
gaúcho na região, contextualizando assim para o cenário no Brasil. Getúlio
Vargas era gaúcho, sendo Presidente da República, era de seu agrado que seus
conterrâneos obtivessem certas vantagens e destaque, já que por muitos anos o
Brasil tinha seu domínio econômico e político incumbidos aos estados de São
Paulo e Minas Gerais, a conhecida política café com leite.
Desta
forma, no ano de 1943 através do Decreto-lei 5.812 foi firmado o Território
Federal do Iguaçu, após três anos dos ocorridos esse território e mais outros
foram dissolvidos devido à queda do Estado Novo, o que não impediu a
instauração e domínio do capital gaúcho no local.
O
município de Foz do Iguaçu, estado do Paraná, tem reconhecimento como um dos
principais pólos da Mesorregião Oeste do estado do Paraná, isso se deu a partir
das políticas desenvolvidas para a ocupação e colonização da área em questão.
São
destacáveis as atividades que movimentam o turismo na região, devido às Sete
Quedas e a Hidrelétrica de Itaipu. Inúmeros estudos foram realizados a fim de
comprovar a viabilidade de construção da Hidrelétrica de Itaipu, que se
estabeleceu como divisor de águas para a economia de Foz do Iguaçu.
Embora
tenha gerado empregos e o crescimento demográfico da região, a Hidrelétrica de
Itaipu gerou aspectos negativos, em contrapartida. Entre tais aspectos
negativos, citamos aqui o grande número de favelas, alto índice de
criminalidade, mão de obra de baixa escolaridade e os contrabandos ocorrentes
da Ciudad Del Leste através da Ponte da Amizade.
Através
do turismo realizado às Cataratas do Iguaçu e a Hidrelétrica de Itaipu se
tornou possível a conexão a outros pontos turísticos de porte menor, movimento
ainda mais o fluxo de turistas na região.
Foi
a partir da década de 1980 que a Hidrelétrica de Itaipu ganhou destaque como
ponto turístico, dados mostram que no ano de 2005 aproximadamente 450 mil
visitantes transitaram pelo local. A Hidrelétrica possui forte aparato com a
finalidade de atender a demanda de turistas, contando com salas de cinema,
passeios de ônibus e visitas ao interior da Usina, acompanhas por equipe
técnica especializadas.
Em
território nacional, a Usina Hidrelétrica de Itaipu conta com o complexo de
turistas mais a estrutura construída, sendo considerada uma das maravilhas da
engenharia do século XX, além da presença das Cataratas do Iguaçu.
AS
DINÂMICAS DA ESPACIALIZAÇÃO DAS TROCAS NA TRÍPLICE FRONTEIRA À LUZ DAS TEORIAS
DE FERNANDO RABOSSI.
Uma das formas de
espacialização das trocas acontece com os vendedores de rua, essa atividade
acontece em um lugar delimitado espacialmente, e são gerados conflitos pelo uso
desses espaços com o objetivo de se realizar trocas. Existem articulações entre
regras e práticas econômicas na atividade que merecem ser analisadas.
Com a inauguração da Ponte
da Amizade em 1965 na trípice fronteira transnacional entre Ciudad Del Este,
Foz do Iguaçu e Purto Iguazú, a região se tornou local de atividade comercial
de importação. Começou uma concentração no Paraguai de produtos importados, e
com os altos impostos sobre produtos importados no Brasil e Argentina, e uma
menor tarifa naquele país, o local tornou-se atrativo para brasileiros e
argentinos. Junto às primeiras casas comerciais apareceram os primeiros
vendedores de rua.
A redução de impostos, com a
vigência do Mercosul (1994), reduziu as vantagens de Ciudad Del Este e Foz do
Iguaçu, assim como a visualização da área como crítica em segurança, provocando
um decréscimo da atividade comercial na região.
Mesiteiros são vendedores de
rua que trabalham em localização específica, e a produção do espaço de vendas é
diária. Se assemelha a uma forma pré-moderna, onde o tradicional, e o moderno
se misturam. Para que isso aconteça são necessários arranjos regulatórios entre
vendedores e autoridades.
