domingo, 30 de junho de 2013

A Tríplice Fronteira: impressões e discussões

A Tríplice Fronteira: impressões e discussões
                                                                     

  Débora Cristina Manhi
                                                           Jaqueline Vaz Timoteo
Fernanda Viana Balestrin
Maria Leide Ruela
INTRODUÇÃO
O trabalho a seguir é fruto da realização do Trabalho de Campo realizado pelos alunos do IV ano do curso de geografia da Universidade Estadual de Londrina- UEL.
A realização se deu nos dias 07, 08 e 09 de junho de 2013 na região da Tríplice Fronteira- Brasil, Paraguai e Argentina, com intuito de ver na prática o que se aprendeu na teoria, tendo como bases os trabalhos bibliográficos, que discorrem sobre os conceitos de fronteira e território.
O trabalho apresenta em si as interrelações da localidade e a superposições de nações, o que transforma aquela localidade um lugar repleto de peculiaridades sem deixar a cultura de cada povo ali inserido se perder.
Para tanto o trabalho apega-se, sobretudo, a questões comerciais da região fronteiriça. Explana pontos relevantes sobre tal tema apontando particularidades em cada uma das cidades ali presentes.

 1 -    Desenhando o Território
A área onde foi realizado o trabalho de campo teve em suas belezas naturais uma das causas de atrativo populacional e um dos motivos de preocupação para a questão da ocupação da fronteira Guarani. O que causava maior preocupação era o fato de não haver uma exploração dos recursos naturais oferecidos e a presença de indústrias argentinas e paraguaias.
Paraguai e Argentina extraíam madeira e cultivavam erva mate e contavam com os Rios da Bacia do Prata para facilidade de escoamento. Havia uma potencialidade comercial da área que foi aproveitada pelas duas nações e isso contribuiu para a necessidade de um controle da Fronteira Guarani.
Foi aí que em 1888 o Estado do Paraná decidiu formar a Comissão Estratégica, que estava incumbida de fundar uma Colônia Militar do Iguassu e construir estradas de rodagem. Um ano depois a colônia foi fundada com uma área de mais de 112 mil hectares, que tinha como principal objetivo a garantia da posse territorial.
A partir desse momento, a área torna-se um lugar fundamental para questões geopolíticas, tendo em vista que antes mesmo da criação desta colônia, houve outras tentativas de domínio territorial através de outras instalações, como: Colônia Militar de Jataí (1885-1890), Colônia de Chopin (1882 - 1909), Colônia Militar de Chapecó (1882 - 1917).
Esta fronteira foi uma conquista brasileira que remonta aos antigos Tratados assinados entre Portugal e Espanha, onde toda a área foi assegurada com a vitória da Guerra da Tríplice Aliança, que resultou, inclusive, no aniquilamento da capacidade econômica e bélica do Paraguai.
Na época da efetivação desta colônia, a população era composta por 324 pessoas (220 homens e 104 mulheres), sendo a maioria paraguaia, o que causou muito espanto às autoridades brasileiras já que não esperavam encontrar essa quantidade pessoas no local, bem como a intensa atividade de extração e contrabando de madeira e erva-mate.
Com o objetivo de por fim a essas atividades, há a instalação da Mesa de Rendas Federal, que contava com o apoio do exército, e teria como responsabilidade a arrecadação de impostos ao Governo Federal sobre as atividades de produção existentes na fronteira. Portanto, pode-se dizer que, acabar com as atividades da fronteira foi prioridade destas medidas, ao passo que, para iniciar um povoamento na área, exigiria a criação de um projeto social e político para toda a região e isso requereria anos de planejamento brasileiro.
Era necessário conter essas atividades, ou pelo menos tributá-las da maneira que foi colocado a partir da instalação da Mesa de Rendas, pois, escoar madeira e erva mate representava grandes perdas naturais para o Brasil, situação que se torna ainda mais grave quando, no contexto no qual essas atividades eram realizadas, o Brasil era predominantemente uma economia primária exportadora.
Entretanto, a dificuldade de controle do escoamento ilegal marcaria a dinâmica da fronteira pelas próximas décadas, já que havia uma grande dificuldade em se ter acesso à Foz do Iguaçu por terra e devido à ausência de navegação brasileira no Rio Paraná e tornaria toda a região em área de contrabando.  
Era necessário e urgente, a criação de comandos que organizassem os fluxos nas fronteiras, vias de transporte que integrassem a área com o restante do Estado e estabelecimento de uma prática econômica voltada para os mercados nacionais.
Tornando a madeira e o mate recursos naturais brasileiros, torna-se também fonte de atração e fixação da população à área da fronteira. Buscando tornar esta área de serventia aos propósitos brasileiros, e que se encontrava em um local de difícil acesso, é que foram tomadas várias medidas para a nacionalização efetiva do local. Dois problemas fundamentais, entretanto, eram o idioma e a moeda corrente.
Dessa forma, não se pode falar em um limite territorial brasileiro, já que para Raffestin (1993), era incapaz de estabelecer uma funcionalidade típica do Estado Brasileiro. É dessa forma que Foz do Iguaçu assume um papel fundamental para todo o Oeste do Estado, constituindo-se no primeiro foco populacional relevante aos interesses brasileiros assumindo uma função mais geopolítica que econômica.
O Estado novo buscaria articular política, ciência e capital, desta forma, criar Territórios Federais era a primeira etapa da política que objetivava por em mãos do governo central locais considerados “chaves” ao desenvolvimento do país. A Fronteira Guarani foi uma sugestão de área estratégica da Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro. “É nesse contexto que é criado o Território Federal do Iguaçu, compreendendo o Oeste e Sudoeste do Paraná e toda a porção leste de Santa Catarina. Criado em 1943, foi resultado dos primeiros passos da Marcha para Oeste, que seria depois estendidas a outras regiões do Brasil.” (Roseira, 2006, p. 53)
As políticas que envolviam a “Marcha para Oeste”, significava inclusive a expansão capitalista em áreas de pouca densidade populacional. Entretanto, houve resistências contra as investidas do governo federal, tanto pela parte do grupo político no poder, quanto da elite e dos intelectuais curitibanos. As autoridades do governo Vargas alegavam a importância nacional da área e a incapacidade do governo paranaense em solucionar a questão. A criação do Território Federal se dá com Manoel Ribas e o esboço das primeiras políticas de povoamento e colonização do Oeste paranaense sob o poder do Estado Novo. O planejamento teria como objetivo eliminar as falhas responsáveis pelo monopólio dos empreendimentos estrangeiros.
Como se trata de questões que envolvem fronteira e limite territorial foram necessárias certas arbitrariedades, que estiveram presentes desde as altas esferas políticas até as práticas cotidianas dos imigrantes através da retomada da fiscalização da produção, do comércio, da língua e do espaço, porém com maior intensidade, resultado do capital e empreendimentos envolvidos.
O projeto que envolvia o Oeste Paranaense, estaria articulado com a relação entre Estado e capital privado nacional, que teria na população, na pequena propriedade agrícola e na circulação a base para a consolidação da geopolítica brasileira na Bacia do Prata, além de, segundo Roseira (2006, p. 55)
[...] assegurar o controle territorial e produzir um espaço social, permitiria ao Brasil nas décadas de 50, 60, e 70, reverter o domínio geopolítico argentino no Oeste Paranaense e em toda Bacia do Prata. O domínio do Oeste Paranaense proporcionou um forte influência sobre as áreas estratégicas da Fronteira Guarani, que na acepção de Golbery, se localizava a tensão geopolítica máxima da América do Sul.