Em Puerto Presidente
Stroessner a polícia tratou os vendedores de rua com repressão por nove anos,
depois viram que não adiantava e aceitaram a presença deles. Houveram
negociações e foram criadas associações com regras estipuladas, como piso
mínimo de lucro e limitação do número de associados. Porém cada associado
constituiu empregados, burlando a lei, que nada estipulava a respeito. Novas
associações foram surgindo e em 1986 aprovou-se a postura municipal regulando o
trabalho dos vendedores. Consegui-se permissão para estabelecer estruturas permanentes
na rua e implementaram-se novas regulamentações e arranjos. Porém nada
acontecia como estabelecia os regulamentos, a falta de fiscalização contribuía
para isso, e uma série de disjunções na lei.
Ciudad Del Este acompanhou
em sua estrutura as tecnologias de vendas, condensando galerias, shoppings,
“autoservices”, e sites de vendas.
Com o tempo surgiram os
chamados sacoleiros, que são os compradores brasileiros de mercadorias no
Paraguai. Milhares de sacoleiros oportunizaram maior renda aos mesiteiros e
comerciantes, contudo os “autoservices” foram o símbolo da decadência para a
maioria dos mesiteiros, assim como o preço do dólar e a abertura às importações
no Brasil. Os sacoleiros adequaram-se à lei na fronteira ao contorná-la,
fazendo várias passagens ou a fazendo com laranjas.
Há uma articulação
particular entre regras e práticas na espacialização das trocas. Essas práticas
são realizadas num sistema definido pela legalidade, e são aproveitadas
possibilidades e oportunidades. Elas acontecem numa simultaneidade estrutural
que envolve o espaço geográfico, legal e econômico. O espaço é uma variável de
negócios imbricados com sanções legais e intervenções institucionais, essa
regulação abre possibilidade de ir além dos limites impostos pela lei. As
intervenções possibilitam o acontecer dessas trocas da maneira como são, o
espaço é resultado e condicionante dessas intervenções.
Existe uma discussão se os
árabes e mulçumanos que estão na tríplice fronteira entre Brasil, Argentina e
Paraguai são ou não são terroristas, uma discussão maniqueísta que deve ser
tratada, discutida, com outros olhares a respeito da presença dessa cultura na
região. A análise histórica dos imigrantes permite vislumbrar o desenvolvimento
da região.
Ciudad del Del Este é a
segunda cidade do país em importância demográfica e econômica, com seus
jornais, universidades, aeroporto e infra-estrutura urbana. Foz do Iguaçu em
alguns aspectos teve um desenvolvimento mais acabado que Ciudad Del Este, em
relação à mídia, infra-estrutura urbana, etc. Contudo relativamente ao Brasil
como um todo não possui grande importância. Puerto Iguazú é uma pequena cidade,
com pouca ou nenhuma autonomia em termos de reprodução ou produção de uma
esfera pública local. A dinâmica econômica de Puerto Iguazú gravita em torno do
turismo e do comércio vinculado a ele. Em Foz do Iguaçu o turismo também é
importante, em ambas as cidades as Cataratas do Iguaçu é a principal
responsável pelo fluxo turístico.
Os árabes se estabeleceram
na região pela dinâmica comercial existente. Com a construção na década de 70
da represa de Itaipu, houve um salto demográfico e de infra-estrutura na região
que fez distanciar ambas as cidades de Puerto Iguazú. A chegada dos imigrantes
árabes está relacionada com o comércio existente e tiveram um papel fundamental
na mudança do eixo que movimentava a região. Os árabes tiveram papel
fundamental no crescimento do comércio. A lógica por trás da mobilidade e da
localização espacial era baseada nos contos pessoais que indicavam os locais
bons para o comércio. O momento da
chegada de muitos desses imigrantes coincide com a expansão da produção
brasileira de artigos industrializados, principalmente no setor têxtil.
Nas cidades de fronteira
existe a possibilidade de aproveitamento dos diferenciais derivados da
continuidade de espaços diferentes em termos de produtos, tributação e preços.
Porém também existe uma regulação, um controle, que dificulta a atividade de
alguns nas alfândegas.
O que diferencia Foz do
Iguaçu de Ciudad Del Este é que na primeira os árabes se estabeleceram vendendo
a produção brasileira, na segunda vendendo produtos importados. Os árabes
tiveram facilidade de se estabelecer pelo incentivo do governo à importação e
venda de produtos. Os produtos importados, principalmente asiáticos, passavam
por portos de triangulação principalmente em Miami. Depois foram estabelecidos
vínculos diretos com o sudeste asiático e com outros portos, como o de Panamá.
Grande parte da população e das empresas do Paraguai são de árabes. Pessoas de
origem árabe passaram a ocupar posições importantes na cena pública, e foram
criadas diversas associações culturais, políticas e religiosas.
A presença árabe na
fronteira parece ter florescido junto às atividades ilegais que caracterizariam
aquela fronteira. Fronteira que possibilita uma mobilidade espacial e um
dinamismo que atrai novos imigrantes. A importância da comunidade árabe na
região pode ser avaliada pela visita de líderes e representantes de diversos
países e organizações. Há uma inconsistência das denúncias estruturadas a
partir do viés do terrorismo, e eventos violentos ocorridos em outras cidades
latino-americanas diretamente vinculadas aos conflitos de Oriente Médio nunca
ganharam o lugar que a fronteira tem em relação a isso. Os diversos ilegalismos
e inoperâncias institucionais são a razão por trás das denúncias.
O discurso do terrorismo é
um discurso produtivo, produz efeitos e pode ser avaliada nesse sentido. Existe
uma congruência entre esse discurso e aquele que dizia que os latino-americanos
exilados eram comunistas ou pró-guerrilheiros. Esse retrato torna opaco um
quadro cheio de nuances e diferenças, limitando a análise do mundo ao se
radicalizar as coisas, devem ser criar alternativas aos caminhos da
radicalização.
Segundo Carvalho, existe
grande tráfico de crianças e adolescentes na Tríplice Fronteira que está
ligado, sobretudo, à exploração sexual e comercial de crianças e adolescentes.
Essa exploração sexual comercial de crianças e adolescentes constitui uma forma
de coerção e violência, que pode implicar o trabalho forçado e formas
contemporâneas de escravidão. Essa prática é determinada não apenas pela
violência estrutural, que constitui seu pano de fundo, como pela violência
social e interpessoal. Pela articulação da exploração sexual comercial de
crianças e adolescentes com o crime organizado, foi criado o Grupo de
Operadores de Direito da Tríplice Fronteira, para permitir a ação articulada de
autoridades judiciais e policiais dos três países.
Partindo de uma política governamental,
instituiu-se no Paraguai a chamada política de importações. Conforme aborda
Rabossi (2004):
A
partir do Plano de Estabilização acordado com o Fundo Monetário Internacional
em 1956, o governo paraguaio eliminou as tarifas externas de exportação,
diminuiu os impostos às importações e nunca implementou uma política de
desenvolvimento industrial baseada em um modelo de substituição de importações.
(HANRATTY & MENDITZ, 1998, apud, RABOSSI, 2004, p. 16 e 17).
Com a inauguração da Ponte da Amizade
(1965) na tríplice fronteira transnacional (Ciudad Del Este – Paraguai; Foz do
Iguaçu – Brasil; e PurtoIguazú – Argentina), a região tornou-se pólo de intensa
atividade comercial de importação – por parte de brasileiros e argentinos; e
exportação, por parte dos paraguaios.
Com a concentração, no Paraguai, de
produtos importados com baixas tarifas, e com os altos impostos sobre produtos
importados no Brasil e Argentina, Ciudad Del Este tornou-se extremamente atrativa.
Junto às primeiras casas comerciais apareceram os primeiros vendedores de rua.
Outro momento de importante, porém com
negativa repercussão comercial para o lado paraguaio, é a vigência do Mercosul,a
partir de 1994, que reduziu as vantagens mercantis de Ciudad Del Este e Foz do
Iguaçu, pois a área de fronteira passou a ser vista como um ponto críticode segurança,
provocando um decréscimo da atividade comercial na região.