            Em 1938 o governo federal emitiu uma série de decretos para a colonização das terras no interior do território federal. Esses decretos foram emitidos com a finalidade de estabelecer um padrão para a ocupação impossibilitando a existência de grandes propriedades extrativistas e o aumento de estrangeiros.
            Durante o período em que o Território Federal do Iguaçu estava em vigor, várias empresas de colonização que investiram em empreendimentos no Oeste do Paraná entraram em falência devido à falta de estrutura na região e estava totalmente dependente dos planos de estruturação do território do governo federal. Avanço mesmo, só foi possível, com a criação de escolas, hospitais, comércio, e estradas que ligavam o Oeste a outras regiões do Estado.
            Foi a Industrial Madeireira Colonizadora Paraná S.A o primeiro empreendimento de sucesso durante a colonização do Oeste do Estado. Conhecida como Maripá, esta empresa iniciou suas atividades no período do Território Federal do Iguaçu e procurou criar lotes que não fossem maiores que 10 alqueires, para poder atrair pequenos produtores de outros Estados, principalmente gaúchos, além de oferecer estrutura mínima aos futuros colonos.
            A procura de terras oferecidas pela Maripá foi tão grande – principalmente por gaúchos e catarinenses - que já em 1951 todas as terras demarcadas já se encontravam vendidas ou reservadas. Para controlar o contingente da população que se deslocava para a região, a empresa lançava mão de uma seletividade dos colonos, com a finalidade de que o Estado chegasse aos seus objetivos.
            Essa seletividade seria regra nos governos Lupion (1947 - 1951) e Bento Munhoz Rocha Neto (1951 - 1955) onde a experiência com a lavoura e um padrão de comportamento adequado dos imigrantes era primordial aos interesses das empresas e do governo. Foi sob estes dois governos que o Estado do Paraná teve as maiores taxas de crescimento populacional do Brasil.
            Com relação à Usina Hidrelétrica de Itaipu, que se enquadra em uma das políticas brasileiras na Bacia do Prata que objetivava o desenvolvimento da região Oeste do Estado, trata-se de uma construção que traz efeitos irreversíveis à economia e à política do Paraguai, por pelo menos 50 anos. Foi contraída uma grande dívida por esse país com o Brasil, apesar do fato das disposições do Tratado da Construção de Itaipu serem mais favoráveis ao Brasil em diversos pontos.
             A construção da usina requeria mão de obra e uma das saídas encontradas pelos países era o incentivo à migração. As terras paraguaias eram maiores e bem mais baratas, custavam em torno de 1/7 do valor das terras do Oeste Paranaense. Inicia-se então uma primeira onda de migração na década de 1970, onde predominavam os nordestinos e, em uma segunda fase, os imigrantes sulistas (de origem européia, alemã e italiana) que tinham inclusive o perfil de proprietários de terras. Os paranaenses foram, porém, a grande maioria dos imigrantes que, sofrendo com a concentração de terras e mecanização do campo, viram nas terras paraguaias uma chance de prosperar.
            O grande número de turistas que hoje visitam a usina de Itaipu, atrelam Foz do Iguaçu e Ciudad del Este, que com seu comércio à atual característica geopolítica mundial colocam a Tríplice Fronteira como uma área de plena circulação de pessoas e mercadorias, bem como uma área de tensões internacionais devido à suspeitas de existência de células terroristas.
trabalhavam na sua obra tiveram que se dirigir ao mercado informal, tal qual vemos no trabalho de campo e que terão suas características descritas nas páginas que seguem.