Embora Ciudad Del Este pertença a um
grupo especial de cidades comercias, como aponta Rabossi (2004) acrescentando
Dubai – Emirados Árabes Unidos, o autor faz uma observação importante sobre sua
(des) organização espacial, pois comparando as duas cidades é possível
constatar grande disparidade urbanística e econômica.
ANÁLISE
CIUDAD DEL ESTE
A
paisagem urbana da Ciudad del Este é bastante peculiar, principalmente devido
ao seu intenso dinamismo no que diz respeito ao fluxo diário de pessoas, vindas
de todos os cantos. Esse contexto, sobretudo, é reflexo de sua estrutura
comercial, turística e diversidade de serviços oferecidos nesse território,
influenciando e definindo todo sua configuração urbana e entorno.
Por
ser uma cidade de fronteira, caracteriza-se pelo grande fluxo de pessoas e
mercadorias, por intermédio da Ponte da Amizade, na qual os compradores
procedem de diversos lugares, principalmente do Brasil. Esses compradores são
atraídos pelos baixos preços dos preços dos produtos oferecidos na cidade, em
detrimento dos preços nacionais, além da grande isenção de impostos sobre essas
mercadorias.
Todo
esse dinamismo, porém, confere uma maior demanda de infraestrutura urbana para
que seja preservada a seguridade e o conforto dos transeuntes. No caso da
referida cidade, mais especificamente na área de análise (quadra 7, figura 1),
localizada na área comercial de fronteira, a infraestrutura é descrita pela sua
forma desorganizada e insuficiente.
Figura 1. Quadra selecionada para análise (quadra 7).
Fonte: Google Maps, adaptado por Márcia S. de Carvalho.
Durante
a análise da quadra, pudemos constatar alguns de seus principais problemas, ao
menos o que era visível naquele momento, e concluímos que o planejamento urbano
não foi realizado de forma satisfatória e o ordenamento da região confere
carências e muitas vezes insalubridade às pessoas que utilizam o espaço.
Ao
passarmos pela Avenida Adrián Jara, a principal via que circundava a quadra,
notamos com maior clareza os problemas que aquela área apresenta. Na referida
avenida, classificada como arterial, evidenciamos de maneira conclusiva a
diversidade de culturas que transitam pela área. Apenas pela fisionomia das
pessoas que transitavam, concluímos o quão diversificadas eram as ofertas do
local (também após constatarmos a diversidade de estabelecimentos comerciais e
serviços), suficiente para atrair pessoas com as mais variadas demandas e de
diversos lugares.
Nesse
mesmo trecho, era mais clara a poluição sonora, tal como a visual. Esse ruído
excessivo era proveniente não somente do imenso número de veículos que passavam
por ali, que preenchiam o lugar com barulhos dos motores e buzinas constantes,
mas também de um sem números de atividades instaladas tal como o comércio
informal, destoando ainda mais o ambiente pelas vozes e gritos. Acerca do
visual de todo trecho, era o que mais se apresentava desorganizado e até mesmo
desagradável aos olhos dos que transitam, era um retrato de um centro urbano
totalmente incoerente e preenchido pelas diversas cores dos estabelecimentos,
pessoas, e equipamentos urbanos (figura 2).
Figura 2. Aspecto espacial desorganizado.
Autoria: Victor Hugo Andreoti
É
claramente observável a disposição indevida de resíduos sólidos em toda a extensão
da avenida (assim como nas demais ruas da quadra), oferecendo risco à todos que
frequentam as proximidades, com todos os problemas advindos da falta do despejo
em locais adequados dos resíduos (figura 3), como a poluição hídrica, o entupimento
das poucas galerias pluviais existentes, o assoreamento da hidrografia, o
aumento de vetores de doenças, etc. Por último, nessa via notamos um maior
número de indivíduos arbóreos, em relação às outras partes da quadra.
Figura 3. Resíduos em odômetro, e sinal de que há abastecimento por rede de água.
Autoria: Eriton D. Dalbó.
Dentre
as principais adversidades que observamos, está a precária sinalização urbana,
que é insuficiente ou nenhuma. Sobre a sinalização horizontal, esta quando
existe, encontra-se quase totalmente apagada, já a sinalização vertical é
inexistente em toda extensão e entorno da quadra. Essas sinalizações são as
responsáveis pelo bom funcionamento do tráfego e segurança dos pedestres e
motoristas. No estudo de caso, vimos que o controle do fluxo, de pessoas e
veículos, ficava por conta de agentes de trânsito (nos principais cruzamentos)
que pareceu-nos insuficiente visto o enorme tráfego, ou até mesmo inábil,
proporcionando um cenário de desordem urbana acentuada.
A primeira rua analisada (Boqueron) é relativamente diferente das outras ruas da análise. Isso acontece porque, primeiramente, já se percebe a baixa densidade de pessoas. O tráfego é baixo, quase nulo, porém há uma quantia elevada de carros estacionados juntos ao meio-fio. A rua (figura 4) é repleta de pequenos comércios, como fotocopiadora, restaurante, salão de beleza e uma pequena casa de câmbio. Comparada com as outras, a rua é relativamente limpa, sem a presença de lixo ou entulho. Um fato curioso, que se estende às demais ruas observadas, é a inexistência de rede de drenagem pluvial (não há um único bueiro ou boca de lobo). As construções dessa rua são ligeiramente diferentes das demais, nas ruas do entorno. Um fato que chama bastante atenção é a precariedade da rede elétrica instalada (figura 5), às vezes se assemelhando aos “gatos” das favelas.
Figura 4. Rua Boqueron.
Autoria: Victor Hugo Andreoti.
Figura 5. Precariedade fiação elétrica.
Autoria: Eriton D. Dalbó.
Nas
duas ruas seguintes, paralelas à Boqueron (Abay e Carlos Lopez) a estrutura é
muito semelhante. As duas são densamente arborizadas (figura 6), com um
corredor central de árvores dividindo as pistas, apesar da disposição
inadequada das árvores, por impossibilitar a passagem de pedestres (figura 7) e
sem um padrão quanto ao alinhamento em relação à calçada. O porte inadequado
das árvores para o local é visível por estas estarem quebrando as calçadas, e serem
incompatíveis com a fiação elétrica. O
tráfego de carros e pessoas já é mais denso, já que há um maior número de
estabelecimentos comerciais, shoppings, locais para alimentação, pontos de táxi
e mototáxis. Os mesiteros se fazem presentes nessas ruas, principalmente quando
se aproxima da avenida Adrian Jara. A higiene torna-se precária, devido ao
adensamento. Lixo se acumula nas sarjetas (quando há) e há muitos pontos de
água parada e acúmulo de resíduos. As construções são bem irregulares, havendo
mistura de residências e comércio. Nessas ruas notou-se a presença de árabes e
coreanos, transitando e desenvolvendo atividades comerciais.
Figura 6. Rua arborizada.
Autoria: Victor Hugo Andreoti.
Figura 7. Calçada com passagem de pedestres dificultada.
Autoria: Eriton D. Dalbó.
Características
gerais visíveis e marcantes em Ciudad Del Este são os policiais e seguranças fortemente
armados, trânsito caótico (figura 8), muita aglomeração de pessoas e barracas,
estas muitas vezes nas ruas e calçadas (figura 9), redes de infraestrutura
deficientes (figura 10), falta de arborização na maioria dos locais, muito lixo
e odores desagradáveis, falta ou inadequação de mecanismos de melhoria do saneamento
básico (rede de esgoto, rede drenagem, rede de água e resíduos sólidos), falta
de padronização das construções quanto ao alinhamento predial, assim como da
paisagem em geral, ausência ou muito pouca quantidade de lixeiras, e inexistência
de mecanismos de acessibilidade à quem tem dificuldades de locomoção.
Podemos
estabelecer uma comparação entre Ciudad del Este e Puerto Iguazú, onde esta é
melhor contemplada em relação à infraestrutura urbana existente, na Argentina
todos que entram são cadastrados na aduana (figura 11), por exemplo, ao contrário
do Paraguai e Brasil. A figura 12 mostra uma parte da feira de Puerto Iguazú, bem mais disposta, com separação da calçada e da rua por correntes, com uma disposição espacial melhor planejada, onde a espacialização das trocas é feita de forma que não haja tantos confrontos entre o trânsito e pedestres, há um respeito maior com estes, e os impactos negativos em geral são menores. Na figura 13 pode-se ver na Argentina algo difícil de ser visualizado em Ciudad Del Este, que que é uma lixeira implementada pelo poder público, assim como observa-se o cuidado no trato das guias e na sinalização da esquina, e também a limpeza existente no local.