2- Relatos de Campo: A Tríplice Fronteira e a Dinâmica Local.
A tríplice fronteira é constituída pela intersecção das fronteiras do Brasil, Argentina e Paraguai, cada qual com suas peculiaridades. A região acomoda um arranjo sociológico singular[1], tornando-se lugar de interesse para muitos estudiosos (RABOSSI 2007).  Não diferente é de interesse impar para o Geógrafo. Sendo assim o trabalho se concretiza a partir do trabalho teórico realizado em sala de aula.
Considerando a região a ser estudada é imprescindível não mencionar alguns conceitos sobre fronteira. Nogueira traz em seu livro “Amazônia Continental: geopolítica e formação das fronteiras” três definições de fronteira. Podemos caracterizar as três definições na fronteira entre Foz do Iguaçu (BR) e Cidad Del Este (PY). A primeira delas é a fronteira controlada. Esta possui “[...] inúmeros órgãos do Estado-nacional constituídos para vigiar o trânsito entre o exterior e o interior do Estado”, a presença de militares para proteger o território e controle de entrada e saída de pessoas, animais e mercadorias. O segundo é a fronteira percebida, conforme Nogueira (2007, p.57)
[...] imagem construída no interior do Estado-nacional... vista como um lugar de briga contravenções; um lugar que preenche ilegalidades; um lugar em que todos são suspeitos, enfim, um lugar que serve de escape e refúgio àqueles que infringem normas das instituições estatais

Devido a essa imagem há uma pressão constante para que o Estado controle as fronteiras.
Ainda se tem a terceira forma de fronteira: a fronteira vivida. Segundo Nogueira (2007, p.52) “[...] significa captar a compreensão e o relacionamento que os habitantes deste lugar possui com o mesmo”. Podemos identificar como ações do cotidiano como lazer, trabalho, consumo, contravenção entre outros.
 Após estudos bibliográficos, buscou-se ver na prática tais conceitos. Assim o trabalho se deu nas cidades de Foz do Iguaçu- Brasil, Ciudad del Leste- Paraguai e Porto Iguazu- Argentina. Rabossi (2007) apresenta a região dizendo que
Os Limites internacionais de Brasil, Paraguai e Argentina se encontram na confluência dos rios onde eles estão traçados: O rio Paraná e rio Iguaçu. Nas margens, as cidades, e sobre os rios, as conexões. A cidade paraguaia de Ciudad del Este está separada pelo rio Paraná da cidade brasileira de Foz do Iguaçu, ambas unidas pela Ponte da Amizade. Frente a Foz do Iguaçu do outro lado rio Iguaçu, está localizada a cidade argentina de Puerto Iguazu, cidades estas unidas pela ponte Tancredo Neves. 

Deve-se a estas interligações de países a dinâmica daquela região. Ainda que cada cidade apresente maior ou menor fluidez ao que se remete ao turismo e/ou comércio, a Tríplice Fronteira é lugar da linguagem do capital, uma vez que todas as cidades apresentem seus comércios formais ou informais, bem como o turismo como forma de sobrevivência dos indivíduos que ali residem, e até mesmo da existência da região (RABOSSI, 2004).
Neste contexto Rabossi (2007) relata como se deu a chegada dos imigrantes na região fronteiriça. Sendo que mais tarde os imigrantes, bem como seus descendentes, tornariam aquele espaço, no que tange o comércio, um dos mais dinâmicos do continente.
Para entender as relações e dinamismo do comercio que se observa na contemporaneidade, Rabossi (2007, p. 290-291) diz que

 Até a década de 60 Foz do Iguaçu (BR) e Puerto Iguazu (AR) foram as que estruturaram o movimento daquela região, envolvendo diversos produtos e esquemas de circulação. Porém, logo depois que começou a se concretizar o corredor que ia ligar o centro do Paraguai com os portos brasileiros no litoral atlântico, o eixo que movimentara aquela região começou a mudar de sentido.