Figura 8. Trânsito caótico.
Autoria: Roney Felipe Moratto.
Figura 9. Construções consolidadas na calçada.
Autoria: Eriton D. Dalbó.
Figura 10. Rede de infraestrutura deficiente.
Autoria: Eriton D. Dalbó.
Figura 11. Aduana na Argentina com estrutura boa.
Autoria: Roney Felipe Moratto.
Figura 12. Ordenamento construtivo da feira na Argentina que gera menos impactos negativos.
Autoria: Roney Felipe Moratto.
Figura 13. Lixeira e cuidados com a infraestrutura na Argentina.
Autoria: Roney Felipe Moratto.
CONSIDERAÇÕES
FINAIS ALUANA TEIXEIRA DE MORAES
A dinâmica existente na região oeste paranaense foi
determinada por inúmeros fatores, entre eles temos as políticas de colonização,
somados à construção da Usina Hidrelétrica de Itaipu mais o potencial turístico
das Cataratas do Iguaçu. A formação da denominada Tríplice Fronteira, se
estabelecendo como importante núcleo urbano é composta de aproximadamente 700
mil habitantes, na qual sua formação se configura em três cidades. Fato
importante da dinâmica existente na Tríplice Fronteira é a mistura de culturas,
pessoas e nacionalidades, em disposição de forma próxima, compondo um sistema
de importante fluxo de comércio e pessoas, sendo reconhecido em escala mundial.
CONSIDERAÇÕES
FINAIS ERITON DIONES DALBÓ
A experiência
sensitiva de Ciudad Del Este é relevante para o geógrafo urbanista, pois
possibilita inúmeras considerações sobre a discrepante, porém tão próxima,
relação de planejamento do espaço urbano entre a cidade paraguaia e Foz do
Iguaçu, no Brasil.
O
fato é que por se tratar de uma região de fronteira é extremamente necessário,
porém sensível, o intercâmbio de políticas públicas que visem estabelecer um
equilíbrio no uso dos ambientes construídos e naturais, pois a influência que
ambos os países exercem um sobre o outro é intensa e contínua.
Por conta
das constantes relações de troca na região é importante se pensar nos limites territoriais
não somente físicos, mas também sobre o ponto de vista zonal, pois a
delimitação da área não se restringe apenas aos territórios nacionais, mas sim às
relações econômicas e culturais que não se limitam ao espaço ocupado englobando
o espaço vivido.
CONSIDERAÇÕES
FINAIS RONEY FELIPE MORATTO
São
muitas as diferenças entre os três países no sentido das relações econômicas,
sociais, culturais, ambientais, institucionais, turísticas e de segurança, como
infere Rabossi em seus textos. Foz do Iguaçu possui em relação à Ciudad Del
Este uma infraestrutura quanto às redes viárias, de telecomunicações, de
energia, de saneamento básico, etc., muito melhor, nos locais visitados. Redes
de infraestrutura essas que determinam os diferentes tipos de uso do solo e que
devem ser analisadas no território para interpretá-lo, segundo Milton Santos. E
Puerto Iguazú também é mais bem contemplada com algumas redes do que o
Paraguai, pelo pouco que podemos empirizar no município, no sentido de uma
melhor qualidade da infraestrutura urbana, apesar de certas dificuldades de
estabelecer comparações pelas diferenças de tamanho e de influência dos
territórios. Mesmo assim as diferenças são claras, na aduana dos três países,
por exemplo, quanto à infraestrutura, regulação e de segurança das mesmas, as
diferenças institucionais e tudo mais o que foi lido nos textos do Rabossi se
tornaram claras.
Observou-se
como as diferentes formas e funções estabelecidas em cada território, através
das variáveis de tributação, naturais, históricas, políticas, sócio-econômicas,
culturais, etc., influenciam fortemente como se desenha a concretude espacial.