O corredor que o autor escreve é a Ponte da Amizade. Este local é obrigatório para muitos sacoleiros que optam em fazer suas compras na Ciudad del Este (PY) (RABOSSI,2004. RABOSSI,2007).
Entretanto, somente com a construção e inauguração de Itaipu a Ponte da Amizade produziu um salto demográfico e de infraestrutura, fazendo com que Ciudad del Este e Foz do Iguaçu ficasse a frente da cidade de Puerto Iguazu (RABOSSI, 2007). 
Assim
A procura de novas possibilidades comerciais foi o atrativo que levou muitos comerciantes a fronteira. Atraídos por esse novo espaço de possibilidades e realizadores das mesmas, os primeiros comerciantes que tiveram um papel fundamental na mudança do eixo que movimentava a região foram aqueles que levaram produtos brasileiros ao Paraguai. (RABOSSI, 2007)


Muitos tiveram papel relevante na construção das dinâmicas comerciais da região de fronteiras. Contudo um grupo de imigrantes chama a atenção naquela região: os árabes. Conforme Rabossi (2007, p.292) a região era um
[...] mercado virgem para os produtos brasileiros.
Os primeiros migrantes árabes que se estabeleceram na região o fizeram na cidade brasileira de Foz do Iguaçu. Se o desenvolvimento de Jardim Jupira e Vila Portes - os bairros próximos a Ponte da Amizade - e a mostra espacial do crescimento de Foz do Iguaçu, como centro comercial exportador de produtos brasileiros para o Paraguai, a importante presença árabe nesses bairros é a manifestação do papel que eles tiveram nesse crescimento. Atraídos pelo movimento comercial ou seguindo referencias e nomes de parentes ou conhecidos, novos imigrantes continuaram a chegar [...]


Os árabes estabeleceram-se de tal modo na região que atualmente estes são atores quase totalitários no que diz respeito ao comércio da região de fronteiras[2]. Estes possuem lojas comerciais que atendem todos os níveis sociais, sendo ainda eles os proprietários de lojas de auto padrão no lado paraguaio (RABOSSI, 2007).
Considerando o “nascer” do comércio da Ciudad del Este e foz do Iguaçu , bem como as dinâmicas que apresentou ao longo dos anos de 1950 e seguintes (RABOSSI, 2007) atualmente aquela localidade mostra-se em seu máximo vigor de zona comercial. Fato discutido teoricamente e fisicamente.
Contudo se em décadas passadas os vendedores ambulantes imperavam na região da Tríplice fronteira atualmente são indivíduos que ficam a margem do comércio. Este fato se deve ao crescimento exponencial de auto-services (RABOSSI, 2004).
Ainda que exista número significativo de mesiteros em Ciudad del Este, a observação de campo corrobora a fala de Rabossi. Nota-se no local uma procura de sacoleiros pelas “lojas formais”. A preferência é devido a questões midiáticas, bem como outros fatores (RABOSSI, 2007).
Ainda que o lugar possua uma superposição de culturas, uma praticidade na compra de produtos brasileiros e importados e mobilidade países a linguagem que ali impera é o capital.
Problemas contemporâneos são definitivamente existentes na Tríplice Fronteira, fato observado in loco. Contudo como já dizia Santos, “o território tem vários usos mediante ao contexto histórico”, e o contexto vivido por aquele território é o observado nos dias do trabalho de campo realizado, possuidor de mazelas escancaradas e veladas.

3-Trajeto do Trabalho de Campo 
Saímos da cidade de Londrina rumo à cidade de Foz de Iguaçu no dia 07 de Junho de 2013, aproximadamente as 06: 15 horas, com km do ônibus de 180.786, percorrendo um trajeto de aproximadamente 600 km. Durante o percurso da viajem foi solicitado que nas paradas especificas fossem anotados à hora e a quilometragem do ônibus, sendo assim na próxima parada foi para o almoço na churrascaria Portal, na cidade de Cascavel, Paraná, aproximadamente às 12h35 min com quilometragem do ônibus de 181.520. Partindo de Cascavel, foi explanado que anotássemos nas cadernetas de campo a paisagem do trajeto, presença de fábricas, distribuidoras e prestadoras de serviços etc. Havia também resquícios de vegetação da floresta araucária e predominavam plantações de milho e trigo.
A terceira parada foi na cidade de Foz do Iguaçu, precisamente no Parque Nacional do Iguaçu aproximadamente às 15h41 min, com o ônibus apresentando a quilometragem de 181.304 km aproximadamente. Chegando à estação de embarque compramos do bilhete de transporte no valor de R$ 7,50 e seguimos para a “trilha” que nos levava as cataratas. Durante a caminhada foi possível observar a quantidade de estrangeiros que visitavam o local, com etnias bastante diversificadas. Após a trilha que nos permitiu ter uma vista maravilhosa do local, assim como observar a biodiversidade que compõe os arredores das cataratas fomos para o mirante do parque e logo após retornamos ao transporte que nos levou de volta ao ônibus. A quarta e última parada do dia ocorreu no Hotel Lan Ville  aproximadamente às 19h00 min.

Foto 1: Cataratas
Fonte: MANHI, Débora C. 2013






















No dia 08 de junho de 2013 saímos do hotel aproximadamente às 07h20 min, com quilometragem de 181.317 km, rumo a Usina ITAIPU. Nessa parada fomos guiados para uma espécie de cinema onde foi apresentado um vídeo que abordava toda a história da usina. Em seguida fomos para a usina propriamente dita, foi uma parada rápida, apenas para tirarmos fotos.
Saímos de Itaipu fomos para fronteira entre o Brasil e o Paraguai, onde paramos em uma rua ainda em solo brasileiro para que fizéssemos a  travessia da ponte da amizade para chegarmos a Ciudad Del Este.

3.1- CIUDAD DEL ESTE 
 A Ciudad del Este como estudamos anteriormente no texto de Rabossi, 2004, foi fundada em 1957 é a segunda maior cidade do Paraguai , em termos demográficos e econômicos, ficando somente atrás da capital Assunção fundada em 1537. Seu crescimento esta vinculado ao movimento comercial de produtos importados de diversos lugares sendo considerado hoje um dos centros comerciais regionais da América Latina.
A Ciudad del Este (PY) é uma cidade de fronteira separada do Brasil pelo rio Paraná- Foz do Iguaçu, e diante dela separada pelo rio Iguassu - Puerto Iguazú (AR). Logo entede-se a tríplice aliança que é unida pelas pontes da Amizade (Ciudad Del Este e Foz do Iguaçu) e a ponte Tancredo Neves (Foz do Iguaçu e Puerto Iguazú).
 O comércio da Ciudad del Este começa na saída da Ponte da Amizade, onde existe uma grande quantidade de shoppings e galerias que oferecem produtos importados. A cidade é articulada por redes de intercambio e compradores que vem de outros países principalmente do Brasil.
Logo ao atravessarmos a ponte o locamos uma van, transporte muito utilizado pelos turistas, para chegarmos ao “Museo de La Tierra Del Povo Guarani” aproximadamente às 10h30min. Lá seguimos para a parte destinada ao zoológico onde observamos o comprometimento com a preservação das espécies ameaçadas. Seguimos para o museu que havia sido reformado para comemorar os bicentenário do Paraguai, o museu conta com um acervo de matérias usados pro povos pré históricos que habitavam aquela região, assim como murais onde a história do Paraguai fora contada.
Seguimos então ao centro da Ciudade del Este, para darmos inicio a observação e analise das quadras as quais foram dispostas a cada grupo.

3.2- Resultados do Trabalho de Campo: Análise Da Quadra 8
Uma das atividades de observação do trabalho de campo era a observação e análise de algumas quadras localizadas no cento da cidade, nosso grupo ficou responsável pela quadra número 8 juntamente com o grupo dos seguintes alunos: Daniela Denardi, Luis Guilherme Crusiol e Tatiana Aparecida de Freitas. Para a realização da análise foi necessário observar alguns aspectos pré definidos com a docente responsável pela disciplina 6 GEO073- Geografia do Brasil, sendo os seguintes:

 Infra-estrutura sanitária:
ü  Presença de Lixo nas ruas;
ü  Presença de Lixeiras;
ü  Presença de poços.
ü  Existência de rede coletora de esgotos;
ü  Presença de hidrômetros nos lotes indicando a distribuição de água tratada;
ü  Sistema de drenagem urbana – poços de visitas e sarjetas – e valas de esgoto, caracterizado pelo odor desagradável;

Áreas verdes: cobertura vegetal existente.

Impermeabilização do Solo: Incidência de área impermeabilizada e níveis de infiltração;

Organização espacial:
ü  Largura das ruas;
ü  Presença de meio-fio;
ü  Loteamentos consolidados pela Prefeitura;
ü  Alinhamento predial;

Infraestrutura viária:
ü  Presença de rodovias caracterizada pelo porte de circulação de veículos e avenidas urbanas caracterizada pelo fluxo e porte;
Na imagem 1  e 2 ,  podemos localizar as 10 quadras que foram distribuídas aos alunos e em destaque a quadra 8 onde realizamos nossas observações.


 Imagem 1- Mapa das quadras a ser analisadas e suas respectivas numerações.
 Fonte: Google  Grifo: CARVALHO, Márcia Siqueira de.
              
Imagem 2- Imagem de satélite da quadra oito e as ordem de descrição das ruas. 
Fonte: Google Earth Grifo.: TIMOTEO. Jaqueline Vaz.

3.2.3- RUA CALLE BOQUERON
A imagem de satélite acima mostra a ordem das ruas a serem analisadas que compõem a quadra oito. A primeira rua a ser analisada é a Rua Calle Boqueron, logo no início da rua observamos algumas latas de lixo e um pouco mais à frente encontramos outra próxima ao ponto de táxi, elementos que podem ser observados na foto abaixo.

Foto 2- Lixeira encontrada na quadra oito em Cidad Del Este.  Fonte: TIMOTEO, Jaqueline Vaz.
Foto 3- Lixeira encontradas na quadra oito em Cidad del Este. Fonte: TIMOTEO, Jaqueline Vaz.
Foto 4- Lixeira encontradas na quadra oito em Cidad del Este. Fonte: TIMOTEO, Jaqueline  Vaz.
É uma rua relativamente tranquila, e estreita possuí somente duas pistas se alguém estaciona na rua um tem que esperar o outro passar. O comércio de vendas se localiza mais nas esquinas, na rua há bastante cabelereiros mais caraterizada como prestação de serviços. Tem um cambio logo na esquina e um hotel e o Banco Continental, próximo ao ponto de taxi havia uma tampa de água portável com o nome Corposana que é uma empresa de saneamento da região de Assunção-PY, aparentemente parece um aguateiros que é um sistema de perfuração com desinfecção de tanques de armazenamento (nível do solo ou elevado) e rede de distribuição com parquímetro e sem contagem das ligações. Não consegui fontes o suficiente para afirmar se esse sistema funciona e como funciona.
Foto 5- Corposana água. Fonte: TIMOTEO, Jaqueline Vaz.