Essas formas pré-estabelecidas são condicionantes das dinâmicas existentes no
espaço, e essas dinâmicas fruto de uma pré-condição influenciam as formas
futuras, portanto as diferentes relações são ao mesmo tempo condição e
condicionantes das condições existentes, que formam a complexa dinâmica dos
territórios.
CONSIDERAÇÕES
FINAIS VICTOR HUGO ANDREOTI
A
intensidade do comércio é algo particular de Ciudad del Leste. A oferta também.
Meias, eletrônicos, drogas e armas são oferecidas a todos os transeuntes. A
quantidade de jovens trabalhando e dirigindo veículos é grande. Os detalhes
mais marcantes dessa observação, como o adensamento de pessoas nas áreas
comerciais, a precariedade de infra-estrutura urbana, o tipo de produto
ofertado e exposto nas mesitas e a pouca idade de determinados vendedores,
mostram a particularidade criada num espaço por fatores relacionados ao
comércio de fronteira.
A
confluência desses fatores numa área de fronteira internacional revela a força,
e ao mesmo tempo, a fragilidade da composição do território enquanto conceito
geográfico. A variedade, em diferentes escalas, dos atores de territorialização
e do conteúdo da territorialidade mostram como a economia e a política podem
moldar a forma de vida no espaço; como, nessa análise, nada é estático, a
manifestação do território assume um caráter retroalimentativo, acompanhando as
convergências e divergências do local com o global.
REFERÊNCIAS
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território. In: ______. A questão do território no Brasil. São
Paulo: Hucitec, 2004. p. 19-28.
CARVALHO, M. S. Resumo:
Violência na Fronteira – crianças, adolescentes e mulheres. 2p. mimeo. s/d.
RABOSSI, Fernando. Árabes
e muçulmanos em Foz do Iguaçu e Ciudad Del Este: notas
para uma re-interpretação. In: SEYFERTH, Giralda. et al. Mundos
em movimentos: ensaios sobre migrações. Santa Maria: Ed. UFSM, 2007.
p. 287 – 308.
RABOSSI, Fernando. Dimensões
da espacialização das trocas – A propósito de mesiteros
E sacoleiros em Ciudad Del Este. Revista do centro
de educação e letras da Unioeste - Campus de Foz do Iguaçu. v.
6 p. 151-176 2004
RABOSSI, Fernando. Nas ruas
de Ciudad del Este: Vidas e vendas num mercado de fronteira, 2004. xv,
318f.: il.Tese (Doutorado em Antropologia Social) – Universidade Federal do Rio
de Janeiro, Museu Nacional, Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social,
2004.
RAFFESTIN, Claude. Por uma geografia do poder. São Paulo: Ática, 1993.
ROSEIRA, Antonio Marcos. Foz
do Iguaçu: cidade, rede sul – americana; orientador: Wanderley Messias da
Costa – São Paulo, 2006. Dissertação (Mestrado – Programa de Pós – Graduação em
Geografia Humana) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da
Universidade de São Paulo.
SANTOS, Milton. A questão: o uso do
território. In: ________. O Brasil: território e sociedade no início do
século XXI. Rio de Janeiro: Record, 2006. p. 19-22.
SANTOS, Milton. O Brasil:
território e sociedade do século XXI. 4ª edição, Rio de Janeiro:
Record, 2002.
SANTOS, Milton. O retorno do território. In:
SANTOS, Milton, SOUZA, Maria Adélia A. de, SILVEIRA, Maria Laura. Território: globalização e fragmentação.
2ª ed. São Paulo: Hucitec, 1996. P. 15-20.
SOUZA, Edson Belo Clemente de.
GEMELI, Vanderleia. Território, Região e Fronteira: analise geográfica
integrada da fronteira Brasil/Paraguai. In: R.B.Estudos urbanos e regionais. v.13,
n.2. Novembro, 2011
WARCHOWICZ, Ruy Cristovam. História
do Paraná. 2ª edição. Ponta Grossa. Editora UEPG, 2010.
As citações apresentam autor e ano da obra, mas é necessário o número da página. Ver citações do Milton Santos.
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