A rua possui uma loja especializada em produtos libaneses, a loja nos indica a presença de libaneses em Cidad del Este, conforme Rabossi (2007, p. 302), “[...] o número de árabes instalados em Foz do Iguaçu e Ciudad del Este era de 12.000. Deles 80% vieram do Líbano (grande parte proveniente do sul do Líbano, particularmente do Vale de Bekaa)”. Essas informações são de 1996, que indica que os libaneses mantém presença em Cidad del Este até os dias atuais, sem perder sua cultura e costumes.
Havia um condomínio residencial chamado Mesquita que no seu interior havia uma mesquita. Solidificando a presença de comunidades mulçumanas em Cidad Del Este, mantendo sua religiosidade, orações, aprendendo sobre o islã e mantendo contato com outros crentes. Segundo Rabossi (2007, p. 302).
[...] Ciudad Del Este, sendo também de caráter privado e individual. Exemplo disso foi a construção da mesquita do Profeta Mohammed, inaugurada na metade dos anos 90, cujo esforços para construção foram organizados por um comerciante local.


A mesquita nos mostra a consolidação da presença dos mulçumanos em Cidad del Este e a sua união, muitos foram lideres de associações comerciais maioria deles libaneses.
Outra presença marcante foi condomínios residenciais asiáticos (China, Coréia entre outros) a presença dos asiáticos foi perceptível em outros pontos da cidade, como mostra a imagem 6 e 7, é fácil identificá-los, pois muitos deles falam a língua de nascimento entre eles e suas estruturas físicas e ficções são bem diferentes das pessoas que estão em Cidad del Este.
Foto 6- Condomínios asiáticos em Cidad del Este-PY Fonte: TIMOTEO. Jaqueline Vaz.


Foto 7- Condomínios asiáticos em Cidad del Este-PY Fonte: TIMOTEO. Jaqueline Vaz.


                        Segundo Rabossi (2004, p. 167) “[...] a expansão dos chineses (e com eles - dizem as explicações - a expansão de uma produção de baixa qualidade; sem marca, ou de marca desconhecida ou copiada)”. Essa expansão se deu a partir dos anos 90, que causa uma grande competitividade com os vendedores ambulantes que havia na cidade.
Na rua havia a loja Fiori uma loja de produtos da marca Puma, havia todos os produtos imagináveis da marca, os produtos da loja aparentemente parecem originais, com valores altos cobrados em dólares, a loja tem ótimo atendimento e uma infraestrutura ótima, seu público alvo são aqueles que têm maior poder aquisitivo. Há uma quadra da loja havia outra filial com os mesmo produtos, o que indica que há uma procura considerável pela loja e seus produtos.
As calçadas da rua são irregulares, há buracos no asfalto e em nenhum momento foi encontrado bueiros para escoamento da água, como a imagem de satélite mostra a rua não possui muita cobertura vegetal foi encontrado aproximadamente cinco árvores de pequeno porte.

3.2.4- AV. ADRIÁN JARA
O segundo ponto a ser analisada é a Av. Adrián Jara, é uma avenida muito movimentada com carros e pessoas, possui quatro pistas, duas em cada sentido, seus cruzamentos não possuí sinal e agentes de transito para organizar. A calçada dessa rua é coberta vendedores ambulantes como é conhecido no Brasil ou mesiteiros como é conhecido no Paraguai, as lojas vendem vários tipos de artigos para vestuário, semi jóias, móveis e etc., já os ambulantes vendem ervas, frutas, artigos para celulares, lanches e outros tipos de alimentos prontos, roupas, entre outros tantos. Há lixo no chão e nenhuma presença de lixeiras ou bueiros, é visível a presença de poças de água na rua.

Imagem 8 - Escoamento da água na Av. Adrián Jara em Cidad Del Este-PY . Fonte: TIMOTEO. Jaqueline Vaz.


Imagem 9 - Calçada da Av. Adrián Jara em Cidad Del Este-PY. Fonte: TIMOTEO, Jaqueline Vaz.



Como podemos observar na imagem acima, o espaço para os pedestres passarem com suas mãos muitas vezes cheias de compras, a calçada é muito estreita, é praticamente impossível passar duas pessoas uma do lado da outra conversando, é apertado situação que traz insegurança aos compradores devido a assalto, os compradores muitas vezes compram com dinheiro é muito difícil comprar no cartão de crédito devido à taxa ser alta por ser caracterizado compra internacional. Ao andar pela calçada não conseguimos ver a o que está acontecendo na rua, são poucos os pontos em que da para atravessar os vendedores ambulantes e atravessar a rua, geralmente só é possível nas esquinas.
Os mesiteros são vendedores que trabalham em um lugar fixo, alguns trabalham com caixas de madeira desmontável como pode ser observado na imagem abaixo, todos os dias ele monta e desmonta o seu espaço de venda, alguns trabalham com estruturas fixas as caixas metálicas, há também ambulantes que circulam pela rua oferecendo seu produto, muitas vezes não tem um lugar fixo. Rabossi (2004) ressalta as dimensões da espacialização das trocas- a propósito de mesiteros e sacoleiros em Ciudad del Este conta toda a trajetória dos mesiteros desde o início de sua atividade e as transformações que ocorreram até os dias atuais.

Foto 10 - Mesiteros com caixas de madeira e de metal na Av. Adrián Jara em Cidad del Este-PY. Fonte: TIMOTEO. Jaqueline Vaz.

Essa foi uma das avenidas em que mais tinha essas “casinhas” de metal na rua vendendo vários tipos de coisas e alimentos prontos. É perceptível o lixo no chão em todos os cantos da cidade e a falta de lixeiras.

3.2.5- RUA CARLOS A. LOPES
O terceiro ponto a ser analisado representa a Rua Carlos A. Lopes, é uma rua com quatro pistas, duas para cada sentido, de um lado a calçada é igual à descrita anteriormente a única diferença é que a estrutura de vendas dos mesiteiros é tipo barraquinhas, que vende tudo quanto é “bugiganga” relógio, artigos para celular, facas, calculadoras, lanternas, cobertas entre outros. É bem parecido com a feira livre que acontece em Londrina (PR) na avenida Saul Elkind nos dias de domingo.
Há um canteiro nessa rua um espaço pequeno e por incrível que pareça há vários mesiteros vendendo malas, bolsas, cobertas e etc. E no outro lado da rua a Calçada é toda de mesiteros. Quem quer passar por lá tem que passar na rua, pois a calçada já não existe mais, parece que é uma extensão da loja até a rua.
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Foto 11- Vista da Rua Carlos A. Lopes Fonte: TIMOTEO. Jaqueline Vaz.

Foto 12- Vista da Rua Carlos A. Lopes .  Fonte: TIMOTEO, Jaqueline Vaz.

As duas imagens acima demonstram o intenso movimento de pessoas e carros, o comércio no canteiro da rua e os desdobramentos que os pedestres têm que fazer para se deslocar. Chama atenção também à falta de cuidado dos motoristas e motociclistas, ações e equipamentos que é considerado no Brasil como infração as leis de trânsito. Havia motoqueiros sem capacete, motos sem placa e retrovisor e alguns carros e motos em condições precárias, inclusive a van que pegamos caracterizados como transporte alternativo.
Nessa rua se localiza algumas galerias, lojas de vestuário, bijuterias, lustres, entre outros. Dois shoppings, o Impal Shopping e Shopping Barcelona onde há varias lojas. Na esquina a Loja Monalisa uma loja sofisticada onde vendem produtos originais de marcas internacionais famosas, perfumes, eletrônicos, roupa, artigos esportivos, relógios, porcelanas, bolsas, entre outros. É um autoservice, como defini Rabossi (2004, p.167) “[...] são supermercados de produtos onde o comprador passa com seu carrinho, escolhe e paga os produtos por si mesmo. A mercadoria é exposta em prateleiras e os preços são públicos”. A única diferença da definição feita por Rabossi e da loja Monalisa é que esta loja possuiu cinco pisos, todos com escada rolante, portanto o carrinho seria inviável, em cada piso há um atendente especializado que entende muito bem o português as vezes é brasileiro, você escolhe seu produto ele emite uma nota que vai ser paga no caixa e somente após o pagamento é retirado o produto no pacote. Produtos pequenos como óculos, perfumes, relógios ficam expostos com cadeados ou um balcão como barreira para serem olhados de longe e em cada canto da loja há um segurança e na entrada há também seguranças só que com armas grandes expostas impondo seu poder.  De acordo com Rabossi (2007, p. 297) a origem da loja Monalisa parte de
[...] Faisal Hammoud, originário do Líbano, que estabeleceu no início dos anos 70 uma loja que se expandiu até transformar-se em um dos grupos comerciais mais importantes da cidade: o Grupo Monalisa. O crescimento é impactante: escritórios em Nova York na década de 80, escritórios em Miami e São Paulo nos anos 90. 

O grupo também possui lojas em Assunção, com vários tipos de serviços como lazer,             turismo, educação, entre outros. Atualmente o grupo é dirigido por seus filhos.
Andando pelas ruas da cidade, há varias pessoas que nos veem de longe e percebe que somos compradores e ficam perguntando o que nós estamos procurando, é como se estivesse pescando compradores, eles encaminham as pessoas para lojas que possuem os produtos desejados. Essa é expressão da grande divisão social do trabalho que existe na cidade, além desse existe os atravessadores, carregadores, até mesmo o menino que conseguiu a van é contratado para ficar convidando e convencendo as pessoas a utilizar o transporte.

3.2.6- AV. MONSEÑOR RODRIGUEZ
O quarto ponto a ser analisado é a Av. Monseñor Rodriguez, é a marginal da rodovia que liga a Ponte Internacional da Amizade, há uma passarela ligando as duas marginais, é uma via com quatro pistas entre elas um canteiro grande com vários mesiteros duas fileiras um virado para cada lado das pistas. As pistas tem sentido único para o lado da aduana do Paraguai.
Foto 13- Canteiro ocupado por mesiteros na Av. Monseñor Rodriguez Fonte: TIMOTEO. Jaqueline Vaz.

No lado esquerdo da imagem os mesiteros que ocupam o canteiro central da avenida. Logo na esquina há câmbios, aliás, a presença de câmbios é muito grande, acredito que seja devido à instabilidade da moeda paraguaia, devido a isso os vendedores aceitam dinheiro Brasileiro e Americano. Há venda de muitos calçados, óculos, uma infinidade de produtos.
Em nenhum momento foi encontrado um hidrante, somente na primeira rua foi encontrado lixeira, os postes com ligações elétricas tem uma infinidade de fios.
Foto 14 - Ligações elétricas em Cidade Del Este. Fonte: TIMOTEO. Jaqueline Vaz

Outro ponto que chama muito a atenção na cidade é o trabalho infantil. Observou-se crianças de por volta 5 anos de idade trabalhando como vendedores ambulantes, sobretudo a venda de meias a preços irrisórios.
Tal fato caracteriza uma forma de exploração infantil. Contudo a que se fazer um trabalho bibliográfico, bem como in loco para ter certeza se de fato naquela localidade do globo terrestre a ação que vimos trata-se de exploração infantil ou é apenas “cultural.”
Voltamos então para o Brasil, atravessando a ponte da amizade por volta das 17:00 hr , indo direto ao hotel.

 4- PUERTO IGUAZÚ 
            No dia seguinte, 09 de junho, saímos do hotel às 8h30min indo direto para Aduana (AR). Chegando a Puerto Iguazú, ainda pela manhã de um domingo observamos uma realidade distinta do país vizinho – Paraguai. A cidade e mais limpa e organizada, os meios de transporte são bons, a infra estrutura local é boa, apesar de que as lojas estavam em sua maioria fechadas  não havia barracas em calçadas e a feira visitada era bem organizada, com produtos de boa qualidade e vinhos do país.
Voltamos para o Brasil de taxi em grupos de 4 pessoas para irmos ao  shopping Duty Free,  local que apresenta produtos de boa qualidade e procedência. A compra pode ser realizada nas seguintes moedas: dólar, real e peso. Ficamos lá por pouco tempo, mais deu para perceber a diferença, tanto na segurança quanto na forma de organização dos produtos, dos países visitados.


CONCLUSÃO
A região da Tríplice Fronteira é mais que a intersecção de três países, a região é a presença, fixação e dinâmica de três nações em um mesmo lugar.  O resultado é uma dinâmica social e econômica completamente diferente.  
Com o Trabalho de Campo observa-se a concretização das bibliografias, pois a partir delas é que se começou a construir os conceitos de território e fronteira, bem como as relações sociológicas de comércios formais e informais.
 Na Cuidad del Este uma das características predominantes é a forma de comércio caótico, mais que em sua essência valoriza e dá características únicas aquele determinado local e seus moradores. O que difere da cidade de Porto Iguaçu, onde podemos observar uma espécie de comércio mais bem organizado assim como a infraestrutura local.
Questões de trabalho infantil foram uma das características negativas observadas no Trabalho de Campo, pois na Cuidad del Este há um grande número de crianças trabalhando como vendedores ambulantes. Embora ser um choque para nós é algo normal para aqueles habitantes.
Ainda quer os locais apresente pontos dispares, as relações culturais dos três povos é muito forte, principalmente a  influência brasileira. Ainda foi  notado a comunicação entre os indivíduos paraguaios e brasileiros ser muito fácil, haja vista a proximidade da linguagem e calor cultural destes dois povos.


Referências


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Logos Engenharia. Programa de desenvolvimento institucional CORPOSANA. Disponível em <http://www.logoseng.com.br/logos/pt-br/servicos/ProjectPage.asp?s=0000%0233%CURM_BOX&p=/logos/pt-br/servicos/ProjectPage.asp&i=57&tsc=17&ith=0%7C3>. Acesso em: 27 de junho de 2013.
RABOSSI, F. Dimensões da espacialização das trocas - a proposito de mesiteros e sacoleiros em Ciudad Del Este. Ideação (Cascavel), Foz do Iguaçu, v. 6, n.6, p. 151-176, 2004.

RABOSSI, F. Árabes e muçulmanos em Foz do Iguaçu e Ciudad Del Este: notas para uma re-interpretação. In: Seyferth, G; Póvoa, H; Zanini, M.C.; Santos, M.. (Org.). Mundos em Movimento: Ensaios sobre migrações. Santa Maria: Editora da Universidade Federal de Santa Maria, 2007, v., p. 287-312.
NOGUEIRA, R. J. B. Amazônia Continental: geopolítica e formação das fronteiras. Manaus: Governo do estado do Amazonas. Secretaria de Estado da Cultura CCPA, 2007.
ROSEIRA, A. M. Foz do Iguaçu- cidade rede Sul-Americana- 2006, 170f. Dissertação de mestrado- Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Universidade de São Paulo.
SANTOS, M. SILVEIRA, M. L. O Brasil: Território e sociedade no inicio do século XXI. 10 ed. Rio de Janeiro. Record. 2008





[1] Possui varias etnias: brasileiros, paraguaios, argentinos e indigenas
[2] Considera-se também o auto número de comerciantes chineses na região.

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